Ela é moradora de
rua há mais de vinte anos. Tem uma índole que prima pela gentileza. Aproveita
todas as oportunidades para ser útil.
Ora é um
deficiente visual, que apresenta certa dificuldade, para a travessia de grandes
avenidas, em uma cidade de tráfego intenso.
De outra feita, é
alguém que busca determinado endereço e encontra nela a disposição para a
precisa indicação.
Segundo os
comerciantes da região onde costuma ser vista, Clélia é alguém sempre pronta a
ajudar. Zela para que ninguém provoque estragos nos carros estacionados nas
ruas.
Também para que
outros não realizem atos de vandalismo nas lojas próximas.
Ela já foi
entrevistada em reportagem a respeito dos moradores de rua.
Como muitas outras
pessoas, eles sofrem certo preconceito. São temidos por alguns, que os veem
transitando de um lado a outro, parecendo sem rumo.
Em verdade,
desconhecemos os motivos pelos quais alguém é levado a morar na rua. Já nos
indagamos se foram expulsos de casa? Se foram obrigados a deixarem o lar por
alguma circunstância?
Clélia não revelou
os motivos que a isso a conduziram. Mas a forma como fala, como trata aos
demais, nos diz que aprendeu boas maneiras, e tem certa instrução.
Sua filosofia de
vida inclui, sem dúvida, ajudar aos outros porquê dessa forma, afirma, todos
somos ajudados.
De tudo, ressalta
a sua gentileza para com todos.
*
* *
A gentileza é uma
forma de atenção, de cuidados, uma amabilidade que torna os relacionamentos
humanos mais agradáveis.
É uma virtude que
todos podemos praticar, não importando onde vivamos, com quem convivamos.
No transporte
público sempre podemos ceder nosso lugar a quem necessite, mesmo que o assento
em que estejamos não seja classificado como preferencial.
Podemos nos
habituar a agradecer às pessoas que nos prestam pequenos favores. Não somente
dizer um Obrigado mecânico, mas determo-nos um instante para
sorrir enquanto pronunciamos a palavra mágica da nossa gratidão.
Podemos criar o
hábito de cumprimentar as pessoas que encontramos, nas vias públicas ou em
outros locais.
Também a nos
desculparmos pelos esbarrões involuntários, por descuidarmos de manter uma
porta aberta para quem vinha logo atrás.
Praticarmos a
gentileza de permitir a ultrapassagem ou a passagem ao carro que sinaliza para
a troca de faixa.
E, no lar, em
especial, nos acostumarmos a agradecer a quem o higieniza e organiza,
providencia a roupa lavada e passada, o alimento à mesa.
A quem nos espera,
nas horas tardias, aguardando que cheguemos. E, muito importante,
acostumarmo-nos a tecer elogios pelo aposento florido, o toque delicado, aqui e
acolá.
A gentileza deve
se revestir de sinceridade e simplicidade e colabora, intensamente, para
melhorar o convívio familiar, profissional, social.
Uma atitude
simples que faz a diferença.
Aprendamos a
expressar nosso amor e disposição de forma clara e direta, com nobreza e
elegância de propósito.
Sejamos gentis
sempre.
Redação do Momento
Espírita, com base em fato.
Em 22.2.2020.
Em 22.2.2020.
Fonte: Momento Espírita
http://momento.com.br/
Luz, Amor e
Gratidão
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