Sutil mudança ocorria nas
paisagens terrestres, sempre adornadas pelos conflitos e desgraças de todo
porte, que destroçavam as criaturas e as nações em intérminas guerras de
extermínio.
O Império Romano
estendera-se, impondo-se às nações que lhe padeciam a arbitrária dominação,
pelas suas implacáveis legiões. O carro das matanças indiscriminadas avançava
sempre aumentando a estatística vergonhosa das vítimas que ficavam para trás.
Na Europa, as legiões tentavam aniquilar os denominadosbárbaros, insubmissos
e acostumados à liberdade nas suas florestas e comunidades independentes.
Era, aquele, um período
sanguinário e de terror, em que a civilização estertorava na hediondez dos
poderes transitórios alucinados.
Otaviano, o imperador, no
entanto, conseguira pacificar muitos povos rebeldes que se levantavam com
frequência na ânsia de ser livres.
Lentamente se
estabelecera a Pax romana, e as lutas entre as diversas sofridas
nações foram atenuadas e quase desaparecidas no imenso império durante mais
de um século.
A sombra de Augusto
fazia-se respeitada em toda parte.
A pequena Israel, sempre
insurrecta, sofria a pressão do idumeu Herodes, denominado, ridiculamente, o Grande. Portador
de distúrbios de conduta, especialmente atormentado pelo medo de perder o
poder, mandava matar indiscriminadamente inimigos declarados, familiares
suspeitos e amigos inseguros...
O sanguinário conseguira,
na sua faina macabra, assassinar a própria esposa sob acusação indébita,
receando-lhe a grandeza moral.
As intrigas eram
fulminantes, enredando personalidades nobres e igualando-as aos infelizes
litigantes. A sobrevivência de cada um dependia da direção dos ventos
paclacianos.
A miséria socioeconômica
atingira nível insuportável.
Os campos encontravam-se
despovoados enquanto as cidades maiores, qual acontecia com Jerusalém,
encontravam-se abarrotadas com desocupados, vagabundos, pessoas viciadas,
aventureiros.
Israel esperava o Messias
fazia muitos séculos, que o viesse libertar do jugo estrangeiro, pois que
quase sempre estava sob dominação de outro país.
Nesse período se
encontrava sob a suserania da Síria, desde quando Pompeu, o triúnviro,
entrara na capital vitoriosamente, deixando a nação sob o protetorado
alienígena.
O descontentamento e os
ódios entre as diversas classes, a começar na mais alta corte de justiça e de
religião, o Sinédrio, gerava tremenda instabilidade interna sob a vigilância
do temível governante.
Esperava-se, em
consequência, que o Messias fosse um guerreiro sanguinário vingador que
erguesse Israel à culminância da glória terrestre, dominando os demais povos.
Esse era o clima
espiritual da Terra da Promissão.
Foi então que, numa noite
inigualável de beleza, nasceu Jesus, tendo como berço as palhas úmidas de uma
gruta-estrebaria de calcário na região de Belém.
*
Humilde como a erva do
campo e nobre como um arquipélago de astros, a Sua jornada seria assinalada
pela proteção dos anjos, vivendo em Nazaré na condição de modesto
carpinteiro.
Apagou-se num anonimato
incomum, e, no momento próprio, desvelou-se num arrebatamento espiritual que
mudou o destino da Humanidade.
Nunca mais a Terra seria
a mesma, porque a partir da Sua chegada surgiram os pródromos da plenitude
futura para todas as gerações.
Dividiu os tempos e em
poucos anos estabeleceu um Reino que se vem alongando na sucessão
dos evos até os dias atuais do Consolador, quando novamente os luminares da
Espiritualidade vêm transformar os conceitos do egoísmo, inaugurando a era da
legítima fraternidade.
Por mais que haja amado,
de forma que ofereceu a vida em holocausto para servir de exemplo, não foi
correspondido na mesma intensidade, antes foi odiado e perseguido sem
clemência, jamais desanimando ou descoroçoando, para que não faltassem
diretrizes de segurança para a felicidade humana.
Instalando o amor nos
painéis do pensamento terrestre, a Sua mensagem é hoje psicoterapia valiosa
para libertar da desdita milhões de vítimas da ignorância e dos desastres
morais.
Certamente sensibilizou
milhões de existências na sucessão da História, não o suficiente, porém, para
que se conseguisse o primado da imortalidade e do Bem. Entretanto, os
alicerces por Ele colocados permanecem aguardando a construção da Verdade que
em breve reinará entre as criaturas.
É necessário insculpir na
mente e no coração os exemplos de Jesus que palpitam na psicosfera do
planeta, aguardando oportunidade de dominar as vidas de modo a torná-las
plenas, o que equivale dizer: instalar o Reino dos Céus no mundo
terrestre.
Estes são dias difíceis
que fazem parte do processo evolutivo do planeta e dos seus habitantes.
Necessário ouvi-lO no imo
e vivê-lO no comportamento e na ação.
*
Celebra o teu Natal
pensando nEle, sem pompa nem arrogância.
Natal é evocação do
sublime amor de Deus, enviando Jesus ao mundo para dignificá-lO.
Comemora-Lhe o
aniversário fazendo como Ele, ao lado dos que sofrem e anelam pela paz.
Reúne a tua família e ora
exaltando-O, e transforma-te em embaixador da Sua bondade, espalhando bênçãos
entre todos.
Joanna de Ângelis
Psicografia de Divaldo Pereira Franco,
na reunião mediúnica da noite
de 14 de setembro de 2015,
no Centro Espírita Caminho da Redenção,
em Salvador, Bahia. Em 28.12.2015.
Fonte: Divaldo Franco
www.divaldofranco.com.br
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