quarta-feira, 16 de dezembro de 2009

A Entrevista de Chico Xavier a Humberto de Campos

Nos dias 9,10, 11 e 13 de Dezembro de 2009,em reuniões reservadas no - Centro Espírita Luz na Estrada - CELEST- Castanheiras- Sabará- MG, o médium Arael Magnus recebeu do espírito de Humberto de Campos o texto relatando o encontro/entrevista que ele teve com o nosso querido Chico Xavier. Segundo nos informa o espírito do escritor maranhense, essa entrevista se feito se deu na terça feira, 30 de novembro.

Por ser um material de grande volume o medium dividiu o texto em quatro partes e divulgou a primeira parte que pode ser acessada no link abaixo.

http://araelmagnus-intermdium.blogspot.com/2009/12/entrevista-com-chico-xavier.html

Caminho, Verdade e Vida


Na situação em que se acha nossa sociedade, é compreensível a dificuldade na escolha do próprio rumo.

Como nos ajustarmos a um mundo hostil, a situações aflitivas e prosseguir mantendo a alegria de viver?

São notícias sempre alarmantes de agressões, desemprego, acidentes.

É a corrupção que corre à solta e aparece em todo lugar, minando instituições que julgávamos sérias.

Ante a discrepância entre o falar e o agir de homens públicos, nos questionamos acerca do correto caminho político.

O que nos será melhor: as plataformas da esquerda, da direita, do centro?

Pensando nas questões da fé, ante tantos disparates, ilusões e enganos, nos perguntamos se valerá a pena cultivar a fé e reverenciar a Deus.

São múltiplas as indagações e parecem carecer de respostas, ao menos de respostas de bom senso.

Mas, há mais de dois milênios, um Cantor tomou da lira do amor e teceu sinfonias de esperança, abrindo Sua boca para enunciar: Eu sou o Caminho, a Verdade e a Vida.

O que Ele veio ensinar é resposta para as inúmeras questões da alma humana.

A melhor postura política é aquela que visa o bem comum, num processo de ofertar melhores condições para a sociedade se educar, emancipar e fortalecer.

A proposta de Jesus para o pensamento político é a da justiça sem mácula, para todos.

Por isso prescreveu: A cada um segundo suas obras. Sem privilégios. Sem injustiças.

Dai a César o que a César pertence, ensinando ao homem a se tornar o cidadão cônscio dos seus deveres, direcionando ao Estado o que lhe pertence.

Amai-vos uns aos outros, estabelecendo que o homem deve se importar com o seu irmão, abandonando os canais da indiferença e do egoísmo.

No que diz respeito à fé religiosa, desde o momento em que se encontrou com a samaritana no poço de Jacó, estabeleceu as bases da verdadeira adoração, ensinando-nos que Deus é Espírito e importa que em Espírito e Verdade seja adorado.

O que importa mesmo é o amadurecimento interior não as posições exteriores que geram fanatismo, por não entender, a própria criatura, o que está fazendo.

Jesus é nosso norte e teve razão em afirmar: Eu sou o Caminho, a Verdade e a Vida.

Quem O segue jamais andará em trevas ou se debaterá em dúvidas.

* * *

Os seguidores de Jesus são transeuntes solitários da via humana. São conhecidos, porém, incompreendidos. São suportados, mas nem sempre amados.

À semelhança do Mestre, permaneçamos fiéis no mundo das aflições, tudo enfrentando com o valor da fé, para não desanimarmos nem nos corrompermos.

O cristão não vacila porque tem como Modelo e Guia Jesus, o Divino condutor da Humanidade.

Redação do Momento Espírita, com base no cap. 27 do livro Quem é o Cristo? ,pelo Espírito Francisco de Paula Vítor, psicografia de Raul Teixeira, editora Fráter e do verbete Cristão, do livro Repositório de sabedoria, v. 1, pelo Espírito Joanna de Ângelis, psicografia de Divaldo Pereira Franco, ed. Leal.Em 10.12.2009.

quarta-feira, 16 de setembro de 2009

ORGULHO E VAIDADE

Autor: Ney Prieto Peres

“Em tempos de tempestade, orar, vigiar e estudar são os melhores remédios…”

Procuremos, agora, ilustrar, entre os defeitos que mais comumente manifestam-se em nós, o orgulho e a vaidade. Busquemos tranqüilamente conhecê-los, tão profundamente quanto possível, sem mascarar os seus impulsos dentro de nós mesmos. Entendamos que a tolerância começa de nós para nós mesmos. Assim, o nosso trabalho de prospecção interior é suave, e não podemos nos maldizer ou nos martirizar pelos defeitos que ainda temos. Vamos, então, trazer aos níveis de nossa consciência aquelas manifestações impulsivas que nos dominam de certo modo, e que, progressivamente, desejamos controlar.

Vejamos, então, como identificar em nós o orgulho e a vaidade.

Orgulho

Aquele que fio encontra a felicidade senão na satisfação do orgulho e dos apetites grosseiros é infeliz quando fio os pode satisfazer, enquanto que aquele que fio se interessa pelo supérfluo se sente feliz com aquilo que, para os outros, constituiria infortúnio.

(Allan Kardec. O Livro dos Espíritos. Livro Quarto. Capítulo 1. Penas e Gozos Terrenos. Parte dos comentários à resposta da pergunta 933.).

O orgulho vos induz a julgardes mais do que sois, a não aceitar uma comparação que vos possa re­baixar, e a vos considerardes, ao contrário, tão acima dós vossos irmãos, quer em espírito, quer em posição social, quer mesmo em vantagens pessoais, que o menor paralelo vos irrita e aborrece. E o que acontece, então? Entregai-vos à cólera.

(Allan Kardec. O Evangelho Segundo Q Espiritismo. Capítulo IX. Bem-aventurados os Brandos e Pacíficos. A Cólera.).

As principais reações e características do tipo predominantemente orgulhoso são:

1. Amor-próprio muito acentuado: contraria-se por pequenos motivos;
2. Reage explosivarnente a quaisquer observações ou críticas de outrem em relação ao seu comportamento;
3. Necessita ser o centro de atenções e fazer prevalecer sempre as suas próprias idéias;
4. Não aceita a possibilidade de seus erros, mantendo-se num estado de consciência fechado ao diálogo construtivo;
5. Menospreza as idéias do próximo;
6. Ao ser elogiado por quaisquer motivos, enche-se de uma satisfação presunçosa, como que se reafirmando na sua importância pessoal;
7. Preocupa-se muito com a sua aparência exterior, seus gestos são estudados, dá demasiada importância à sua posição social e ao prestígio pessoal;
8. Acha que todos os seus circundantes (familiares e amigos) devem girar em torno de si;
9. Não admite se humilhar diante de ninguém, achando essa ati­tude um traço de fraqueza e falta de personalidade;
10. Usa da ironia e do deboche para com o próximo nas ocasiões de contendas.

Compreendemos que o orgulhoso vive numa atmosfera ilusória, de destaque social ou intelectual, criando, assim, barreiras muito densas para penetrar na realidade do seu próprio interior. Na maioria dos casos o orgulho é um mecanismo de defesa para encobrir algum aspecto não aceito de ordem familiar, limitações da sua formação escolar-educacional, ou mesmo o resultado do seu próprio posicionamento diante da sociedade da imagem que escolheu para si mesmo, do papel que deseja desempenhar na vida de status.

E preferível nos olharmos de frente, corajosamente, e lutar por nos­sa melhora, não naquilo que a sociedade estabeleceu, dentro dos limites transitórios dos bens materiais, mas nas aquisições interiores: os tesouros eternos que a traça não come nem a ferrugem corrói! .

Vaidade

O homem, pois, em grande número de casos,é o causador de seus próprios infortúnios; mas, em vez de reconhecê-lo, acha mais simples, menos humilhante para a sua vaidade, acusar a sorte, a Providência, a má fortuna, a má estrela, ao passo que a má estrela é apenas a sua incúria.

(Allan Kardec. O Evangelho Segundo o Espiritismo. Capítulo V. Bem-aventurados os Aflitos. Causas Atuais das Aflições.)

A vaidade é decorrente do orgulho, e dele anda próxima. Destacamos adiante as suas facetas mais comuns:

1. Apresentação pessoal exuberante (no vestir, nos adornos usados, nos gestos afetados, no falai demasiado);
2. Evidência de qualidades intelectuais, não poupando referências à própria pessoa, ou a algo que realiza;
3. Esforço em realçar dotes físicos, culturais ou sociais com notória antipatia provocada aos demais;
4. Intolerância para com aqueles cuja condição social ou intelectual é mais humilde, não evitando a eles referências desairosas;
5. Aspiração a cargos ou posições de destaque que acentuem as referências respeitosas ou elogiosas à sua pessoa;
6. Não reconhecimento de sua própria culpabilidade nas situações de descontentamento diante de infortúnios por que passa;
7. Obstrução mental na capacidade de se auto-analisar, não aceitando suas possíveis falhas ou erros, culpando vagamente a sorte, a infelicidade imerecida, o azar.

A vaidade, sorrateiramente, está quase sempre presente dentro de nós. Dela os espíritos inferiores se servem para abrir caminhos às perturbações entre os próprios amigos e familiares. É muito sutil a manifestação da vaidade no nosso íntimo e não é pequeno o esforço que devemos desenvolver na vigilância, para não sermos vítimas daquelas influências que encontram apoio nesse nosso defeito. De alguma forma e de variada intensidade, contamos todos com uma parcela de vaidade, que pode estar se manifestando nas nossas motivações de algo a realizar, o que é certa­mente válido, até certo ponto. O perigo, no entanto, reside nos excessos e no desconhecimento das fronteiras entre os impulsos de idealismo, por amor a uma causa nobre, e os ímpetos de destaque pessoal, característicos da vaidade.

A vaidade, nas suas formas de apresentação, quer pela postura física, gestos estudados, retórica no falar, atitudes intempestivas, reações arrogantes, reflete, quase sempre, uma deformação de colocação do indivíduo, face aos valores pessoais que a sociedade estabeleceu. Isto é, a aparência, os gestos, o palavreado, quanto mais artificiais e exuberantes, mais chamam a atenção, e isso agrada o intérprete, satisfaz a sua necessidade pessoal de ser observado, comentado, badalado.

No íntimo, o protagonista reflete, naquela aparência toda, grande insegurança e acentuada carência de afeto que nele residem, oriundas de muitos fatores desencadeados na infância e na adolescência. Fixações de imagens que, quando criança, identificou em algumas pessoas aparentemente felizes, bem sucedidas, comentadas, admiradas, cujos gestos e maneiras de apresentação foram tomados como modelo a seguir.

O vaidoso o é, muitas vezes, sem perceber, e vive desempenhando um personagem que escolheu. No seu íntimo é sempre bem diferente daquele que aparenta, e, de alguma forma, essa dualidade lhe causa conflitos, pois sofre com tudo isso, sente necessidade de encontrar-se a si mesmo, embora às vezes sem saber como.

O mais prejudicial nisso tudo é que as fixações mentais nos personagens selecionados podem estabelecer e conduzir a enormes bloqueios do sentimento, levando as criaturas a assumirem um caráter endurecido, insensível, de atitudes frias e grosseiras. O Aprendiz do Evangelho terá aí um extraordinário campo de reflexão, de análise tranqüila, para aprofundar-se até as raízes que geraram aquelas deformações, ao mesmo tempo que precisa identificar suas características autênticas, o seu verdadeiro modo de ser, para então despir a roupagem teatral que utilizava e colocar­se amadurecidamente, assumindo todo o seu íntimo, com disposição de melhorar sempre.

sexta-feira, 21 de agosto de 2009

SOBRE A CALMA

Manter a calma, sempre é uma virtude. Revela o estado de espírito do ser.

A calma frente as vicissitudes diárias, revela a harmonia espiritual, tão necessária para a manutenção do equilíbrio e do ambiente.

A calma implica em vários fatores, pois revela disciplina, tolerância, bondade, carinho, respeito, equilíbrio, paz, harmonia, serenidade, dentre outros.

São tantos os adjetivos que podemos atribuir à calma, que se pensarmos bem, veremos que devemos lutar com todas as forças para sermos pessoas calmas.

Primeiro, devemos aprender a fechar a boca, quando confrontados ou contrariados. Sei que é difícil, mas se conseguirmos manter o equilíbrio e a tentação de não responder as provocações, teremos tido uma grande vitória pessoal.

Se, em uma discussão qualquer, nós perdermos a calma, e contrariados, no calor da discussão, passarmos a dialogar com nosso próximo no mesmo tom, ou respondermos “à altura” as provocações, isto gerará uma total desarmonia espiritual de conseqüências imprevisíveis. O relacionamento em questão ficará abalado. Todos perdem, ninguém ganha.

Perder a calma implica muitas vezes na perda do emprego, namoros desfeitos, casamentos destruídos, amizades abaladas, brigas entre vizinhos, acidentes de trânsito, e, espiritualmente falando, implica na contratação de débitos, que de alguma forma precisarão ser resgatados no futuro.

Quando em momentos tormentosos optamos pelo silêncio, pela não agressão, estamos sendo humildes e caridosos, não estamos contraindo dívidas espirituais, bem como não estamos alimentando a cólera dos outros.

Se você for ofendido e não reagir, mantendo a calma e o controle, no futuro (nesta vida ou em outra), o agressor sentirá alguma forma de remorso, e tentará resgatar este débito.

Manter a calma, somente traz benefícios para nossas vidas.

Pratiquem e verão como suas vidas irão mudar para melhor.

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quinta-feira, 23 de julho de 2009

INTERDEPENDÊNCIA

Bezerra de Menezes
Do livro: Bezerra, Chico e Você, Médium: Francisco Cândido Xavier.


... realmente, achamo-nos todos no campo da fé viva para trabalhar.
E servir, sem esquecer-nos para alcançar semelhante realização, é praticamente impossível.

... de quando a quando, pelo menos, ser-nos-á justo analisar a extensão e a qualidade de nossas tarefas, de modo a verificar-lhes o rendimento no bem.

... permaneceis conosco, não à maneira de cooperadores cativos, dependentes de nossas orientações.

Conquanto, a diferença de plano, cada um de nós, se detém na posição que lhe é própria, em matéria de encargos recebidos.

... esse recolheu a missão de planear o ensino e concretizá-lo: aquele se encontra compromissado em administrar; aquele outro ainda se vê compelido a zelar por essa ou aquela faixa de ação, para fazê-lo produzir determinados valores no bem geral.

Temos irmãos que se acharam trazidos a mandatos complexos na direção direta ou indireta de pequenas ou grandes comunidades; outros solicitaram e obtiveram da Vida Espiritual a felicidade de se reencarnarem nos postos de sacrifício, com o objetivo de se desvelarem no reajuste de alguém que lhes toma o convívio, sob os nomes de pai ou esposo, filho ou irmão; e outros muitos, ainda, por vezes, encontram em pleno anonimato, a condição de renúncia de que se reconheceram, um dia, necessitados, para a realização de encargos no auto-aperfeiçoamento.

... estejamos na certeza de que todos somos peças interdependentes nas engrenagens da vida. E as engrenagens a que nos referimos reclamam de cada um de nós fidelidade e disciplina, de maneira a que não venhamos a olvidar aquela área da existência, em que todos os dias surpreendem os desígnios do Senhor a nosso respeito, área que nomeamos com a palavra “dever”.

... aceitemo-nos como somos, trabalhando para melhorar-nos cada vez mais e aceitemos as atividades em que fomos necessariamente situados para que a rebeldia não se nos intrometa nas obrigações do cotidiano, fantasiada de liberdade.

... somos herdeiros e depositários da fé que precisa expressar-se no bem geral.

Caridade, entendimento, solidariedade, amparo, sacrifício, constituem frutos que nos compete espalhar onde estivermos.

... abençoemos aqueles que se nos façam instrumentos de prova; os que nos visitem o coração, à maneira do esmeril que o abrilhanta ou reajusta; os companheiros que se transformam em problemas que nos levam a conhecer o trabalho em suas mais íntimas nuances; e, sobretudo no lar, agradecemos a oportunidade de nos devotarmos em auxílio a outrem, às vezes, até mesmo com o desinteresse compulsório dos nossos sonhos mais ínfimos, a fim de que nos mantenhamos matriculados na escola do amor verdadeiro que inclui todos os sacrifícios para que a felicidade consiga viver com aqueles que mais amamos, erguendo-se-nos, por fim, na existência, em pão espiritual de cada dia.

... filhos, entendemos as vossas dificuldades que são também nossas e reconhecemos a inquietação com que muitos de vós outros nos bateis às portas do coração suplicando esperança e consolação.

Crede!

Não somos insensíveis aos vossos rogos, mas, porque também nos achamos lutando e trabalhando convosco no mesmo nível, convidamos a nós mesmos, para compartilharmos a mesma requisição de auxílio e força ao Senhor Jesus, a fim de que nos reunamos na mesma faixa de confiança redentora e produtiva, servindo e amando com a certeza de que se nos amarmos realmente. Uns aos outros, seguiremos adiante, superando todos os obstáculos, para o encontro sublime da União com Deus.

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sábado, 11 de julho de 2009

Enviai, Senhor, o vosso Espírito e renovareis a face da terra

Escrito por Aventino Oliveira, Portugal – do site FÁTIMA MISSIONÁRIA
http://www.fatimamissionaria.pt

"A fidelidade e o amor vão encontrar-se, vão beijar-se a paz e a justiça", proclama o salmo 85 na liturgia da missa do Domingo XV do tempo comum

Diz-nos o evangelho: “Naquele tempo, Jesus chamou a si os doze Apóstolos e começou a mandá-los em missão dois a dois” (Marcos 6,7). Chamou-os Cristo, preparou-os e, depois, enviou-os dois a dois a pregar a Boa Nova. Todos nós, homens, mulheres e crianças, fomos escolhidos, e todos nós somos enviados por Deus para fazermos um trabalho em prol da humanidade. O Deus Trinitário não pode aceitar egoísmos: todos temos de amar os outros com a prática das boas obras e da palavra consoladora. Não há excepções a este mandamento de Deus. Nenhum membro da humanidade é isento: chefes da sociedade, dirigentes de grupos, membros de famílias, indivíduos. Todos!

Na primeira leitura temos um enviado de Deus, alguém que o Senhor consagrou para ir entregar ao seu povo uma mensagem de bondade e justiça: o profeta Amós. A segunda leitura diz-nos que todos recebemos “bênçãos de sabedoria e inteligência”, dons que devemos usar para melhorar a situação do próximo: “Cada um ponha ao serviço dos outros o dom que recebeu” (1 Pedro 4,10).

É interessante ver como Cristo não só enviou os apóstolos. Deu-lhes um programa de trabalho. Programar a própria vida, incluindo naturalmente o aspecto espiritual, é algo de muito importante. Poderíamos trabalhar com um computador que não tem programas? Ao enviar os seus apóstolos, Cristo deu-lhes um programa simples e claro:

- Enviou-os dois a dois: o trabalho que eles devem fazer é um trabalho de comunidade e para a comunidade, não um projecto individualista.

- Deu-lhes poder sobre os espíritos impuros: o poder de eliminar, pela palavra e pelo exemplo, as impurezas, as falsidades, as injustiças, as desigualdades sociais, os egoísmos, numa palavra, tudo o que desfigura a comunidade.

- Ordenou-lhes que levassem consigo só um cajado. É fácil desejar acumular riquezas, mesmo enormes, em prejuízo dos outros, mesmo dos mais pobres. Tanta gente honesta a trabalhar para darem uma vida decente à sua família e outros a ganharem quantias ingentes de dinheiro que de forma nenhuma merecem, com a conivência dos dirigentes das nações.

- Não levarem duas túnicas: o que nos ensina a necessidade de partilhar com os menos avantajados. Negar-se a ajudar os necessitados quando tal se pode fazer, merece castigo natural. (Aliás, quanto mais se tem, menos se é.)

- Os Apóstolos pregaram que era preciso cada um arrepender-se. Arrependimento de todos os males e pecados, tanto dos indivíduos como dos grupos, das nações, dos povos... Nenhuma nação pode possuir riquezas enormes quando outras vivem na pobreza: os bens foram criados por Deus para toda a humanidade e não só para certos grupos ou raças que, malignamente, se aproveitam da impotência ou fraqueza dos outros.

- Os Apóstolos expulsavam os demónios. Espertalhão que ele é, o demónio encobre a sua existência a muita gente. Mas a palavra de Cristo é bem clara: pelas suas acções os conhecereis. O demónio trabalha de muitas maneiras, como as muitas formas de discriminação, de injustiça, de mentira.

- Os Apóstolos ungiam com óleo numerosos doentes e curavam-nos. Quantas pessoas tratam inúmeras formas de doenças nos hospitais, centros para idosos, centros de reforma de abusos como as drogas ou o álcool, cura de enfermidades psicológicas! Gente que tem o coração cheio do desejo de bem-fazer, indivíduos que compreendem e praticam a regra do Espírito Santo que diz que “os dons de Deus são para o bem da comunidade” (1 Cor 14,12). Gente que o Senhor enviou, como enviou os seus Apóstolos. Gente que escuta o murmúrio do Espírito no seu coração e na sua vida, tal como fazia a Virgem Maria de Nazaré. Gente que trabalha para um mundo melhor.

domingo, 5 de julho de 2009

A PARTE QUE NOS CABE

Redação do Momento Espírita.
Certa vez ouvimos uma fábula que nos fez refletir acerca dos ensinamentos que continha.

Tratava-se de um incêndio devastador que se abatera sobre a floresta.

Enquanto as labaredas transformavam tudo em cinzas, os animais corriam na tentativa de salvar a própria pele.

Dentre os muitos animais, havia uma pequena andorinha que resolveu fazer algo para conter o fogo.

Sobrevoou o local e descobriu, não muito longe, um grande lago. Sem demora, começou a empreitada para salvar a floresta.

Agindo rápido, voou até o lago, mergulhou as penas na água e sobrevoou a floresta em chamas, sacudindo-se para que as gotas caíssem, repetindo o gesto inúmeras vezes.

Embora não tivesse tempo para conversa fiada, percebeu que uma hiena a olhava e debochava da sua atitude.

Deteve-se um instante para descansar as asas, quando a hiena se aproximou e falou com cinismo:

Você é muito tola mesmo, pequena ave! Acha que vai deter o fogo com essas minúsculas gotas de água que lança sobre as chamas? Isso não produzirá efeito algum, a não ser o seu esgotamento.

A andorinha, que realmente desejava fazer algo positivo, respondeu: Eu sei que não conseguirei apagar o fogo sozinha, mas estou fazendo tudo o que está ao meu alcance.

E, se cada um de nós, moradores da floresta, fizesse uma pequena parte, em breve conseguiríamos apagar as labaredas que a consomem.

A hiena, no entanto, fingiu que não entendeu, afastou-se do fogo que já estava bem próximo, e continuou rindo da andorinha.

Assim acontece com muitos de nós, quando se trata de modificar algo que nos parece de enormes proporções.

Às vezes, imitando a hiena, costumamos criticar aqueles que, como a andorinha, estão fazendo sua parte, ainda que pequena.

É comum ouvirmos pessoas que reclamam da situação e continuam de braços cruzados.

De certa forma, é cômodo reclamar das coisas sem envolver-se com a solução.

No entanto, para que haja mudanças de profundidade, é preciso que cada um faça a parte que lhe cabe para o bem geral.

Reclamamos da desorganização, da burocracia, da corrupção, da falta de educação, da injustiça, esquecendo-nos de que a situação exterior reflete a nossa situação interior.

Não há possibilidade de fazer uma sociedade organizada, honesta e justa se não houver homens organizados, honestos e justos.

Em resumo, para moralizar a sociedade, é preciso moralizar o indivíduo, que somos cada um de nós, componentes da sociedade.

Se fizermos a nossa parte, sem darmos ouvidos às hienas que tentarão desanimar a nossa disposição, em breve tempo teremos uma sociedade melhorada e mais feliz.

* * *

Em que sentido se devem entender estas palavras do Cristo: Meu reino não é deste mundo?

Poderá jamais implantar-se na Terra o reinado do bem?

Se você deseja saber as respostas destas duas perguntas, leia O livro dos espíritos, de Allan Kardec.

O Espírito São Luís responde a estas e a outras tantas perguntas propostas pelo Codificador.

sábado, 4 de julho de 2009

Meimei: FAZENDO SOL


Fazendo Sol
Meimei

Amanheceste chorando pelos que te não compreendem.

Amigos rixaram contigo.

Nos mais amados, viste o retrato da ingratidão.

Aspiravas a desentranhar o carinho nos corações queridos, com a pureza e a simplicidade da abelha que extrai o néctar das flores sem alterá-las, e, porque não conseguiste, queres morrer...

Não te encarceres, porém, nos laços do desespero.

Afirmas-te à procura do amor, mas não te recordas daqueles para quem o teu simples olhar seria assim como o sorriso da estrela, descerrado nas trevas.

Mostram a cabeça encanecida, à feição de nossos pais, são irmãos semelhantes a nós ou são jovens e crianças que poderiam ser nossos filhos... Contudo, estiram-se em leitos de pedra ou refugiam-se em antros, fincados no solo, quais se fossem proscritos atormentados.

Não te pedem mais que um pão, a fim de que se lhes restaurem as energias do corpo enfermo, ou uma palavra de esperança que lhes console a alma dorida.

Não percas o tesouro das horas, na aflição sem proveito.

Podes ser, ainda hoje o apoio dos que esmorecem desalentados, ou a luz dos que jazem nas sombras; podes estender o cobertor agasalhante sobre aqueles a quem a noite pede perdão por ser fria, aliviar o suplício dos companheiros que a moléstia carcome ou dizer a frase calmante para os que enlouqueceram de sofrimento...
Sai, pois de ti mesmo para conhecer a glória de amar!...

Perceberás, então, que a existência na Terra é apenas um dia na eternidade, aprendendo a iluminá-la de amor, como quem anda fazendo sol, nos caminhos da vida, e encontrarás, mais tarde, em cânticos de alegria, todos aqueles que te não amam agora, amando-te muito mais, por te buscarem a luz no instante do entardecer.

Por Francisco Cândido Xavier e Waldo Vieira, da obra O Espírito da Verdade, Por Espíritos Diversos. Brasília, DF, FEB, 1961, cap. 25.


sábado, 23 de maio de 2009

Cientistas Russos estudam fenomenal garoto índigo

Extraído do site: Centro de Ufologia Brasileiro
www.cubbrasil.net
28 de novembro de 2007

O que é uma criança índigo?

O termo criança índigo vem do movimento da Nova Era e da ciência espiritual modernos.

Chamam-se crianças índigo a certos seres que supostamente trouxeram características que os diferenciam das crianças normais, tais como : intuição, espontaneidade, resistência à moralidade estrita e uma grande imaginação, juntando-se frequentemente também entre tais capacidades, os dons paranormais. As crianças índigo podem ser vistas como uma espécie de milenarismo, no qual se afirma que tais seres mudarão o mundo até a um estado mais espiritual.

Há que notar que uma boa quantidade das crianças índigo foram classificados de hiperativos ou com a polêmica síndrome de déficite de atenção. O qual explicaria em boa medida o interesse de pais e educadores por este assunto.

Também há quem diga que a crença das crianças índigo, é uma reação de pânico moral à terapia medicamentosa em crianças, particularmente, à ritalina, que tem tido efeitos desastrosos em muitas crianças.

Ciência russa está estudando o menino índigo

O garoto fenômeno intelectual e paranormal, chamado Boriska, tem como mãe Nadezhda, uma dermatologista de uma clínica pública russa e se graduou no Instituto Médico de Volgograd por volta de 1991. O pai dele é um funcionário público aposentado. Os cientistas russos assumem publicamente suas pesquisas sobre espiritualismo abordando a reencarnação reconhecida cientificamente e a existência de vida extraterrestre.Eis o texto completo, traduzido de uma das reportagens do PRAVDA, assinada pelo jornalista e cientista Gennady Belimov: Em 11 de Janeiro de 1996, uma criança incomum nasceu na cidade de Volzhsky, na região de Volgograd, Rússia.

Sua mãe, Nadezhda Kipriyanovich, descreve o trabalho de parto: 'Foi muito rápido e não senti nenhuma dor. Quando me mostraram o bebê, ele me olhava fixamente com seus grandes olhos castanhos. Como médica, eu sei que não é habitual entre nasciturnos esse olhar concentrado.

Exceto esse fato ele parecia um bebê normal.' Quando saiu da maternidade, de volta ao lar, Nadezhda começou a perceber que o menino, chamado Boris, tinha um comportamento singular: raramente chorava e nunca solicitava qualquer alimento. Ele crescia como as outras crianças, mas começou a falar frases inteiras aos oito meses. Com um ano e meio, lia jornais. Os pais deram a ele um jogo de peças para montar figuras e ele começou a elaborar peças geométricas combinando diferentes partes com precisão. 'Eu tinha a impressão de que nós éramos como aliens para ele, aliens com os quais ele estava tentando se comunicar' - disse a mãe de Boris ou Boriska, como é chamado pela família. Boriska começou a desenhar figuras que, à primeira vista, eram abstrações nas quais se misturavam tons de azul e violeta. Quando psicólogos examinaram os desenhos, disseram que o garoto estava, provavelmente, tentando representar a aura das pessoas que via ao seu redor. Aos três anos, Boris começou a conversar com seus pais sobre o Universo. Ele sabia nomear todos os planetas do Sistema Solar e seus respectivos satélites. Ele falava também nomes e número de Galáxias. Isso pareceu assustador e a mãe pensou que seu filho estava fantasiando; por isso, resolveu conferir se aqueles nomes realmente existiam.

Consultou livros de astronomia e ficou chocada ao constatar que Boris, de fato, sabia muito sobre aquela ciência. Os rumores sobre o 'menino-astrônomo' espalharam-se rapidamente na cidade.

Boriska tornou-se uma celebridade local e as pessoas começaram a visitá-lo para ouvi-lo falar sobre civilizações extraterrestres, sobre a existência de antigas raças humanas cujos indivíduos mediam três metros de altura, sobre o futuro do planeta em função de mudanças climáticas.

Todos ouviam aquelas coisas com grande interesse embora não acreditassem nas histórias.Os pais decidiram batizar o filho, cogitando que talvez fosse uma questão espiritual, pois acreditavam que havia algo errado com Boris. Mas o fenômeno não cessou: Boriska começou a falar às pessoas sobre seus 'pecados'. Um dia, na rua, abordou um rapaz e admoestou-o por usar drogas; falava com certos homens para parar de bater em suas mulheres; prevenia pessoas sobre a iminência de problemas e doenças. O menino sofre com o conhecimento prévio de desastres naturais ou sociais: durante a crise do Beslan, recusou-se a ir à escola enquanto durou o ataque. Quando perguntaram a ele o que sentia sobre o assunto respondeu que era como se algo queimasse dentro dele. 'Eu sabia que o caso todo teria um final terrível' - disse Boriska.

Sobre o futuro do planeta, ele adverte que a Terra passará por duas situações muito perigosas nos anos de 2009 e 2013, com a ocorrência de catástrofes relacionadas à água.Especialistas do Instituto de Estudos do Magnetismo Terrestre e Ondas de Rádio da Academia Russa de Ciências (Institute of Earth Magnetism and Radio-waves of the Russian Academy of Sciences) fotografaram a aura de Boriska que se mostrou forte, nítida de modo incomum. O professor Vladislav Lugovenko analisa: 'Ele apresenta um espectrograma laranja, O que significa que é uma pessoa alegre, positiva, com um intelecto muito poderoso.

Existe uma teoria de que o cérebro humano possui dois tipos básicos de memória: a memória de trabalho (consciente, voluntária) e a memória remota. Uma das habilidades do cérebro é salvar informações sobre a experiência, sejam emoções ou pensamentos, em uma dimensão que transcende o indivíduo. Essas informações são capturadas por um singular campo informacional que faz parte do Universo. Poucas pessoas são capazes de acessar informações contidas nesse campo.'Ainda segundo Lugovenko, é possível medir as faculdades extra-sensoriais das pessoas com o auxílio de equipamentos especiais e através de procedimentos muito simples. Cientistas de todo o mundo têm se empenhado na pesquisa desses fenômenos à fim de revelar o mistério destas crianças extraordinárias, como o garoto Boris. Um dado interessante é que nos últimos 20 anos, bebês dotados de habilidades incomuns têm nascido em todos os continentes. Os especialistas chamam estas crianças de 'índigo children' ou 'crianças azuis', possivelmente uma referência ao avatar indiano Khrisna (figura ao lado) que, segundo a lenda, era azul. 'Boriska é uma dessas crianças. Aparentemente, as 'crianças azuis' tem a missão especial de promover mudanças em nosso planeta. Muitas delas têm as espirais do DNA notavelmente perfeitas o que lhes confere uma inacreditável resistência do sistema imunológico capaz de neutralizar a ação do vírus da AIDS. Eu tenho encontrado crianças assim na China, Índia, Vietnam entre outros lugares e estou certo que esta geração mudará o futuro da nossa civilização. Enquanto as agências espaciais tentam encontrar sinais de vida no planeta Marte, Boriska, aos nove anos, relata aos seus parentes e amigos tudo o que sabe sobre a civilização marciana, informações que ele recorda de uma vida passada. Um jornalista russo entrevistou recentemente o menino sobre sua experiência como habitante de Marte:

Entrevistador - Boriska, você realmente viveu em Marte como dizem as pessoas da vizinhança?
Boriska - Sim, eu vivi, é verdade. Eu tinha 14 ou 15 anos. Os marcianos faziam guerra todo o tempo e eu tinha de participar daquilo. Eu podia viajar no tempo e no espaço, podia voar em naves espaciais e também pude observar a vida no planeta Terra. As naves marcianas são muito complexas e podem se deslocar pelo Universo.

Entrevistador- Existe vida em Marte atualmente?
Boriska - Sim, existe, mas o planeta perdeu sua atmosfera há muitos anos atrás como resultado de uma catástrofe global. O povo marciano ainda vive em cidade nos subterrâneos. Eles respiram gás carbônico.

Entrevistador- Qual é a aparência dos marcianos?
Boriska - Eles são muito altos, uma altura média de sete metros. Eles possuem capacidades inacreditáveis. Boriska fala de Marte, mas também tem lembranças de suas observações sobre Terra naquela existência passada: ele foi testemunha da destruição da lendária civilização da Lemúria, 'a maior catástrofe que já aconteceu neste planeta. Um continente gigante foi engolido por terríveis tempestades oceânicas. Eu tinha um amigo lemuriano que morreu na minha frente esmagado por uma rocha. Não pude fazer nada. Nós estamos destinados a nos reencontrar em algum momento desta vida.' Sobre o Egito, Boriska diz que existe um conhecimento precioso oculto sob uma pirâmide que ainda não foi descoberta: 'A vida vai mudar quando a Esfinge for aberta. A Esfinge tem um mecanismo que aciona uma abertura secreta. O mecanismo está atrás da orelha.

Quanto ao aumento de nascimentos de crianças especialmente dotadas, o garoto informa que isto é decorrência do fato de que 'chegou a época' propícia para que elas venham a Terra porque o 'renascimento do planeta se aproxima...

Eles estão nascendo e estarão preparados para ajudar as pessoas...

Amar seus inimigos, essa é a Lei.

Você sabe por que os lemurianos pereceram?

Porque eles não investiram no desenvolvimento espiritual e mergulharam nas práticas da Magia desconsiderando esta Lei.

'O amor é a verdadeira mágica!'.

Boris encerrou a entrevista dizendo: Kailis, e o entrevistador perguntaram:

Entrevistador - O que você disse?

Boriska - Eu disse Olá. Essa é a língua do meu planeta.

A URL desta reportagem, no site em inglês do Jornal PRAVDA, Rússia: http://english.pravda.ru/science/19/94/378/16387_Boriska.html
Última Atualização ( 31 de dezembro de 2007 )

O fenômeno Boriska

Garoto russo lembra de reencarnações em Marte

Falando com propriedade sobre as características de Marte, Boris Kipriyanovich afirma ter encarnações passadas naquele planeta e enfatiza a Lei de Amor entre os homens na Terra neste período de transição.

A pluralidade dos mundos habitados é revelação básica, aceita, há 150 anos, pelos seguidores do Espiritismo. Faltam-nos, porém, até o momento, provas mais concretas da existência de vida extraplanetária. E isso não deixa de aguçar a nossa imaginação: como seriam esses outros seres? Que tipo de vida teriam?

Recentemente, um menino russo de apenas 12 anos, que dá entrevistas desde antes dos 7, tem aguçado ainda mais a nossa curiosidade, pois afirma ter tido suas últimas encarnações no planeta Marte. A história pode ter uma conotação fantasiosa, própria de crianças dessa idade, mas as entrevistas feitas com ele por cientistas russos impressionaram tanto que o assunto mereceu destaque no Pravda, um dos jornais de maior circulação da Rússia. Assuntos já conhecidos por todos os que estudam o Espiritismo são referidos, naturalmente, por ele, com riqueza de detalhes: reencarnação, necessidade de amor e perdão, transformação e regeneração planetária, entre outros.

A história de Boris, ou Boriska, como é conhecido, começou a evidenciar-se logo aos 3 anos de idade, quando já nomeava com exatidão os planetas do Sistema Solar e apontava sua localização, bem como falava das galáxias e do Universo em geral. Aos 7 anos, chamou a atenção de pesquisadores ao relatar dados físico-químicos de Marte, bem como a estrutura de naves espaciais, detalhes sobre as civilizações e expedições ao planeta Terra. Revelou ainda dados do grande continente da Lemúria, desaparecido há milhares de anos, tudo com um vocabulário altamente evoluído e técnico, não compatíveis com sua idade. Vale ressaltar que ele nunca ouvira falar de tais assuntos anteriormente. Tal riqueza de informações fez com que os cientistas afirmassem que as histórias contadas por Boriska não são frutos de sua imaginação, mas sim memórias de vidas passadas no planeta Marte, pois muitos dos detalhes transmitidos devem ser pessoalmente conhecidos.

Vida extraplanetária

Sua habilidade intelectual sempre foi superior à de outras crianças de sua idade, porém nada se compara às terminologias utilizadas por ele para falar sobre o cosmos. Boris relatou ainda como costumava viver em Marte, que o planeta era habitável e que sobreviveu a uma catástrofe que modificou a história do planeta e de seus habitantes: a destruição da atmosfera, fazendo com que a vida só continuasse possível em cidades subterrâneas. Nesse período, ele freqüentemente fazia viagens ao planeta Terra, onde realizava pesquisas científicas. Isso na época da antiga Lemúria, onde relata ter presenciado explosões de montanhas que causaram o afundamento do continente nas águas. Conta ainda que um lemuriano, amigo seu, faleceu diante de seus olhos sem que nada pudesse fazer. Ficou, porém, para ambos, a certeza de que se reencontrariam nesta vivência sobre a Terra. E isso é algo reconfortante. Boris ainda explica que nossas sondas espaciais são facilmente destruídas ao se aproximarem de Marte devido aos raios que emitem. Em 1988, esse fato foi alertado pelo russo Yuri Lushnichenko, que tentou avisar os líderes soviéticos do Programa Espacial Russo sobre as possíveis falhas das sondas Phobos 1 e Phobos 2, devido aos raios e às baterias radioativas que seriam estranhos à atmosfera de Marte. Mesmo com a falha das sondas, o governo soviético não deu atenção ao aviso. Essa tática de aproximação, no entanto, deverá ser reavaliada.

Transição

Os cientistas que entrevistaram Boris perguntaram o porquê do surgimento de tantas crianças com inteligência acima da média. O garoto respondeu que decorre das mudanças que acontecerão em breve no planeta, situando-as em 2009 e 2013. Com seus conhecimentos, essas crianças vão ajudar os povos espalhados por toda a Terra a passar pelo período de transição. Lembrou que essas modificações já ocorreram em Marte e não foi tudo destruído como pensamos. Muitas pessoas sobreviveram e recomeçaram suas vidas, apesar das mudanças nos continentes e também na composição da atmosfera. Esses ciclos periódicos de transformações bruscas, pelos quais passam os planetas, fazem parte de reajustes cármicos de seus habitantes e da renovação natural. São regidos, portanto, por forças universais que propiciam a evolução e o aprimoramento da essência das criaturas e da própria Criação Divina. Ressaltou ainda que, nos períodos de transição, é fundamental manter a esperança no futuro e a crença na sobrevivência da alma.

Vale a pena relembrar que os antigos maias já davam por certa a transição em 23/12/2012, data próxima à citada pelo garoto Boris. Devemos lembrar que as profecias maias não foram feitas por pessoas que gostam de catástrofes, mas sim por estudiosos da época que chegaram à conclusão que essa data seria o fim de um ciclo para o nosso planeta. Essa transição, ainda de acordo com as profecias, seria boa ou ruim, dependendo da própria humanidade. Para alguns (os sensíveis e intuitivos) seria ótimo, para outros (os racionais) um grande sofrimento. Não seria o fim do planeta, mas o início de uma Nova Era.

Lemúria, lei do amor e reencarnação

Quanto ao desaparecimento dos habitantes da Lemúria, Boris comentou que os lemurianos não estavam mais se desenvolvendo espiritualmente, haviam se desviado do caminho da luz, e isso acabou por destruir a integridade daquele continente.

Não sabe ainda qual a sua missão na Terra, porém, já descortina o futuro do planeta. O conhecimento será distribuído de acordo com a qualidade e o nível de consciência de cada indivíduo. No que se refere à reencarnação, afirma que se lembra com exatidão de sua vida em Marte, especialmente das guerras que por lá existiram.

Quanto ao período de transição, que ora vivemos, afirma que os novos conhecimentos não serão dados às pessoas mesquinhas ou viciosas como ladrões, alcoólatras e aqueles que não desejam se mudar para melhor. Esses terão que deixar o nosso planeta.

A informação terá um papel preponderante na evolução, porque é um tempo de união e cooperação que se inicia na Terra.

Para Boris, as pessoas sofrem ou são infelizes por não viverem corretamente. Elas precisam ser boas. E conclama: se alguém lhe bater, abrace quem o feriu. Se fazem você sentir-se envergonhado, não espere por desculpas, peça-as você. Se o insultam e humilham, ame-os do jeito que são. Essa é a relação do amor, da humildade e do perdão, que deve ser observada por todos. Amar uns aos outros, essa é a Lei, conclui o garoto que afirma vir de Marte.

O consolo é que existirão sempre médiuns e profetas confiáveis que continuarão a alertar os seres humanos quanto às probabilidades dos acontecimentos futuros. Com isso, nossas mentes vão se abrir para o fato de que a única forma de evitarmos as grandes catástrofes exteriores é eliminando as catástrofes interiores, calcadas em nossos próprios vícios e paixões.

Há na literatura espiritualista profecias e mensagens que apontam para os prováveis rumos que a humanidade tomará em futuro breve. Muitas delas coincidem com as revelações do menino Boriska. Não devemos, todavia, nos ater ao aspecto destrutivo da transição, como nos ensina o garoto, mas ao que ela traz de bom. Como o Espiritismo também enfatiza, devemos nos voltar ao objetivo primordial da existência: a reforma íntima. Através do esforço pessoal na melhoria interior, contribuiremos para a evolução de nossa própria alma e do mundo que habitamos, tendo por base o amor ao próximo.

FOLHA ESPÍRITA – Março de 2008
Extraído do site observador Espírita
http://observadorespirita.blogspot.com/2008/05/o-fenmeno-boriska.html

domingo, 17 de maio de 2009

Weekly NEWSLETTER

Number 74 – Volume 1 - Manaus, May 17, 2009

BOOK RECOMMENDED

“NEM TUDO ESTÁ PERDIDO”
by Elisa Masselli
In every moment of experience that we learn and make us understand what happens in our lives. God gave us free-will for we can decide the path that we follow and the life that wish to have.
Telma, Plinio and Germano had their moments of choice and, if chosen well or badly, no matter. What really matters is that, even without knowing, always had to turn friends, embodied and disembodied, which helped at all times. At the end felt that, despite everything, all is not lost, because God, regardless of social class, race or creed, will always be willing to receive His children in His arms.

ARTICLE

APPARENT LONELINESS
by Ramiro Gama
In mid-1932, the "Spiritist Center Luiz Gonzaga" was reduced to a table of five people, Mr. José Hermínio Perácio, Mrs. D. Carmen Pena Perácio, Mr. Jose Xavier, Mrs. D. Geni Pena Xavier and Mr. Chico Xavier.
The patients and obsess always emerged, but, soon after the first improvement, disappeared as if by magic.
Mr. Perácio and lady, however, needed to move to Belo Horizonte City for family life needs.
The group was limited to three companions. Mrs. D. Geni, however, the wife of Mr. José Xavier, got sick and the home went to run with only the two brothers.
Mr. José, however, was saddler, and at that time was sought by a creditor who sold it hides, the lender insisted that it receive the services at night, working in a harness, in the form of payment. Therefore, despite their good will, need to stop the frequently to the group by at least several months.
Mr. Chico Xavier looking itself alone, also wanted to leave.
But, in the first night, which felt alone in the spiritist center, not knowing how to act, Emmanuel came to him and said:
- You can not retire. Continue in service.
- Continue as? We have no visitors ...
- What about us? - Said the spirit friend.
- We also need to hear the Gospel to reduce our errors. And, besides us, we have many disembodied that need clarification and consolation. Open the meeting on the time schedule, look together the lesson of the Lord, and not close the session before two hours of work.
Accordingly, for many months, from 1932 to 1934, Chico Xavier opened the small hall of the Center and made the opening prayer at eight in the evening. Then open the "Gospel According to Spiritism", at random and read this or that statement, commenting on it aloud.
For this occasion, his seeing medianimity it has more clarity.
See and heard dozens of souls disembodied and suffering that went to the group, looking for peace and rebuild.
Listened to them the questions and gave answers to them under the direct inspiration of Emmanuel.
For others, however, prayed, talked and gestures alone ...
And these meetings of an alone Medium with the disembodied, in the spiritist center, with bright and open doors, it repeated every night from Mondays and Fridays.
From the book: “Lindos Casos de Chico Xavier”

REFLEXÃO

“If a friend is wrong in your eyes, shut the verb's scathing criticism, helping him with the blessing of prayer, and the next appears disoriented and unhappy in your footsteps, offer him the benefit of silence, to permit him to balance and restore.”
Emmanuel

“Think in the goodness of God and do not say the word that discourages or cursed. Shut up which can you not help.”
Meimei

STUDYING

THE SPIRITS’ BOOK – by Allan Kardec
Chapter IX – Intervention of spirits in the corporeal world
Affection of Certain Spirits for Certain Persons

484. Do spirits affectionately prefer certain persons?
"Good spirits sympathize with all men who are good, or susceptible of amelioration; inferior spirits, with men who are bad, or who may become such. The attachment, in both cases, is a consequence of the similarity of sentiment."

485. Is the affection of certain spirits for certain persons exclusively one of sentiment?
"True affection has nothing of carnality; but, when a spirit attaches himself to a living person, it is not always through affection only; for there may also be in that attachment a reminiscence of human passions."

486. Do spirits take an interest in our misfortunes and our prosperity? Those who wish us well, are they grieved by the ills we undergo during life?
"Good spirits do you all the good they can, and rejoice with you in all your joys. They mourn over your afflictions when you do not bear them with resignation, because in that case affliction produces no beneficial result, for you are like the sick man who rejects the disagreeable draught that would cure him."

487. What is the kind of ills that causes most grief to our spirit-friends? Is it cur physical sufferings, or our moral imperfections?
"What grieves them most is your selfishness and your hard heartedness, for these are the root of all your troubles. They smile at the imaginary sorrows that are born of pride and ambition; they rejoice in those which will shorten your term of trial."

Our spirit-friends, knowing that corporeal life is only transitory, and that the tribulations by which it is accompanied are the means that will enable us to reach a happier state, are more grieved for us by the moral imperfections which keep us back, than by physical ills, which are only transitory.
Spirits attach as little importance to misfortunes which affect us only in our earthly ideas, as we do to the trilling sorrows of childhood. Seeing the afflictions of life to be the means of our advancement, they regard them only as the passing crisis which will restore the sick man to health. They are grieved by our sufferings, as we are grieved by those of a friend but, judging the events of our lives from a truer point of view, they appreciate them differently. While inferior spirits try to drive us to despair, in order to hinder our advancement, the good ones seek to inspire us with the courage that will turn our trials into a source of gain for our future.







NEWSLETTER SEMANAL
Número 74 – Volume 1 - Manaus, 17 de maio de 2009
LIVRO RECOMENDADO
“NEM TUDO ESTÁ PERDIDO”
Elisa Masselli
Em todos os momentos passamos por experiências que nos fazem aprender e entender o que acontece em nossas vidas. Deus nos deu o livre arbítrio pa-ra que possamos decidir o caminho que queremos seguir e a vida que de-sejamos ter. Telma, Plínio e Germano tiveram seus momentos de escolha e, se escolheram bem ou mal, não impor-ta. O que realmente importa é que, mesmo sem saber, sempre tiveram ao seu lado amigos, encarnados e desen-carnados, que os ajudaram em todos os momentos. No final entenderam que, apesar de tudo, Nem Tudo Está Perdido, pois Deus, independente de classe social, raça ou credo, estará sempre disposto a receber Seus filhos em Seus braços.
PARÁBOLA
ESTRATÉGIA
Autor Desconhecido
Dizem que havia um cego sentado na calçada, com um boné a seus pés e um pedaço de madeira que, escrito com giz branco, dizia:
-"Por favor, ajude-me, sou cego".
Um publicitário da área de criação que passava em frente a ele parou e viu umas poucas moedas no boné.
Sem pedir licença, pegou o cartaz, virou-o, pegou o giz e escreveu outro anúncio. Voltou a colocar o pedaço de madeira aos pés do cego e foi embora.
Pela tarde o publicitário voltou a passar em frente ao cego que pedia esmola. Agora, o seu boné estava cheio de notas e moedas.
O cego reconheceu as pisadas e lhe perguntou se havia sido ele quem reescreveu seu cartaz, sobretudo querendo saber o que havia colocado.
O publicitário respondeu:
-"Nada que não esteja de acordo com o seu anúncio, mas com outras palavras".
Sorriu e continuou seu caminho.
O cego nunca soube, mas seu novo cartaz dizia:
-"Hoje é Primavera e não posso vê-la".
ARTIGO
SOLIDÃO APARENTE
Ramiro Gama
Em meados de 1932, o "Centro Espírita Luiz Gonzaga" estava reduzido a um quadro de cinco pessoas, José Hermínio Perácio, D. Carmen Pena Perácio, José Xavier, D. Geni Pena Xavier e o Chico.
Os doentes e obsidiados surgiram sempre, mas, logo depois das primeiras melhoras, desapareciam como por encanto.
Perácio e senhora, contudo, precisavam transferir-se para Belo Horizonte por impositivos da vida familiar.
O grupo ficou limitado a três companheiros. D. Geni, porém, a esposa de José Xavier, adoeceu e a casa passou a contar apenas com os dois irmãos.
José, no entanto, era seleiro e, naquela ocasião, foi procurado por um credor que lhe vendia couros, credor esse que insistia em receber-lhe os serviços noturnos, numa oficina de arreios, em forma de pagamento. Por isso, apesar de sua boa vontade, necessitava interromper a freqüência ao grupo, pelo menos, por alguns meses.
Vendo-se sozinho, o Médium também quis ausentar-se.
Mas, na primeira noite, em que se achou a sós no centro, sem saber como agir, Emmanuel apareceu-lhe e disse:
- Você não pode afastar-se. Prossigamos em serviço.
- Continuar como? Não temos freqüentadores...
- E nós? - disse o espírito amigo.
- Nós também precisamos ouvir o Evangelho para reduzir nossos erros. E, além de nós, temos aqui numerosos desencarnados que precisam de esclarecimento e consolo. Abra a reunião na hora regulamentar, estudemos juntos a lição do Senhor, e não encerre a sessão antes de duas horas de trabalho.
Foi assim que, por muitos meses, de 1932 a 1934, o Chico abria o pequeno salão do Centro e fazia a prece de abertura, às oito da noite em ponto. Em seguida, abria o "Evangelho Segundo o Espiritismo", ao acaso e lia essa ou aquela instrução, comentando-a em voz alta.
Por essa ocasião, a vidência nele alcançou maior lucidez.
Via e ouvia dezenas de almas desencarnadas e sofredoras que iam até o grupo, à procura de paz e refazimento.
Escutava-lhes as perguntas e dava-lhes respostas sob a inspiração direta de Emmanuel.
Para os outros, no entanto, orava, conversava e gesticulava sozinho...
E essas reuniões de um Médium a sós com os desencarnados, no Centro, de portas iluminadas e abertas, se repetiam todas as noites de segundas e sextas-feiras.
Da Obra: Lindos Casos de Chico Xavier
REFLEXÃO
Se um amigo aparece errado aos teus olhos, cala o verbo contundente da crítica, ajudando-o com a bênção da prece, e se o próximo surge desorientado e infeliz, em teus passos, oferta-lhe o favor do silêncio, para que se reequilibre e restaure.
Emmanuel
Pensa na bondade de Deus e não digas a palavra que desencoraje ou amaldiçoe. Cala-te onde não possa auxiliar
Meimei
ESTUDO
O livro dos Espíritos – Allan Kardec
Capítulo IX – Da intervenção dos Espíritos no mundo corporal
AFEIÇÃO QUE OS ESPÍRITOS VOTAM A CERTAS
484. Os Espíritos se afeiçoam de preferência a certas pessoas?
“Os bons Espíritos simpatizam com os homens de bem, ou suscetíveis de se melhorarem. Os Espíritos inferiores com os homens viciosos, ou que podem tornar-se tais. Daí suas afeições, como conseqüência da conformidade dos sentimentos.”
485. É exclusivamente moral a afeição que os Espíritos votam a certas pessoas?
“A verdadeira afeição nada tem de carnal; mas, quando um Espírito se apega a uma pessoa, nem sempre o faz só por afeição. À estima que essa pessoa lhe inspira pode agregar-se uma reminiscência das paixões humanas.”
486. Interessam-se os Espíritos pelas nossas desgraças e pela nossa prosperidade? Afligem-se os que nos querem bem com os males que padecemos durante a vida?
“Os bons Espíritos fazem todo o bem que lhes é possível e se sentem ditosos com as vossas alegrias. Afligem-se com os vossos males, quando os não suportais com resignação, porque nenhum benefício então tirais deles, assemelhando-vos, em tais casos, ao doente que rejeita a beberagem amarga que o há de curar.”
487. Dentre os nossos males, de que natureza são os de que mais se afligem os Espíritos por nossa causa?Serão os males físicos ou os morais?
“O vosso egoísmo e a dureza dos vossos corações. Daí decorre tudo o mais. Riem-se de todos esses males imaginários que nascem do orgulho e da ambição. Rejubilam com os que redundam na abreviação do tempo das vossas provas.”
Sabendo ser transitória a vida corporal e que as tribulações que lhe são inerentes constituem meios de alcançarmos melhor estado, os Espíritos mais se afligem pelos nossos males devidos a causas de ordem moral, do que pelos nossos sofrimentos físicos, todos passageiros. Pouco se incomodam com as desgraças que apenas atingem as nossas idéias mundanas, tal qual fazemos com as mágoas pueris das crianças. Vendo nas amarguras da vida um meio de nos adiantarmos, os Espíritos as consideram como a crise ocasional de que resultará a salvação do doente. Compadecem-se dos nossos sofrimentos, como nos compadecemos dos de um amigo. Porém, enxergando as coisas de um ponto de vista mais justo, os apreciam de um modo diverso do nosso. Então, ao passo que os bons nos levantam o ânimo no interesse do nosso futuro, os outros nos impelem ao desespero, objetivando comprometer-nos.

NEWSLETTER SEMANAL

Número 74 – Volume 1 - Manaus, 17 de maio de 2009

LIVRO RECOMENDADO

“NEM TUDO ESTÁ PERDIDO”
Elisa Masselli

Em todos os momentos passamos por experiências que nos fazem aprender e entender o que acontece em nossas vidas. Deus nos deu o livre arbítrio pa-ra que possamos decidir o caminho que queremos seguir e a vida que de-sejamos ter. Telma, Plínio e Germano tiveram seus momentos de escolha e, se escolheram bem ou mal, não impor-ta. O que realmente importa é que, mesmo sem saber, sempre tiveram ao seu lado amigos, encarnados e desen-carnados, que os ajudaram em todos os momentos. No final entenderam que, apesar de tudo, Nem Tudo Está Perdido, pois Deus, independente de classe social, raça ou credo, estará sempre disposto a receber Seus filhos em Seus braços.

ARTIGO

SOLIDÃO APARENTE
Ramiro Gama

Em meados de 1932, o "Centro Espírita Luiz Gonzaga" estava reduzido a um quadro de cinco pessoas, José Hermínio Perácio, D. Carmen Pena Perácio, José Xavier, D. Geni Pena Xavier e o Chico.

Os doentes e obsidiados surgiram sempre, mas, logo depois das primeiras melhoras, desapareciam como por encanto.

Perácio e senhora, contudo, precisavam transferir-se para Belo Horizonte por impositivos da vida familiar.

O grupo ficou limitado a três companheiros. D. Geni, porém, a esposa de José Xavier, adoeceu e a casa passou a contar apenas com os dois irmãos.

José, no entanto, era seleiro e, naquela ocasião, foi procurado por um credor que lhe vendia couros, credor esse que insistia em receber-lhe os serviços noturnos, numa oficina de arreios, em forma de pagamento. Por isso, apesar de sua boa vontade, necessitava interromper a freqüência ao grupo, pelo menos, por alguns meses.

Vendo-se sozinho, o Médium também quis ausentar-se.

Mas, na primeira noite, em que se achou a sós no centro, sem saber como agir, Emmanuel apareceu-lhe e disse:

- Você não pode afastar-se. Prossigamos em serviço.

- Continuar como? Não temos freqüentadores...

- E nós? - disse o espírito amigo.

- Nós também precisamos ouvir o Evangelho para reduzir nossos erros. E, além de nós, temos aqui numerosos desencarnados que precisam de esclarecimento e consolo. Abra a reunião na hora regulamentar, estudemos juntos a lição do Senhor, e não encerre a sessão antes de duas horas de trabalho.

Foi assim que, por muitos meses, de 1932 a 1934, o Chico abria o pequeno salão do Centro e fazia a prece de abertura, às oito da noite em ponto. Em seguida, abria o "Evangelho Segundo o Espiritismo", ao acaso e lia essa ou aquela instrução, comentando-a em voz alta.

Por essa ocasião, a vidência nele alcançou maior lucidez.

Via e ouvia dezenas de almas desencarnadas e sofredoras que iam até o grupo, à procura de paz e refazimento.

Escutava-lhes as perguntas e dava-lhes respostas sob a inspiração direta de Emmanuel.

Para os outros, no entanto, orava, conversava e gesticulava sozinho...

E essas reuniões de um Médium a sós com os desencarnados, no Centro, de portas iluminadas e abertas, se repetiam todas as noites de segundas e sextas-feiras.

Da Obra: Lindos Casos de Chico Xavier

REFLEXÃO

Se um amigo aparece errado aos teus olhos, cala o verbo contundente da crítica, ajudando-o com a bênção da prece, e se o próximo surge desorientado e infeliz, em teus passos, oferta-lhe o favor do silêncio, para que se reequilibre e restaure.
Emmanuel

Pensa na bondade de Deus e não digas a palavra que desencoraje ou amaldiçoe. Cala-te onde não possa auxiliar.
Meimei

ESTUDO

O livro dos Espíritos – Allan Kardec
Capítulo IX – Da intervenção dos Espíritos no mundo corporal
AFEIÇÃO QUE OS ESPÍRITOS VOTAM A CERTAS

484. Os Espíritos se afeiçoam de preferência a certas pessoas?
“Os bons Espíritos simpatizam com os homens de bem, ou suscetíveis de se melhorarem. Os Espíritos inferiores com os homens viciosos, ou que podem tornar-se tais. Daí suas afeições, como conseqüência da conformidade dos sentimentos.”

485. É exclusivamente moral a afeição que os Espíritos votam a certas pessoas?
“A verdadeira afeição nada tem de carnal; mas, quando um Espírito se apega a uma pessoa, nem sempre o faz só por afeição. À estima que essa pessoa lhe inspira pode agregar-se uma reminiscência das paixões humanas.”

486. Interessam-se os Espíritos pelas nossas desgraças e pela nossa prosperidade? Afligem-se os que nos querem bem com os males que padecemos durante a vida?
“Os bons Espíritos fazem todo o bem que lhes é possível e se sentem ditosos com as vossas alegrias. Afligem-se com os vossos males, quando os não suportais com resignação, porque nenhum benefício então tirais deles, assemelhando-vos, em tais casos, ao doente que rejeita a beberagem amarga que o há de curar.”

487. Dentre os nossos males, de que natureza são os de que mais se afligem os Espíritos por nossa causa?Serão os males físicos ou os morais?
“O vosso egoísmo e a dureza dos vossos corações. Daí decorre tudo o mais. Riem-se de todos esses males imaginários que nascem do orgulho e da ambição. Rejubilam com os que redundam na abreviação do tempo das vossas provas.”

Sabendo ser transitória a vida corporal e que as tribulações que lhe são inerentes constituem meios de alcançarmos melhor estado, os Espíritos mais se afligem pelos nossos males devidos a causas de ordem moral, do que pelos nossos sofrimentos físicos, todos passageiros. Pouco se incomodam com as desgraças que apenas atingem as nossas idéias mundanas, tal qual fazemos com as mágoas pueris das crianças. Vendo nas amarguras da vida um meio de nos adiantarmos, os Espíritos as consideram como a crise ocasional de que resultará a salvação do doente. Compadecem-se dos nossos sofrimentos, como nos compadecemos dos de um amigo. Porém, enxergando as coisas de um ponto de vista mais justo, os apreciam de um modo diverso do nosso. Então, ao passo que os bons nos levantam o ânimo no interesse do nosso futuro, os outros nos impelem ao desespero, objetivando comprometer-nos.

quarta-feira, 13 de maio de 2009

Limpeza da alma

Julio Capilé*

Depois que a alma desperta para as coisas espirituais, fica ansiosa por perfeição. No entanto, à proporção que galga o caminho da evolução e, pelo raciocínio lógico, entende que perfeição é ausência de toda falha, percebe que nós, criaturas, nunca teremos a perfeição absoluta que é apanágio do Criador. Deve desanimar por isso? Não. Se não conseguir a perfeição, pelo menos pode fazer uma limpeza espiritual.

No Evangelho segundo Mateus capítulo 5 versículo 48, encontramos o conselho ou orientação ou determinação "sede perfeitos como vosso Pai Celestial é perfeito", mas Jesus sempre falava aos discípulos em linguagem que eles entendessem o que Ele queria dizer. Eles conheciam muitas coisas que achavam perfeitas, ou alguém tão bondoso, que por sua pequenez de entendimento, era perfeito. Foi a linguagem que, se levada ao pé da letra, é um contra-senso, pois o Mestre não aceitou o qualificativo de bom e disse que só o Pai é bom. Portanto Ele, Jesus, sabia que não era perfeito.

Na verdade, dentro do que nos ensina o Espiritismo, o que podemos fazer é eliminar vícios e construir virtudes, ou por outra, sublimar o mal. Dessa forma é possível a gente ir adquirindo conhecimentos e virtudes que, em conjunto, fazem a luz do espírito. Com esforço persistente podemos, gradativamente, limpar a alma, ou seja, nos limparmos. A sujeira é constituída pelos vícios milenares. À proporção que se os vai eliminando, a alma torna-se mais leve. Há até a expressão de "alma pulcra" em relação a Maria de Nazaré. Não era perfeita, mas era limpa.

Além dos chamados sete pecados capitais, a maior parte das pessoas tem suscetibilidades, maledicência, mágoa, rancor (a ira minorada), intolerância e tantos outros mais sutis que a gente custa a perceber e só com meditação profunda. Os defeitos percebidos em minha escala evolutiva, Chico Xavier não tem, mas ele sempre se disse cheio de defeitos. Portando os que ele tem, eu nem conheço. Ele sabe e sente.

Qual, pois, a nossa obrigação como espíritas? É eliminarmos pouco a pouco os defeitos que guardamos durante muitos séculos ou milênios. Não se podem eliminar todos de vez. O inimigo é solerte e, quando menos esperamos, lá ele volta sorrateiramente como, por exemplo, a maledicência que está em todas as rodas sociais. Mas podemos escolher um e batalhar por eliminá-lo. A luta é dura. Pode demorar mais que uma encarnação, mas, quanto antes fizer, melhor. Viveremos eternamente e já vivemos milhões de anos ou de séculos. Ainda estamos impuros. No Espiritismo há a máxima "fora da caridade não há salvação". Ainda não temos a Caridade que é o conjunto de todas as virtudes: benevolência, indulgência, devotamento, sacrifício, compreensão, tolerância, paciência, amor integral, sinceridade, lealdade, solidariedade, bondade, magnanimidade, benemerência, piedade, comiseração, etc. Algumas dessas virtudes muitos já têm. De evolução em evolução o espírito vai verificando que tem vícios antes ignorados e, nessa escalada, sempre haverá algo a ser retirado para a boa limpeza. Vai ao infinito. Perfeição absoluta, só Deus.

*Médico. Escreve às quartas feiras no Jornal O Progresso, Dourados, Mato Grosso do Sul. E-mail: julio.capile@apis.com.brArtigo: http://www.progresso.com.br/not_view.php?not_id=40774
Jornal O Progresso: http://www.progresso.com.br/

Cleaning the Soul
By Julio Capilé*

Once the soul awakens to the spiritual things, is anxious to perfection. However, the proportion who climb the path of development and, by logical reasoning, believes that perfection is absence of any fault, feeling that we, creatures, never have the perfection which is absolute prerogative of the Creator. Should therefore depress? No. If not reach the perfection, at least can make a spiritual cleansing.

In the Gospel according Matthew chapter 5 verse 48, we find the advice or guidance or determination "be perfect as your Heavenly Father is perfect", but Jesus always spoke to their disciples in the language that they can understand what he meant. They knew many things that felt perfect, or someone so kind, which by their smallness of understanding, it was perfect. It was the language that, if taken literal, is a nonsense, because the Master did not accept the category of good and said that only the Father is good. So he, Jesus, knew that it was not perfect.

Indeed, within that teaches us the spiritism, what we can do is to eliminate defects and build virtues, or by another, to sublime the evil. Thus it is possible for people to acquire knowledge and virtues, which together to form the light of the spirit. With persistent effort we can, gradually, cleaning the soul, with means, clean ourselves. The dirt is formed by ancient defects. In the proportion that we are eliminating, the soul becomes lighter. There is even an expression of "beautiful soul" in relation to Mary of Nazareth. She was not perfect, but she was clean.

Besides the so-called seven deadly sins, most people have susceptibility, railing, bitterness, resentment (anger minority), intolerance and many other more subtle that we understand the we delay to fell that and only in deep meditation. The defects perceived in my evolutionary scale, Chico Xavier have not, but he always said if full of defects. Therefore he has to, I do not know. He knows and feels.

What, therefore, our duty as spiritist? It is gradually removing the defects that we store for many centuries or millenniums. Can not eliminate all at same time. The enemy is sneaky and, when was not expected, he returns quietly, such as the railing that is inside of all social wheels. But we can choose one defect and fight to eliminate it. The fight is hard. It may take more than one incarnation, but as soon as you do, is better. We live forever and we already live millions of years or the centuries. We are still impure. In Spiritism there is the maximum "out of love there is no salvation." We do not have a charity that is the conjunct of all virtues: benevolence, forgiveness, devotion, sacrifice, understanding, tolerance, patience, love fully, honesty, loyalty, solidarity, kindness, generosity, sense meritorious, pity, commiseration, etc.. Some of these virtues several already have. By evolution in evolution the spirit its verifying the defects before ignored and, in this evolution way, always have something to be removed to the best cleaning. Goes to infinity. Absolute perfection, only God.

* Doctor. Write on Wednesdays in the Newspaper O Progresso, Dourados City, Mato Grosso do Sul State, Brazil.
E-mail: julio.capile @ apis.com.br
Article source:
http://www.progresso.com.br/not_view.php?not_id=40774
Newspaper: http://www.progresso.com.br/

domingo, 10 de maio de 2009

Memórias de um exilado de Capela

psicografado pelo Médium Nelson Moraes

Em meio ao universo infinito, brilha uma estrela tão bela. Foi meu lar um dia, minha querida Capela! Imigrantes companheiros de lá partiram comigo arrastados pelo turbilhão, forçados a buscar nos diversos mundos testemunhos de renovação.

Lembro-me ainda de quando aqui chegamos. Havia muito desespero em face ao incompreendido. Restava apenas a intuição vaga de um paraíso perdido.

Olhos arregalados, observando figuras primitivas da evolução, caminhavam entre nós sem nos dar atenção.

Uma dúvida me assombrava: Não sabia se estava acordado ou se sonhava.

Muitas décadas se passaram entre lágrimas e lamentações. Pareceram séculos aos nossos corações. Contudo, eis que, em meio às trevas, a luz se fez. Uma criatura iluminada dirigiu-nos a palavra com divina altivez. Ressoando como um trovão. Sua voz doce e serena fez-se ouvir em toda região:

-"Meus irmãos, jamais nosso Pai condenará seus filhos ao sofrimento eterno. É no mundo íntimo de vossas imperfeições que tem se erguido o inferno. Exilados hoje de um paraíso, cultivai vossa esperança! Podereis construir outro neste mundo que ainda é uma criança. Reencarnareis em meios primitivos ajudando o progresso. Recapitulando vossas lições sob infalível processo. Estarei sempre convosco; farei com que reencarnem em vossos meios os meus emissários, para que nunca vos faltem os recursos necessários. Descerei entre vós na posteridade, E marcarei roteiro seguro à vossa felicidade."

Depois de ouvir estas palavras, que nos abasteceram de esperanças, fatos ocorridos em Capela, surgiram em minhas lembrança. Há muito, pessoas humildes pregavam o desterro das almas impuras: Eu debochava - para mim eram pobres criaturas. Falavam de um Deus de amor, pregavam a caridade e ahumildade. Meu Deus, como não pude ver a verdade? Agora estávamos ali, como crianças em idade escolar,

Falhamos nos exames e teríamos que recomeçar.

Hoje, após milênios de minha estada neste planeta de provação, sinto iminente os dias de idêntica transição.

Seguindo a rota evolutiva perfeita e tão bela. A vida irá se repetir, a mesma cena de Capela.

Mas algo se modificou: não sinto nenhum temor.

Hoje eu sou a pobre criatura falando de um Deus de amor!

Enviado por -Marcos Roberto Toledo ao site: http://www.pedroozorio.com.br/amigos/os_exilados_de_capela.htm

CRIACIONISMO, EVOLUTISMO E ESPIRITISMO

Eliseu Mota Júnior

Neste ano de 2009 a comunidade científica comemora o bicentenário do nascimento de Charles Robert Darwin (12/02/1809-19/04/1882), e o sesquicentenário da primeira edição de seu livro A origem das espécies, ocorrida em 24 de novembro de 1859. Por causa dessas efemérides, renasceram os debates em torno do criacionismo e do evolucionismo, as duas principais teorias sobre a criação do universo. Por isso, faremos uma pequena síntese de cada uma delas e daremos uma visão espírita desse importante assunto.
O criacionismo, embasado na Gênese bíblica, sustenta que, cerca de quatro mil anos antes da era cristã, Deus criou o mundo em seis dias, na seguinte ordem: a luz (primeiro dia); o firmamento (segundo dia); a terra, as plantas, as ervas e as árvores frutíferas (terceiro dia); o Sol, a Lua e as estrelas (quarto dia); os animais marinhos e as aves (quinto dia); os animais domésticos, os répteis, os animais selvagens, o homem e a mulher (sexto dia). E, havendo Deus terminado a criação, no sétimo dia descansou de sua obra.
Charles Darwin foi o primeiro cientista a oferecer uma alternativa a esse relato bíblico da criação.
Observando plantas e animais numa viagem de cinco anos ao redor do mundo, ele concluiu que a evolução explica a diversidade dos seres vivos, tendo como base a chamada seleção natural, teoria segundo a qual os integrantes das diferentes espécies competem reciprocamente na luta pela vida, saindo vencedor aquele que apresentar qualquer variação de habilidade mais vantajosa.
Em suma, os mais fracos perecem e os mais aptos sobrevivem, legando à sua descendência as variações benéficas.
No tocante à origem do homem, os evolucionistas sustentam que a transição entre o reino animal e a espécie humana foi feita através dos primatas e dos homens pré-históricos.
Estão de acordo em que o homem e a família dos macacos se separaram a partir de um antepassado comum.
Uma visão espírita livre de preconceitos pode aceitar o evolucionismo e a teoria cosmogônica do “big bang”, segundo a qual tudo começou a partir da singularidade, um minúsculo átomo energético que sofreu uma expansão súbita e originou o universo, há mais ou menos dezoito bilhões de anos. Antes do “big bang” havia uma espécie de “campo quântico inicial”, onde a noção de materialidade não tem sentido, pois não existia traço algum do que seja material. No instante primordial ocorreu uma transferência de energia extremamente elevada, que permitiu a criação do átomo primitivo. E isto num contexto onde o espaço e o tempo ainda não têm existência física.
A “grande explosão ou expansão” inicial poderia ter sido caótica, desordenada, mas os componentes desse universo nascente obedecem a uma ordem rigorosa desde a fase inicial, como se o homem tivesse nascido em um universo feito para ele, intencionalmente construído na sua medida por uma inteligência suprema e causa primária de todas as coisas, a que o Espiritismo denomina Deus.
Atualmente os cientistas constataram a existência de um fenômeno de ordem subjacente, que conduz inelutavelmente ao surgimento da vida. Com efeito, eles lembram que a desordem não é um estado natural da matéria, mas um estado que precede a emergência ou a eclosão de uma ordem mais elaborada. Ficou demonstrada a existência de uma espécie de trama contínua que une o inerte, o preexistente e o vivo, a matéria tendendo a se estruturar para se tornar matéria viva.
A Doutrina Espírita esclarece que Deus criou o espírito (princípio inteligente do universo) e a matéria, os quais, unidos por um agente intermediário, originaram a criação, cujo ápice é exatamente a vida. De fato, na lúcida visão de Léon Denis, “não sendo a vida mais que uma manifestação do espírito, traduzida pelo movimento, essas duas formas de evolução são paralelas e solidárias. A alma elabora-se no seio dos organismos rudimentares. No animal está apenas em estado embrionário; no homem, adquire o conhecimento, e não mais pode retrogradar. Porém, em todos os graus ela se prepara e conforma o seu invólucro. As formas sucessivas que reveste são a expressão do seu valor próprio. A situação que ocupa na escala dos seres está em relação direta com o seu estado de adiantamento” (Depois da morte, pp. 132-l33). Em outras palavras, “a alma dorme no mineral, sonha no vegetal, agita-se no animal e desperta no homem”.
Em síntese, ao mostrar que “fé raciocinada só o é aquela que enfrenta a razão face a face em todas as épocas da humanidade”, o Espiritismo é o único elo capaz de uni-las, porque sem ele “a ciência continua manca e a religião prossegue na sua cegueira”, como diria o cientista Albert Einstein.

artigo extraido do site da Casa Editora O Clarim - www.oclarim.com.br

OS EXILADOS DE CAPELA

Dentre os vários contingentes de exilados trazidos para o planeta Terra, o caso mais vivo em nossa memória espiritual, talvez por ter sido o mais recente, é o dos exilados provenientes do sistema de Capela.

Conforme nos relata Ramatis em "Mensagens do Astral", obra psicografada por Hercílio Maes, "...temos à disposição em nosso mundo, literatura mediúnica que cita muitos casos de espíritos expulsos de outros orbes para a Terra, em fases de seleção entre o "trigo e o joio" ou entre os "lobos e as ovelhas", fases essas pelas quais tereis em breve de passar, para higienização do vosso ambiente degradado.

Entre os muitos casos de exílio que vosso mundo tem acolhido, ocorreram diversos casos isoladamente (em pequenos contingentes), e bem como emigrações em massa, como a proveniente do sistema de Capela, as quais constituíram no vosso mundo as civilizações dos chineses, hindus, hebraicos e egípcios, e ainda o tronco formativo dos árias. Esse o motivo por que, ao mesmo tempo em que floresciam civilizações faustosas e se revelavam elevados conhecimentos de ciência e arte, desenvolvidos pelos exilados, os espíritos originais da Terra mourejavam sob o primitivismo de tribos acanhadas.

Ombreando com o barro amassado, das cabanas rudimentares do homem terrícola, foram-se erguendo palácios, templos e túmulos faustosos, comprovando um conhecimento e poder evocado pelos exilados de outros planetas."

"No vosso mundo, esses enxotados de um paraíso planetário constituíram o tronco dos árias, descendendo dele os celtas, latinos, gregos e alguns ramos eslavos e germânicos; outros formaram a civilização épica dos hindus, predominando o gênero de castas que identificava a soberbia e o orgulho de um tipo psicológico exilado. As mentalidades mais avançadas constituíram a civilização egípcia, retratando na pedra viva a sua "Bíblia" suntuosa, enquanto a safra dos remanescentes, inquietos, indolentes e egocêntricos, no orbe original, fixou-se na Terra na figura do povo de Israel.

Certa parte desses exilados propendeu para os primórdios da civilização chinesa, onde retrataram os exóticos costumes das corporações frias, impiedosas e impassivas do astral inferior, muito conhecidas como os "dragões" e as "serpentes vermelhas".

Segundo Edgar Armond na obra "Os Exilados da Capela", "esta humanidade atual foi constituída, em seus primórdios, por duas categorias de homens, a saber: uma retardada, que veio evoluindo lentamente através das formas rudimentares da vida terrena, pela seleção natural das espécies, ascendendo trabalhosamente da inconsciência para o Instinto e deste para a Razão; homens, vamos dizer autóctones, componentes das raças primitivas das quais os "primatas" foram o tipo anterior melhor definido; e outra categoria, composta de seres exilados da Capela, o belo orbe da constelação do Cocheiro a que já nos referimos, outro dos inumeráveis sistemas planetários que formam a portentosa, inconcebível e infinita criação universal."

"Esses milhões de ádvenas para aqui transferidos, eram detentores de conhecimentos mais amplos, e de entendimento mais dilatado, em relação aos habitantes da Terra e foi o elemento novo que arrastou a humanidade animalizada daqueles tempos para novos campos de atividade construtiva, para o aconchego da vida social e, sobretudo, deu-lhe as primeiras noções de espiritualidade e do conhecimento de uma divindade criadora."

"Essa permuta de populações entre orbes afins de um mesmo sistema sideral, e mesmo de sistemas diferentes, ocorre periodicamente, sucedendo sempre a expurgos de caráter seletivo; como também é fenômeno que se enquadra nas leis gerais da justiça e da sabedoria divinas, porque vem permitir reajustamentos oportunos, retomadas de equilíbrio, harmonia e continuidade de avanços evolutivos para as comunidades de espíritos habitantes dos diferentes mundos."

"Por outro lado é a misericórdia divina que se manifesta, possibilitando a reciprocidade do auxílio, a permuta de ajuda e de conforto, o exercício enfim, da fraternidade para todos os seres da criação. Os escolhidos, neste caso, foram os habitantes de Capela que deviam ser dali expurgados por terem se tornado incompatíveis com os altos padrões de vida moral já atingidos pela evoluída humanidade daquele orbe."

"Mestres, condutores e líderes que então se tornaram das tribos primitivas, foram eles, os exilados, que definiram os novos rumos que a civilização tomou, conquanto sem completo êxito."
Vamos prosseguir neste tópico com informações trazidas por Emmanuel em "A Caminho da Luz", obra psicografada por Francisco Cândido Xavier, as quais nos proporcionam uma rápida idéia de como e em que regiões do planeta foram organizados os exilados provenientes de Capela.

O Sistema de Capela

Nos mapas zodiacais, que os astrônomos terrestres compulsam em seus estudos, observa-se desenhada uma grande estrela na Constelação do Cocheiro, que recebeu, na Terra, o nome de Cabra ou Capela. Magnífico sol entre os astros que nos são mais vizinhos, Capela é uma estrela inúmeras vezes maior que o nosso Sol e, se este fosse colocado em seu lugar, mal seria percebido por nós, à vista desarmada.

Na abóbada celeste está situada no hemisfério boreal, limitada pelas constelações da Girafa, Perseu e Lince; e quanto ao Zodíaco, sua posição é entre Gêminis, Perseu e Tauro. Na sua trajetória pelo Infinito, faz-se acompanhar, igualmente, da sua família de mundos, cantando as glórias do Ilimitado. A sua luz gasta cerca de 42 anos para chegar à face da Terra, considerando-se, desse modo, a regular distância existente entre Capela e o nosso planeta, já que a luz percorre o espaço com a velocidade aproximada de 300.000 quilômetros por segundo.

Quase todos os mundos que lhe são dependentes já se purificaram física e moralmente, examinadas as condições de atraso moral da Terra, onde o homem se reconforta com as vísceras dos seus irmãos inferiores, como nas eras pré-históricas de sua existência, marcham uns contra os outros ao som de hinos guerreiros, desconhecendo os mais comezinhos princípios de fraternidade e pouco realizando em favor da extinção do egoísmo, da vaidade, do seu infeliz orgulho.

Um Mundo em Transições

Há muitos milênios, um dos orbes da Capela, que guarda muitas afinidades com o globo terrestre, atingira a culminância de um dos seus extraordinários ciclos evolutivos. As lutas finais de um longo aperfeiçoamento estavam delineadas, como ora acontece convosco, relativamente às transições esperadas no século XX, neste crepúsculo de civilização.

Alguns milhões de Espíritos rebeldes lá existiam, no caminho da evolução geral, dificultando a consolidação das penosas conquistas daqueles povos cheios de piedade e virtudes, mas uma ação de saneamento geral os alijaria daquela humanidade, que fizera jus à concórdia perpétua, para a edificação dos seus elevados trabalhos.

As grandes comunidades espirituais, diretoras do Cosmos, deliberam, então, localizar aquelas entidades, que se tornaram pertinazes no crime, aqui na Terra longínqua, onde aprenderiam a realizar, na dor e nos trabalhos penosos do seu ambiente, as grandes conquistas do coração e impulsionando, simultaneamente, o progresso dos seus irmãos inferiores.

Espíritos Exilados na Terra

Foi assim que Jesus recebeu, à luz do seu reino de amor e de justiça, aquela turba de seres sofredores e infelizes.

Com a sua palavra sábia e compassiva, exortou essas almas desventuradas à edificação da consciência pelo cumprimento dos deveres de solidariedade e de amor, no esforço regenerador de si mesmas. Mostrou-lhes os campos imensos de luta que se desdobravam na Terra, envolvendo-as no halo bendito da sua misericórdia e da sua caridade sem limites. Abençoou-lhes as lágrimas santificadoras, fazendo-lhes sentir os sagrados triunfos do futuro e prometendo-lhes a sua colaboração cotidiana e a sua vinda no porvir.

Aqueles seres angustiados e aflitos, que deixavam atrás de si todo um mundo de afetos, não obstante os seus corações empedernidos na prática do mal, seriam degredados na face obscura do planeta terrestre; andariam desprezados na noite dos milênios da saudade e da amargura; reencarnariam no seio de raças ignorantes e primitivas, a lembrarem o paraíso perdido nos sofrimentos distantes. Por muitos séculos não veriam a suave luz da Capela, mas trabalhariam na Terra acariciados por Jesus e confortados na sua imensa misericórdia.

A Civilização Egípcia

Dentre os Espíritos degredados na Terra, os que constituíram a civilização egípcia foram os que mais se destacaram na prática do Bem e no culto da Verdade.

Aliás, importa considerar que eram eles os que menos débitos possuíam perante o tribunal da Justiça Divina. Em razão dos seus elevados patrimônios morais, guardavam no íntimo uma lembrança mais viva das experiências de sua pátria distante. Um único desejo os animava, que era trabalhar devotadamente para regressar, um dia, aos seus penates (deuses do lar entre os romanos e etruscos - Derivação:sentido figurado. casas paternas; lares, famílias) resplandecentes. Uma saudade torturante do céu foi a base de todas as suas organizações religiosas.

Em nenhuma civilização da Terra o culto da morte foi tão altamente desenvolvido. Em todos os corações a ansiedade de voltar ao orbe distante, ao qual se sentiam presos pelos mais santos afetos. Foi por esse motivo que, representando uma das mais belas e adiantadas civilizações de todos os tempos, as expressões do antigo Egito desapareceram para sempre do plano tangível do planeta. Depois de perpetuarem nas pirâmides os seus avançados conhecimentos, todos os Espíritos daquela região africana regressaram à pátria sideral.

A Ciência Secreta

Em virtude das circunstâncias mencionadas, os egípcios traziam consigo uma ciência que a evolução não comportava.

Aqueles grandes mestres da antiguidade foram, então, compelidos a recolher o acervo de suas tradições e de suas lembranças no ambiente reservado dos templos, mediante os mais terríveis compromissos dos iniciados nos seus mistérios. Os conhecimentos profundos ficaram circunscritos ao círculo dos mais graduados sacerdotes da época, observando-se o máximo cuidado no problema da iniciação.

A própria Grécia, que aí buscou a alma de suas concepções cheias de poesia e beleza, através da iniciativa dos seus filhos mais eminentes, no passado longínquo, não recebeu toda a verdade das ciências misteriosas. Tanto é assim, que as iniciações no Egito se revestiam de experiências terríveis para o candidato à ciência da vida e da morte - fatos esses que, entre os gregos eram motivos de festas inesquecíveis.

Os sábios egípcios conheciam perfeitamente a inoportunidade das grandes revelações espirituais naquela fase do progresso terrestre; chegando de um mundo de cujas lutas, na oficina do aperfeiçoamento, haviam guardado as mais vivas recordações, os sacerdotes mais eminentes conheciam o roteiro que a Humanidade terrestre teria de realizar. Aí residem os mistérios iniciáticos e a essencial importância que lhes era atribuída no ambiente dos sábios daquele tempo.

O Politeísmo Simbólico

Nos círculos esotéricos, onde pontificava a palavra esclarecida dos grandes mestres de então, sabia-se da existência do Deus Único e Absoluto, Pai de todas as criaturas e Providência de todos os seres, mas os sacerdotes conheciam, igualmente, a função dos Espíritos prepostos de Jesus, na execução de todas as leis físicas e sociais da existência planetária, em virtude das suas experiências pregressas.

Desse ambiente reservado de ensinamentos ocultos, partiu, então, a idéia politeísta dos numerosos deuses, que seriam os senhores da Terra e do Céu, do Homem e da Natureza. As massas requeriam esse politeísmo simbólico, nas grandes festividades exteriores da religião. Já os sacerdotes da época conheciam essa franqueza das almas jovens, de todos os tempos, satisfazendo-as com as expressões exotéricas de suas lições sublimadas.

Dessa idéia de homenagear as forças invisíveis que controlam os fenômenos naturais, classificando-as para o espírito das massas, na categoria dos deuses, é que nasceu a mitologia da Grécia, ao perfume das árvores e ao som das flautas dos pastores, em contato permanente com a Natureza.

O Culto da Morte e a Metempsicose

Um dos traços essenciais desse grande povo foi a preocupação insistente e constante da Morte. A sua vida era apenas um esforço para bem morrer. Seus papiros e afrescos estão cheios dos consoladores mistérios do além-túmulo.

Era natural. O grande povo dos faraós guardava a reminiscência do seu doloroso degredo na face obscura do mundo terreno. E tanto lhe doía semelhante humilhação, que, na lembrança do pretérito, criou a teoria da metempsicose, acreditando que a alma de um homem podia regressar ao corpo de um irracional, por determinação punitiva dos deuses. a metempsicose era o fruto da sua amarga impressão, a respeito do exílio penoso que lhe fora infligido no ambiente terrestre.

Inventou-se, desse modo, uma série de rituais e cerimônias para solenizar o regresso dos seus irmãos à pátria espiritual. Os mistérios de Ísis e Osíris mais não eram que símbolos das forças espirituais que presidem aos fenômenos da morte.

Os Egípcios e as Ciências psíquicas

As ciências psíquicas da atualidade eram familiares aos magnos sacerdotes dos templos. O destino e a comunicação dos mortos e a pluralidade das existências e dos mundos eram, para eles, problemas solucionados e conhecidos. O estudo de suas artes pictóricas positivam a veracidade destas nossas afirmações. Num grande número de afrescos, apresenta-se o homem terrestre acompanhado do seu duplo espiritual.

Os papiros nos falam de suas avançadas ciências nesse sentido, e, através deles, podem os egiptólogos modernos reconhecer que os iniciados sabiam da existência do corpo espiritual preexistente, que organiza o mundo das coisas e das formas. Seus conhecimentos, a respeito das energias solares com relação ao magnetismo humano, eram muito superiores aos da atualidade. Desses conhecimentos nasceram os processo de mumificação dos corpos, cujas fórmulas se perderam na indiferença e na inquietação dos outros povos.

Seus reis estavam tocados do mais alto grau de iniciação enfeixando nas mãos todos os poderes espirituais e todos os conhecimentos sagrados. É por isso que a sua desencarnação provocava a concentração mágica de todas as vontades, no sentido de cercar-lhes o túmulo de veneração e de supremo respeito. Esse amor não se traduzia, apenas, nos atos solenes da mumificação. Também o ambiente dos túmulos era santificado por estranho magnetismo. Os grandes diretores da raça, que faziam jus a semelhantes consagrações, eram considerados dignos de toda a paz no silêncio da morte.

As Pirâmides

A assistência carinhosa do Cristo não desamparou a marcha desse povo cheio de nobreza moral. Enviou-lhe auxiliares e mensageiros, inspirando-o nas suas realizações, que atravessaram todos os tempos provocando a admiração e o respeito da posteridade de todos os séculos.

Aquelas almas exiladas, que as mais interessantes características espirituais singularizam, conheceram, em tempo, que o seu degredo na Terra atingira o fim. Impulsionados pelas forças do Alto, os círculos iniciáticos sugerem a construção das grandes pirâmides, que ficariam como a sua mensagem eterna para as futuras civilizações do orbe. Esses grandiosos monumentos teriam duas finalidades simultâneas: representariam os mais sagrados templos de estudos e iniciação, ao mesmo tempo em que constituiriam, para os pósteros (que ainda vai acontecer; futuro - a geração ou as gerações que vêm depois da de quem fala ou escreve) um livro do passado, com as mais singulares profecias em face das obscuridade do porvir.

Levantaram-se, dessarte (advérbio - destarte - assim, desta maneira; dessarte) as grandes construções que assombraram a engenharia de todos os tempos. Todavia, não é o colosso de seus milhões de toneladas de pedra nem o esforço hercúleo do trabalho de sua justaposição o que mais empolga e impressiona a quantos contemplam esses monumentos. As pirâmides revelam os mais extraordinários conhecimentos daquele conjunto de Espíritos estudiosos das verdades da vida. A par desses conhecimentos, encontram-se ali os roteiros futuros da Humanidade terrestre.

Cada medida tem a sua expressão simbólica, relativamente ao sistema cosmogônico (relativo ou pertencente a cosmogonia; cosmogenético - conjunto de teorias que propõe uma explicação para o aparecimento e formação do sistema solar) do planeta e à sua posição no sistema solar. Ali está o meridiano ideal, que atravessa mais continentes e menos oceanos, e através do qual se pode calcular a extensão das terras habitáveis pelo homem, a distância aproximada entre o Sol e a Terra, a longitude percorrida pelo globo terrestre sobre a sua órbita no espaço de um dia, a precessão dos equinócios, bem como muitas outras conquistas científicas que somente agora vêm sendo consolidadas pela moderna astronomia.

Redenção

Depois dessa edificação extraordinária, os grandes iniciados do Egito voltam ao plano espiritual, no curso incessante dos séculos.

Com seu regresso aos mundos ditosos da Capela, vão desaparecendo os conhecimentos sagrados dos templos tebanos, que, por sua vez, os receberam dos grandes sacerdotes de Mênfis.

Aos mistérios de Ísis e de Osíris, sucedem-se os de Elêusis, naturalmente transformados nas iniciações da Grécia antiga.

Em algumas centenas de anos, reuniram-se de novo, nos planos espirituais, os antigos degredados, com a sagrada bênção do Cristo, seu patrono e salvador. A maioria regressa, então, ao sistema da Capela, onde os corações se reconfortam nos sagrados reencontros das suas afeições mais santas e mais puras, mas grande número desses Espíritos, estudiosos e abnegados, conservou-se nas hostes de Jesus, obedecendo a sagrados imperativos do sentimento e, ao seu influxo divino, muitas vezes têm reencarnado na Terra, para desempenho de generosas e abençoadas missões.

A Índia

Dos Espíritos degredados no ambiente da Terra, os que se agruparam nas margens do Ganges foram os primeiros a formar os pródromos (Uso: formal: o que antecede a (algo); precursor, prenúncio, antecedente - Ex.: os p. da revolução - 2 espécie de prefácio; introdução, preâmbulo) de uma sociedade organizada, cujos núcleos representariam a grande percentagem de ascendentes das coletividades do porvir. As organizações hindus são de origem anterior à própria civilização egípcia e antecederam de muito os agrupamentos israelitas (sempre sofreram as conseqüências nefastas do orgulho e do exclusivismo), de onde sairiam mais tarde personalidades notáveis como as de Abraão e Moisés.

As almas exiladas naquela parte do Oriente muito haviam recebido da misericórdia do Cristo, cuja palavra de amor e de cuja figura luminosa guardavam as mais comovedoras recordações, traduzidas na beleza dos Vedas e dos Upanishads. Foram elas as primeiras vozes da filosofia e da religião no mundo terrestre, como provindo de uma raça de profetas, de mestres e iniciados, em cujas tradições iam beber a verdade os homens e os povos do porvir, salientando-se que também as suas escolas de pensamento guardavam os mistérios iniciáticos, com as mais sagradas tradições de respeito.

- O povo hindu não aproveitou como devia as experiências sagradas no orbe terrestre, embora grandes emissários como CRISNA e BUDA tenham sido mandados em sua ajuda - Muitos destes encontram-se ainda hoje em sua jornada de redenção no globo terrestre.

Os Arianos

Era na Índia de então que se reuniam os arianos puros, entre os quais cultivavam-se igualmente as lendas de um mundo perdido, no qual o povo hindu colocava as fontes de sua nobre origem. Alguns acreditavam se tratasse do antigo continente da Lemúria, arrasado em parte pelas águas dos Oceanos Pacífico e Índico.

A realidade, porém, qual já vimos, é que, como os egípcios e os hindus eram um dos ramos da massa de proscritos da Capela, exilados no planeta. Deles descendem todos os povos arianos, que floresceram na Europa e hoje atingem um dos mais agudos períodos de transição na sua marcha evolutiva. O pensamento moderno é o descendente legítimo daquela grande raça de pensadores, que se organizou nas margens do Ganges, desde a aurora dos tempos terrestres, tanto que todas as línguas das raças brancas guardam as mais estreitas afinidades com o sânscrito, originário de sua formação e que constituía uma reminiscência da sua existência pregressa, em outros planos.

Os Mahatmas

Da região do Ganges partiram todos os elementos irresignados com a situação humilhante que o degredo na Terra lhes infligia. As arriscadas aventuras forneceriam uma noção de vida nova e aqueles seres revoltados supunham encontrar o esquecimento de sua posição nas paisagens renovadas dos caminhos; lá ficaram, apenas, as almas resignadas e crentes nos poderes espirituais que as conduziriam de novo às magnificências dos seus paraísos perdidos e distantes.

Os cânticos dos Vedas são bem uma glorificação da fé e da esperança, em face da Majestade Suprema do Senhor do Universo. A faculdade de tolerar, e esperar, aflorou no sentimento coletivo das multidões, que suportaram heroicamente todas as dores e aguardaram o momento sublime da redenção.

Os "mahatmas" (grandes almas) criaram um ambiente de tamanha grandeza espiritual para seu povo, que, ainda hoje, nenhum estrangeiro visita a terra sagrada da Índia sem de lá trazer as mais profundas impressões acerca de sua atmosfera psíquica. Eles deixaram também, ao mundo, as suas mensagens de amor, de esperança e de estoicismo resignado, salientando-se que quase todos os grandes vultos do passado humano, progenitores do pensamento contemporâneo, deles aprenderam as lições mais sublimes.

Irmãos de Órion - Transmigrações Interplanetárias

Segundo pesquisadores, muitos de nós somos esses exilados tentando recuperar o tempo perdido, portanto caminhemos juntos sempre com a intenção de avanço, mas não só para o nosso progresso, mas para o de todas as civilizações.

Paz e Luz nessa caminhada!
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