Meus filhos, que o Senhor nos abençoe!
Eia, avante!
São as palavras que vêm repercutindo através dos
séculos num convite vigoroso ao prosseguimento da luta redentora.
Estes são dias semelhantes àqueles quando o
Divino Pastor veio reunir as ovelhas tresmalhadas de Israel com os gentios,
proclamando o momento de unificação de raças e de etnias, de crenças e de
religiões, de situações socioeconômicas diferentes sob o seu sublime cajado.
Também hoje, guardadas as proporções que nos
identificam em relação às conquistas da Sociologia, da Ciência, no aspecto da
investigação, da Tecnologia, das doutrinas psicológicas, é necessário que
permaneçamos fiéis ao convite do Mestre, sem estacionar ou jamais retroceder.
Momento pelo qual vínhamos esperando, agora surge
como sol abençoado na noite para aquecer os corações enregelados no
materialismo e conduzir os Espíritos combalidos na luta de alta significação
e de graves perigos para a divulgação da Doutrina.
Por isso, impõe-se-nos a todos a fidelidade aos
postulados que constituem o edifício da Doutrina Espírita, fora dos quais
poderemos ter uma bela filosofia de comportamento, uma ética-moral saudável e
um campo experimental precioso, mas sem a presença de Jesus, que é o amor,
que é a caridade e que é a esperança de libertação de todos nós.
Porfiai na defesa dos nossos direitos de semeação
do Evangelho, conforme a revelação dos imortais.
Trabalhai ao lado dos gestores terrestres, contribuindo
para o seu discernimento das verdades transcendentais, sem o medo da
presunção que assalta alguns e do poder temerário de que se investem outros
de natureza fanática na sua crença religiosa, negando às demais o mesmo
direito de cidadania...
No mundo de convulsões da hodiernidade não há
lugar para a timidez, para o temor, para a ausência de decisões.
Todo espaço que os bons espíritas deixarem vago
será preenchido pelos atrevidos que tomam a espada da luta para denegrir,
para ceifar vidas e ideais.
É necessário, portanto, que a cruz do sacrifício
substitua a espada devastadora, e que, imortalizando-nos nas traves da
dedicação, possamos deixar abertas as clareiras para as gerações novas que
instalarão na Terra o Reino de Deus.
Acompanhamos, meus filhos, os estudos e debates
destes dias e congratulamo-nos convosco por bem apreenderdes o significado da
Unificação como um feixe de varas, cuja força é a união e cuja grandeza é a
abnegação.
Prossegui, portanto, vigilantes, prudentes sim,
generosos também, mas, sobretudo, valorosos, na preservação da Mensagem que
herdastes do ínclito Codificador Allan Kardec e dos missionários que o
assessoraram e prosseguem desdobrando-lhe os conteúdos procedentes dos céus.
É hora de combate, do bom combate da luz
clareando a treva, do amor diluindo as animosidades, do perdão pondo-se acima
das injunções perturbadoras do ressentimento e do desejo de desforço...
Mantende-vos fiéis a Jesus, e Ele, como sempre,
providenciará o apoio que nos não nega nunca e a companhia de que tanto
necessitamos para mantermos o espírito de fidelidade.
Estai atentos ao escalracho moral dos dissídios,
da maledicência, da injúria, que são assacados contra a vossa conduta.
Não vos permitais o desânimo!
Quando, na busca e propaganda de um ideal, se
apela para o ultraje, a ofensa, significa essa conduta que a falta de nobreza
idealística foi substituída pelo egoísmo devastador e pela presunção
dominadora.
Sede simples, mas não ingênuos, a ponto de vos
deixardes dominar, sucumbindo sob a astúcia dos maus.
Jesus confia no vosso, no esforço de todos nós,
conjugados os dois planos da vida, cantando hosanas à Imortalidade!
Voltai aos vossos lares ricos de luz e deixai que
a claridade luminífera do Evangelho, exteriorizando-se dos vossos
sentimentos, domine as casas que dirigis, tornando-as estrelas na grande
noite do mundo em transformação.
A Eurásia, cansada de guerras e de poder,
estertora...
As profecias tornam-se realidade, convidando-nos
a aprender com a história da Humanidade a não repetir os erros em que caímos
no passado...
Era Nova esta, meus filhos!
Exultai e amai!
Cantai o Evangelho de Jesus aos ouvidos, moucos
que sejam, mas que se impregnarão da sinfonia inolvidável das
bem-aventuranças, desde os que transitam nas classes mais sofridas, que são
considerados os excluídos da sociedade, até aqueles que administram os
destinos dos povos...
Em um só abraço – como fez Jesus, que recebeu a
equivocada de Magdala e o Príncipe do Sinédrio, concedendo a ambos a mesma
oportunidade –, fazei que todos os segmentos sociais recebam dos vossos
sentimentos enobrecidos o mesmo carinho, sem distinção de poder ou de
miséria, porque o amor deve ser o mesmo para todos que têm sede de paz e fome
de justiça.
Recordemos Jesus: Eis que vos mando como
ovelhas mansas ao meio de lobos rapaces... [Mateus,10:16]. Não para
que sejamos devorados, mas para que, à semelhança do Santo de Assis,
dulcifiquemos os lobos e que, no córrego do Evangelho sublime, ovelhas e
lobos bebam da mesma linfa de paz...
Que o Senhor de bênçãos nos abençoe e os
Espíritos-espíritas que aqui estão conosco, pedindo-nos para que traduzamos
as suas emoções, nos acompanhem sempre e sempre no rumo da Imortalidade.
Muita paz, meus filhos, são os votos do
companheiro paternal de sempre.
Bezerra
Psicofonia de
Divaldo Pereira Franco,
no encerramento da Reunião Ordinária
do Conselho
Federativo Nacional, em Brasília,
DF, em 13 de novembro de 2011.
Revisão do
Autor Espiritual.
Em
16.01.2012.
Fonte: Divaldo Franco
www.divaldofranco.com.br
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