terça-feira, 22 de outubro de 2013

UMA HISTÓRIA DA CRIAÇÃO – Parte 2


Então vamos mergulhar mais ainda nesse mundo misterioso por trás do véu, pois percebemos que vocês estão a ficar mais do que curiosos sobre alguns destes detalhes tentadores. Na última vez, mostramos que a essência de tudo isto está em criar, ou a energia a quem foi dada a tarefa de criar tudo, do grande ao pequeno, do que é tangível ao que é menos perceptível. Este assunto, em si mesmo, pode ser muito difícil de aprofundar, mas deixem-nos tentar outra vez, outro ponto de vista e talvez este faça as coisas infiltrarem-se mais profundamente no vosso ser. Pois na verdade, tu és uma parte intrínseca de tudo isto, mas a construção de tudo ainda é um mistério para ti e para todos que partilham este pequeno planeta contigo. De muitas maneiras, és apenas uma pequena partícula de pó, mas esta pequena partícula de poeira também é uma estrutura muito complexa, ligada e separada de muitas maneiras diferentes e a níveis diferentes. Pois o que vês como Humanidade, nós vemos apenas como uma camada separada de uma massa enorme de algo muito mais complexo do que mesmo a estrutura complexa do corpo humano. Isso em si mesmo é, na verdade, uma construção que vale vários volumes de disseminação, mas, por agora, vamos deixar isso em repouso. Pois aquilo em que queremos mergulhar, é a complexidade, ou antes, a simplicidade dos bastidores, porque eles são muito mais fantásticos do que os resultados tangíveis que vocês veem, sentem ou escutam, do vosso lado do véu.

Como já referimos, na verdade, tudo é energia, energia em diferentes tons ou formas de vibração, uma névoa cintilante de luz que parece sólida num dado momento e invisível no momento a seguir. Mas realmente é tudo a mesma coisa, mas foi programada para se comportar e ser percebida de certas maneiras. Recordem que o objeto não existe a menos que haja um observador, que aqui, é a regra fundamental.

Como no famoso conto do gato que ainda é um marco para todos os vossos cientistas experientes (o gato de Schrödinger). O gato está vivo ou morto, ou, na realidade, está em ambos os estados? Ninguém sabe, porque tens de ser capaz de observá-lo, a fim de decidir o destino do gato. Também acontece assim com tudo, e os vossos cientistas já começaram literalmente a ver isto, por si. Na verdade, eles estão apenas a arranhar a superfície, porque observam as partículas separadas, e já descobriram o famoso cenário de partículas entrelaçadas. De facto, são grandes notícias, mas que se perdem em todo o burburinho das "notícias" do quotidiano.

Então o que é que isto ocasiona? Significa que realmente está tudo enredado e não estamos apenas a falar em estar separados, ou antes, pares de partículas que estão enredadas. Não, falamos de Toda a Criação. Pois tudo que está à vossa volta está a comportar-se da mesma maneira como este duo de partículas emaranhadas. Por outras palavras, sempre que uma parte é observada, ela começa a EXISTIR e faz automaticamente tudo agir em conformidade. Por outras palavras, esta Criação fica a piscar, a brilhar, a evoluir e a adaptar-se, cada vez que alguém vê conscientemente o que está a acontecer. E assim, é como ligar um interruptor, permitindo que um conjunto de "realidade" comece a acabar. Por outras palavras, esta é a física quântica, ou melhor, novamente a realidade quântica. Pois vocês vivem numa sopa de energia quântica, e TUDO o que veem faz parte da mesma sopa. Em si mesmo, tudo tem a mesma origem, ou seja, todos os componentes são idênticos desde o início, assim como peças de blocos de construção, todos compostos do mesmo material. Mas assim que a consciência entra em cena, ela cria literalmente uma imagem totalmente nova.

Por outras palavras, nada realmente existe, é tudo apenas energia sob a forma de partículas, como uma névoa de luz cintilante, pronta a aglutinar-se em figuras e formas, em seres e planetas, em objetos inertes, bem como em energias mais vitais. Recordem precisamente que, quando dizemos “inerte”, as partículas não estão nem mais nem menos “animadas” do que qualquer outra coisa. Pelo facto de uma rocha não se mover por aí, não está menos “viva” do que um ser humano, pois sois todos o mesmo. Sabemos que isto será difícil de digerir, mas realmente estais a começar a compreender o âmago disto. Pois o que vos separa de nós, de um planeta ou de Deus, dos céus que estão em cima de vós ou das águas profundas? Somente uma coisa, e isso é simplesmente o olho do observador, ou antes, a consciência de que vocês são uma parte simples do todo.

Pois Deus é uma energia criativa, mas também é consciência, pois sem uma consciência, o outro (Deus) não podia existir. A energia pura não é nada mais do que energia, necessita de consciência para ser criada. Pois criação e criar são os dois lados da mesma moeda, mas na realidade são opostos e como tal, esta dualidade está na origem de tudo. ALGUÉM necessita ver ou antes, observar para a Criação EXISTIR, e esta é base total da Criação. As duas faces de Deus, se assim desejarem: energia e criatividade. A mente a criar a matéria a partir da outra parte, a energia. E é isto que queremos partilhar convosco. Vocês existem, porque a vossa consciência fez-vos assim, e a vossa consciência, é apenas uma pequena parte de UM, a base, o alicerce de tudo isto. Pois sois apenas uma partícula de uma enorme tapeçaria de criatividade, todas as coisas foram feitas para existir, porque Deus fê-las. Vocês são consciência, mas são consciência tornada visível, porque ELE fez-vos dos éteres da energia, aquelas partículas a pairar, prontas e à espera de ser feitas de novo, sempre e sempre. Pois é como uma tábua rasa, um mar de SE’s a desejar TORNAR-SE/MATERIALIZAR-SE, ao ser olhados, observados, pensados para existirem, sendo criados pela força da vitalidade, uma consciência, aquele observador silencioso que observa tudo.

Vocês fazem parte disso, mas apenas uma pequena parte, por isso o que fazem é meramente uma pequna gota no oceano. Mas também sois Deus, deste modo, isto torna-vos todo poderosos, por outras palavras, podeis mudar o mundo? Claro que a resposta é SIM, mas também é NÃO. É SIM, porque podeis tornar a criar VÓS MESMOS. E através disso, podeis tornar a criar o vosso mundo. Mas não podeis tornar a criar TODA a Criação. Ou antes, não podeis apagar uma coisa e começar de novo, pois isso não compreende apenas os vossos poderes. Pois isto é uma lição enorme de cocriação, em separação, de maneira a fazer a totalidade a partir de unidades separadas. Um único Ser pode fazer como lhe agrada, ele (ou ela), ou deixem-nos usar a palavra Deus, de maneira a diminuir a confusão. Assim, se vocês são Deus, vocês são o UM, o Criador, o único observador que coloca tudo em movimento. Mas isso é meramente o primeiro passo. O próximo passo é este: fazer a separação, para que cada partícula única necessite trabalhar em conjunto com cada um, de modo a criar. Por outras palavras, a criatividade necessita ser mais diversificada quanto possível, e esta diversidade apenas pode vir da separação, ou da dualidade, ou da multiplicidade – a lista de palavras não tem fim, mas a verdade fundamental é esta: assegurar o maior número possível de variações, a separação necessita ser estabelecida primeiro. Então e só então, tornam-se válidas as condições óptimas para a criação. Necessitais tantos fatores ou fracções diferentes, quanto possível, para obter o espectro completo de possibilidades diferentes, e essa foi a primeira tarefa do Criador. E então, a separação foi posta em movimento – o Big Bang, se preferirem, e tudo começou a partir daí.

Deixem-nos acrescentar outra camada importante a isto: quando vocês, humanos, falam do Big Bang, referem-no como a origem do vosso universo, mas quando nós falamos do Big Bang, falamos da origem de tudo. Por outras palavras, o PRIMEIRO Big Bang, o único que antecedeu tudo isto. Pois estamos a falar da origem de tudo, não apenas da sopa primordial que foi o começo do que mais tarde se desenvolveu como o vosso Universo e a vossa “realidade”. Não, nós estamos a referir a TOTALIDADE da Criação. E como tal, tudo começou da mesma maneira, aquela consciência posta em movimento ao observar e ao colocar parâmetros para isso TORNAR-SE em alguma coisa. Foi como acender um fósforo de maneira a vê-lo no escuro, pois antes de ser aceso pela consciência, não era visível. Ele EXISTIA, mas não estava a ser observado e, como tal, ele NÃO EXISTIA.  Mas tornou-se TUDO logo que a consciência entrou e começou a observá-lo, e ao observá-lo, começou a criá-lo e, como tal, a mente gerou a matéria da energia. Mas recordem, a matéria é apenas um produto da imaginação, é apenas a energia a aglomerar-se em algo que pode ser OBSERVADO. Por isso, dizemos novamente, deixem que a vossa mente vos liberte, pois a vossa mente apenas faz-vos recuar ao tentar ver o que não pode ver. Ou antes, está apenas a impedir-vos de participar porque quer ver aquilo que já vê, e assim ela ergue-se acima de tudo. Mas já está aí, pronta para ser observada por vós, tal como é observada por Deus. Então abram os vossos olhos e deixem a vossa mente ter uma pausa e tentem ligar-se com aquela parte de Deus que é o vosso verdadeiro Eu, e então, e só então, tudo irá chegar à Existência perante vós. 

Canal: Aisha North


Tradutora: Maria Luísa de Vasconcellos


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