O que temos pedido
para a vida?
Quais têm sido os
nossos maiores desejos, sonhos, solicitações, nos dias atuais?
Os ambiciosos
reclamam reservas de milhões.
Os egoístas exigem
todas as satisfações somente para si.
Os ditadores solicitam
atenção exclusiva para seus próprios caprichos.
Os vaidosos querem
louvores, reconhecimento.
Os invejosos
exigem compensações que não lhes cabem.
Os despeitados
solicitam considerações indevidas.
Os que
nada fazem, nada produzem, pedem prosperidade sem esforço.
Os tolos reclamam
divertimentos sem preocupação de serviço.
Os revoltados
reclamam direitos sem deveres.
Os extravagantes
exigem saúde sem manterem cuidados.
Os impacientes
aguardam realizações sem bases.
Os insaciáveis
pedem todos os bens para si, esquecendo as
necessidades dos outros.
Essencialmente,
porém, tudo isso é verdadeira loucura, tudo fantasia do coração que se
atirou exclusivamente à posse passageira das coisas momentâneas.
Importante, então,
vigiar o plano dos nossos desejos.
*
* *
O que temos pedido
à vida?
Importante
recordar que não sabemos o momento da viagem de volta, e que o retorno se faz
sem bagagens visíveis ou palpáveis.
Reflitamos sobre
nossas prioridades, sobre tudo aquilo que anda preenchendo o campo de nossas
solicitações, desejos e pretensões maiores.
Saber pedir é uma
arte. Nossos desejos revelam quem nós realmente somos e ao que damos mais
valor.
Questionemos
igualmente: o que temos oferecido à vida?
Que contribuição
temos dado ao mundo, aos que estão à nossa volta?
Que pensamentos
temos emitido para a existência abençoada? São de gratidão ou de revolta, em
sua maioria?
Qual tem sido a
utilidade das nossas mãos para a harmonia do globo?
São mãos que
permanecem mais em rogativa do que no trabalho? São mãos que mais separam do
que ajuntam? São mãos que mais violentam do que consolam?
E como temos
empregado os nossos olhos?
Nosso olhar é
aquele que mais condena do que conforta? Nossos olhos valorizam mais o mal do
que o bem? Nossa vista anda insensível ou atenta às necessidades do próximo?
O que temos
oferecido à vida?
Somos cooperação
ou fardo? Somos entendimento ou discórdia? Mais apego ou libertação?
A inteligência
desenvolvida nos fez grandes cobradores de nossos direitos. Porém, como andam
os nossos deveres?
O fato de muitos
dos nossos direitos não estarem sendo atendidos a contento, não nos concede
razão para não cumprirmos nossos deveres.
Se o mundo não nos
respeita como desejaríamos não significa que possamos desrespeitar o mundo da
mesma forma. Pelo contrário. Só uma atitude nobre e antagônica pode colocar fim
nos ciclos de relações infelizes que ainda predominam no planeta.
Peçamos força,
equilíbrio, saúde e paciência. Não nos imaginemos sós em nossas lutas
importantes. E ofereçamos para a vida sempre o nosso melhor, independentemente
do que o mundo e a existência nos ofereçam.
Redação do Momento
Espírita, com citações do cap. 35, do livro Vinha de Luz, pelo Espírito
Emmanuel, psicografia de Francisco Cândido Xavier, ed. FEB.
Em 23.4.2020.
Em 23.4.2020.
Fonte: Momento Espírita
http://momento.com.br/
Luz, Amor e Gratidão
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