Era um enorme
pavilhão e o evento transcorria com tranquilidade.
A instituição
responsável por sua realização, desde há meses, o planejara e iniciara os
preparativos, a fim de que tudo pudesse ocorrer em clima de alegria.
Para a recepção
foram destacados voluntários jovens, que recebiam os participantes com
sorrisos, entregando em mãos uma mensagem de otimismo e a programação, em
impressos de rica apresentação.
Para garantir a
segurança do público, uma equipe de voluntários maduros e experientes,
igualmente dispostos a servir.
No espaço amplo,
com música ambiente, se espalhavam estandes com produtos doutrinários para
demonstração, prateleiras com livros, CDs e DVDs para manuseio e aquisição.
Na praça de
alimentação, mesas bem-postas, pessoas sorridentes e rápidas no atendimento gentil.
Pelos corredores,
banners informativos, avisos, sinalização adequada de pontos estratégicos das
saídas de emergência e outros serviços.
No auditório,
cadeiras alinhadas, uma grande mesa para as autoridades e oradores convidados
que iriam se revezar nas palestras e seminários.
Cada detalhe
pensado, atendido. Tudo para o conforto dos participantes que por ali estariam
circulando durante três dias.
Orquestra,
primeira conferência, aplausos, emoção, sorrisos.
Então, alguém
encontrou um casal amigo, foi-lhe ao encontro, sorridente, pronto para um
abraço.
E a pergunta
surgiu: E aí, estão gostando?
Para surpresa de
quem formulara a questão, a resposta da senhora foi desconcertante:
Mais ou menos.
Ora, por
quê? Tornou a perguntar o primeiro, não se deixando contaminar
pelo mau humor da senhora que apontou um senão que observara.
Um item, um único
item que ela reputava imprescindível e não fora atendido. E descarregou seu
descontentamento, em longas e amargas considerações.
*
* *
Assim ocorre em
muitas ocasiões com pessoas que têm olhos críticos em demasia. São pessoas que
somente conseguem ver os pequenos equívocos, descobrir as falhas.
Pessoas
irritadiças, sempre descontentes. As lentes dos seus olhos estão assestadas
para perceber o que faltou, o que foi esquecido.
Não se permitem
essas criaturas usufruir o belo, o bem, o bom, as bênçãos.
São pessoas que
andam pelas praças perfumadas, verdejantes, cheias de sol, mas somente
conseguem ver o galho quebrado de velha árvore.
Pessoas que vão
assistir a um espetáculo de dança, a um concerto e ficam a criticar detalhes de
somenos importância, em vez de se deixarem envolver pelo clima da magia da
arte.
Pessoas infelizes.
Pessoas amargas, que acabam afastando amigos, colegas e se tornam solitárias.
Pensemos nisso e
verifiquemos se não estamos nesse triste caminho de quem não consegue descobrir
a poesia na paisagem de luz, a música nos sons da natureza e a sinfonia da
vida, executada magistralmente pelo Excelso Maestro chamado Deus.
Redação do Momento
Espírita.
Em 9.1.2020.
Em 9.1.2020.
Luz, Amor e
Gratidão
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