Todos os anos o
principal mecanismo de busca da Internet apresenta um ranking dos assuntos e
perguntas mais frequentes naquele período.
Em 2019, uma
questão chamou a atenção. Na categoria do Como fazer, o terceiro
lugar no Brasil ficou com a seguinte pergunta:
Como fazer para
que as pessoas gostem de mim?
É no mínimo
curioso fazermos esse tipo de pergunta para um mecanismo de busca, um mecanismo
de pesquisa online.
O que esperamos
encontrar como resposta? Que tipo de conselhos? Existem respostas prontas?
Receitas? Tutoriais sobre o tema?
O mais fascinante
é que as respostas estão lá e são muitas...
Uma delas
incentiva que copiemos gestos e expressões das outras pessoas. Numa conversa, o
tal efeito camaleão, segundo alguns, ajuda fazer com que as pessoas
gostem mais de nós.
Consta da lista de
sugestões também fazer elogios, manter o bom humor, admitir seus defeitos,
sorrir, contar segredos e muito mais.
Outras correntes
falam que precisamos ser engraçados e que, em qualquer conversa, precisamos nos
interessar pelo outro, pois o outro só quer ouvir falar dele mesmo.
E assim desfilam
em milhares de páginas as dicas, truques, lições etc.
Se lermos e
estudarmos bem tudo aquilo saberemos perfeitamente como fazer para que as
pessoas gostem mais de nós.
Será?
Precisamos, antes
de tudo, entender o que está por trás dessa pergunta tão urgente nos nossos
corações.
Queremos
pertencer, ser notados, ser amados e aceitos. Estamos carentes. Somos, em
grande parte, carentes afetivos, que buscamos lá fora o alimento definitivo
para saciar nossas necessidades iminentes.
Nosso amor próprio
não é suficiente para nos dar o sustento diário. Aliás, temos pouco ou quase
nenhum, por isso precisamos sair pelo mundo em busca de quem nos ame, nos
compreenda, nos preencha as carências da alma.
A vida em
sociedade é fundamental, é claro. Crescemos juntos e a convivência nos ensina
muito, porém, a conquista do amor é uma jornada que devemos realizar de dentro
para fora.
O que nos fará
mais ou menos felizes não será o amor que recebermos do mundo, mas o amor que
dermos. E só podemos dar amor se o construirmos dentro de nós.
Assim, amar a nós
mesmos deve estar sempre entre as metas primordiais da existência humana, ao
lado do amor ao próximo, pois um alimenta o outro e ambos constroem, com
segurança e sabedoria, o amor ao Criador.
*
* *
Que importa que o
mundo não nos entenda, não nos compreenda, não nos enxergue.
Que importa que os
aplausos não soem para nós, que os desejos não nos tenham como centro.
Nosso compromisso
é com o bem, nosso compromisso é com o Pai. Sejamos, assim, autênticos, discretos
e sem temor.
Amemos, sem
esperar retorno. Doemo-nos, sem esperar pagamento.
O amor cresce na
alma que se alimenta do bem que faz, e não do bem que recebe.
Na expressão de
Francisco de Assis, sintetizada na prece concebida no início do século
XX, é melhor amar que ser amado, porque é dando que se recebe.
Preciosa síntese.
Redação do Momento
Espírita.
Em 24.2.2020.
Em 24.2.2020.
Fonte: Momento Espírita
http://momento.com.br/
Luz, Amor e
Gratidão
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