Nessa data, o
casal festeja o aniversário da sua união e renova as promessas feitas ao se
consorciarem.
Para cada
aniversário de casamento foi associado um material e seu nome passou a
representar a data. As bodas são comemoradas desde o primeiro ano - Bodas de
Papel.
Porém, as mais
festejadas são as de Ouro, quando o casal celebra cinquenta anos de união.
Para aquele casal,
se aproximava essa data. E a senhora, preparando-se para o sono, começou a
recordar tantas coisas do período vivido.
Sentiu muita alegria
em perceber que trazia o peito repleto de gratidão.
Embalada pelas
lembranças, adormeceu e sonhou. Via sua família reunida e alguém lhe perguntou:
Qual o segredo
para manter um casamento por tanto tempo?
Nesse momento,
numa grande tela se projetou a imagem de um amontoado de cavacos de lenha seca
preparados para uma grande fogueira. E todos ouviram:
Quando acesas as
achas, no auge do fogo, a fogueira lança fagulhas avermelhadas ao redor,
atingindo distâncias.
Com a queima
progressiva, o fogo gradativamente diminui, até se tornar um amontoado de
cinzas.
Assim ocorre na
vida onde nada acontece por acaso. Não foi, portanto, por acaso que o varão
atravessara o Oceano Atlântico, em época de tantos riscos, e viesse encontrar,
no interior de um Estado brasileiro, a sua amada.
Eram os gravetos
de lenha que estavam se juntando para realizar a grande fogueira de mais uma
experiência de vida.
O enfrentamento e
adaptação a uma nova experiência necessita de calor para se amalgamar e
solidificar.
O estrepitar das
fagulhas é o ato de estender sentimentos abrigando na fogueira os demais
gravetos que viriam empós: os filhos, os netos.
No transcorrer do
tempo, podem surgir pequenas desavenças, abalando o relacionamento. Somente
quando não existe o devido entendimento e paciência, acontecem as separações.
Quando o casal
supera a fase que os testa com o calor das cobranças e o crepitar das fagulhas,
o entendimento traz fôlego para continuar.
À medida que as
paixões, tais como a lenha que queima vão arrefecendo, o fogo vai diminuindo,
mostrando que na vida tudo obedece a ciclos naturais.
Vencer é assistir
à queima das paixões estrepitantes, dos desejos desequilibrados, dos sonhos
quiméricos, e continuar a se olharem nos olhos e se enxergarem como são.
Os que prosseguem
unidos pelo compromisso é porque realizaram o grande esforço e fazem das cinzas
o travesseiro morno e macio onde recostam as cabeças cansadas da lida.
Aos poucos a
imagem foi se diluindo e a senhora despertou com a harmoniosa sensação de que
tivera uma especial comemoração de suas Bodas de Ouro, durante o sono.
Ou talvez, fosse
uma antecipação das alegrias que logo seriam reprisadas, em família, junto ao
esposo amado, filhos, netos e bisnetos.
*
* *
Por mais árdua se
apresente nossa caminhada, façamos de cada dificuldade um passo na direção do
melhor que temos e podemos.
O esforço é
insignificante frente às bênçãos que poderemos usufruir.
Pensemos nisso!
Redação do Momento
Espírita.
Em 7.3.2020.
Em 7.3.2020.
Fonte: Momento Espírita
http://momento.com.br/
Luz, Amor e
Gratidão
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