sexta-feira, 28 de março de 2014

Osho: AMOR E ALQUIMIA

Imagem por Neal.

Osho


No meu entender, à medida que o seu amor se aprofunda, o seu sexo desaparece. O amor é tão completo que qual é a necessidade de sexo? Ele está ultrapassado, fora de moda.

Está chegando o tempo em que as crianças não mais nascerão como fruto do sexo entre o homem e a mulher — porque temos sofrido muito: crianças cegas, crianças retardadas que têm que viver suas vidas em profunda agonia e sofrimento porque não há meios de remediar a situação.

Mas agora temos os meios. Agora o amor pode ser uma total alegria, pura diversão, 
uma celebração. Não há mais a responsabilidade ou o medo de tornar a mulher grávida, porque isso a mantém em escravidão; porque você é um parceiro em criar a criança, você terá de ser um parceiro em ajudá-la a crescer.

O passado na história do homem não tem sido realmente humano. Pode tornar-se humano somente se a mulher e o homem 
deixarem de ser apenas parceiros sexuais. Isso arrasta ambos para espaços muito baixos.

Se eles puderem amar um ao outro com respeito, 
sem se usarem como mercadorias, ambos, homem e mulher, terão um grande crescimento de consciência.

Quanto mais sua energia sexual 
se transforma em amor, mais você se torna um ser espiritual.

O sexo é apenas um processo reprodutor forçado em você pela natureza. A natureza 
o tem usado como uma fábrica. E você nem ao menos tem a dignidade de declarar: "Eu não sou uma fábrica!"

Isso acontecerá apenas se você estiver alerta, desperto, consciente do que está fazendo, do que está pensando, de como está se comportando; e isso 
traz a você tal graça e tal beleza que a preocupação com a beleza física simplesmente desaparece.

Eu tenho visto muitas mulheres bonitas com mentes muito feias. Eu tenho visto homens bonitos, mas sua beleza não vai além da superfície. E este é o problema: 
a beleza é sempre superficial, mas a feiúra é profunda. Cave profundamente e você a encontrará, ela está lá; está nos ossos, está na medula.

O amor é a 
alquimia que pode transmutar essa feiúra interior. E quando ela desaparece inteiramente, mesmo um rosto ordinário, um rosto comum, começa a brilhar com a bênção e a alegria do além.


Osho, em "Após a Meia-Idade: Um Céu Sem Limites"

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