quarta-feira, 29 de janeiro de 2014

Osho: COMECE A VER A ESCURIDÃO TAMBÉM COMO DIVINA

Imagem por shaggy359
Osho

Durante séculos Deus tem sido interpretado como luz, por causa de nosso medo da escuridão. Não que Deus seja apenas luz: ele é tanto luz quanto escuridão.

Deus tem de ser as duas coisas; do contrário, a escuridão não existiria. Deus tem de ser o mais baixo e o mais alto, matéria e mente. Deus 
tem de ser o todo, e o todo contém os polos opostos. Deus não pode ser apenas luz.

É por causa de nosso medo do escuro que nunca pensamos em Deus como escuridão. E nos aproximar de Deus por meio do medo não é certo. Deus deve ser abordado sem medo, em amor profundo.

Se você olhar com medo, projetará seu medo. Verá coisas que não existem e não verá coisas que existem. Sem medo, você olha com absoluta clareza. O medo é como fumaça a sua volta, como nuvens. E Deus só pode ser visto com clareza, clareza absoluta, incondicional, e nada mais.

Deus, portanto, é as duas coisas - tanto luz quanto escuridão. Ele é tanto verão quanto inverno, vida e morte. 
A dualidade desaparece, e uma tremenda unicidade desperta em sua visão.

O dual nos prende, e só podemos ser libertados pela unicidade. Como dizia Plotino: "A busca por Deus é um voo do só para o só".

Comece a ver a escuridão também como divina. Comece a ver tudo como divino, porque 
tudo é divino, quer saibamos disso, quer não, quer o reconheçamos, quer não. Nosso reconhecimento é irrelevante - a existência é divina. Se reconhecemos isso, nós nos regozijamos; se não reconhecemos, sofremos desnecessariamente.

Osho, em "Meditações Para a Noite"

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