sexta-feira, 13 de setembro de 2013

Vinicius Francis: PORQUE SOFREMOS? – PARTE 3

por Vinicius Francis
07/09/2013

O sofrimento e a nossa vida pessoal

E prosseguindo, agora em outro âmbito, vamos entender a coisa do sofrimento melhor. Primeiro, eu afirmo que sofrer é bom. Vixe, o Vinícius ficou louco (você vai pensar). Não estou. Na área pessoal, sofrer é uma maravilha! Porque é só quando você bate a cara na parede das relações e circunstâncias que percebe, muitas vezes, o que está fazendo consigo mesmo. E compreende que está “jogando” errado com a vida.

Pense bem, se uma relação está te ferindo, boa coisa ela não é (claro que é preciso avaliar se é a "relação" o problema ou a "forma" como você a leva). Já parou pra pensar nisso? Se uma profissão ou um trabalho que você executa está te fazendo infeliz, ou seja, te machucando, é porque ele não está de acordo com o seu espírito. Claro que tem o sofrimento provocado por nossa mente mal educada, onde estragamos o que poderia ser bom.

Mas, neste caso, me refiro ao que vem de fora. Meu caro, se algo te faz sofrer é porque não vale à pena. E por que você segura isso? Porque acha que segurar vai resolver? Por que está apegado? Bom, problema é seu se quer segurar a meleca, mas te garanto que quanto mais você se recusar a soltar, mais vai doer.

E dentro da ideia divina de que esta dor é uma evidência de uma escolha mal feita, o que fará com que você se dê conta de que é preciso mudar não é o sofrimento em si. Então, o quê? O cansaço. A percepção lúcida de: Opa, eu não mereço isso! Porque estou sofrendo assim? Não é pra eu ter esse desgosto sendo que fui criado para ser feliz.

Eita que você chegou no pontinho certo! Inteligência quando usada 
naturalmente dispensa a necessidade do sofrimento. Porque ele não é uma necessidade imposta, isso não existe. A dor é a segunda opção, a primeira é eu usar a inteligência.

E sempre que eu me nego a usá-la em meu benefício, precisa vir um “tabefe” ´pra me mostrar que estou “errado”. E olha, decepções e frustrações com pessoas vêm disso. É, vem sim. Você adora autuar o outro pela sua dor né? Adora dizer que foi vítima. Aham! Conheço isso, eu já fiz essa besteira. Inventamos essas desculpas, quando na verdade, as pessoas estão ali na nossa frente e não as enxergamos porque não queremos.

E mais do que “não querer ver” é nos iludirmos na ridícula crença de que poderemos mudar o outro. Olha a loucura mental na qual entramos! E quando caminhamos por essa trilha pedimos o quê da vida? Pancada. É como se eu dissesse: Deus, estou enganando a mim mesmo, por favor, me mostre que eu preciso mudar!

E ele mostra com um tapa na sua orelha. Tem muita gente que pede isso a Deus: Ah senhor, me ajude!  E o que Deus está fazendo é exatamente isso. Ele permite o seu sofrimento para que você compreenda que está agindo errado. A melhor maneira de Deus ajudar o homem a ser feliz é deixá-lo se "estrepar" por suas próprias escolhas.

Você acha que os Elohins me privam de sofrer? Pelo contrário, me estimulam a ir e meter a cara, porque é fazendo assim e de repente, batendo a cara no muro, que eu vou adquirir lucidez para evitar novos sofrimentos. Pois se eles estiverem ali sempre me pegando pela mão eu não vou evoluir e serei um eterno dependente desse amparo.

Por isso que você é fraco assim né? Porque se segura no comodismo. Só que você tem que ser muito tonto pra achar que tapeia a vida. Quem tem medo de sofrer, só no ato de se segurar para não ter que enfrentar isso ou aquilo para superar as dificuldades, já está sofrendo.

E você vai sofrer até aprender a usar o seu senso divino de direção e ouvir aquela voz interior que diz: Ei não faça isso! Preste atenção cara! Olha o que você está fazendo consigo! Essa é a voz de Deus em você.

O sofrimento e o contraste

Como aprendemos dos espíritos, não existe o ruim, existe o contraste. Que na verdade é o oposto do que eu quero. E se eu tomar o que não quero como referência para saber exatamente o que desejo e apenas isso, pronto, matei a charada.

Não precisa sofrer se você trabalha certo e dentro do que Deus estabeleceu. Claro que até você chegar nisso sofre pra burro (queria dizer outra coisa, mas aqui não pode). E agradeça por isso amigo. Tudo é sempre para o seu bem. As pessoas, ocasiões, tudo o que de alguma forma te fez sofrer, foi apenas para que você aprendesse a se conhecer melhor e respeitar seus limites, suas vontades e o seu espírito.

E chegamos à conclusão final do assunto, sofremos para nos encontrar. E se eu pudesse te dizer o que fazer para evitar ao máximo o sofrimento, eu diria: Respeite o seu eu, não se force. Não entre na loucura de ser algo para o mundo e para as pessoas. Não se manipule pelo externo. Seja quem você é e se ame sem medo de ser verdadeiro. Se banque e jamais se acovarde diante de opiniões alheias. Pare de se escravizar na ideia de não querer fazer o outro sofrer com suas escolhas, ele sofre porque quer, então dê o direito ao próximo de sofrer por suas ilusões a seu respeito e devolva-se o direito de ser autêntico, sem fingimentos. 

Porque é tão pequeno e pobre a postura de fraqueza, na manipulação de quem eu sou pelo outro ou pelo mundo!

E não permita que nada do lado de fora, determine suas atitudes. Guie-se por você, faça o que tem vontade sem se importar se estará agradando ou não. Seja livre, é isso, resume tudo. Seja livre de tudo o que tende a forçá-lo contra algo natural do seu ser.

E se fizer assim, se tiver a ousadia de encarar a si mesmo, compreendendo que sempre que optar pelo seu melhor estará evitando a dor, então, tenha certeza de que você terá mergulhado no real plano divino pra sua vida, a felicidade.

Mas é preciso ser forte! E até assumir sua força e bancar a si mesmo, felizmente e infelizmente, terá que conviver com a dor de não poder ser quem é e de não poder se expressar como gostaria. Graças a Deus pelo sofrimento, pois ele nos ensina a viver. Graças a Deus pelas decepções, elas nos ensinam a nos amar e a procurar sempre pelo nosso melhor. Graças a Deus pela tristeza, pois ela nos revela claramente o quanto é bom ser feliz.


Seja Feliz,

Vinícius Francis

Vinicius Francis & Márcia Diniz

Reblogado do website Blog Os Filhos da Alva


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