Uma
suave melancolia canta uma balada. E essa música sinfônica da nostalgia, da
saudade, nos alegra.
Apesar
da pandemia nos ter roubado a primavera, nossos corações estão florescendo,
porque a nossa estação das flores está no mundo íntimo, independendo dos
fatores do lado de fora.
Aprendemos
com Jesus Cristo que a alegria real é aquela que diz respeito à plenitude do
mundo espiritual.
Essa
primavera nada, ninguém nos pode roubar.
A
pandemia passa e as flores voltarão a perfumar os bosques, voltarão a cantar as
aves, a murmurar os córregos. E a vida em abundância irá repetir a inolvidável
canção da gratidão.
*
* *
Divaldo Pereira
Franco, médium e orador espírita, finalizou com estas belas palavras o
seu Roteiro Europa de palestras, edição 2020.
Pela primeira vez,
sem estar presente fisicamente nas atividades doutrinárias, essa alma de luz
cumpriu sua missão no formato on-line.
Divaldo utilizou
todas as oportunidades para usar seu verbo seguro para acalmar os corações do
mundo, tão ansiosos nos dias atuais.
O orador fez
menção a um trecho da obra Il capitano e il mozzo, do escritor
italiano Alessandro Frezza, que descreve o diálogo entre um
jovem e o capitão de um navio.
Toda tripulação
está retida no navio, devido à quarentena, e o jovem reclama da situação pela
qual estão passando, em tom de desânimo.
Diz que a pandemia
estava fazendo com que ele perdesse muitas coisas.
O capitão, com
toda sua experiência de outras quarentenas, lembrando de uma outra ocasião em
que fora obrigado a permanecer na embarcação, o esclarece:
Sim,
naquele ano me privaram da primavera, e de muitas coisas mais, porém eu, mesmo
assim, floresci. Levei a primavera dentro de mim, e ninguém, nunca mais, pôde
tirá-la.
*
* *
Estamos sendo
privados de primaveras lá fora. Muitos ficamos privados da liberdade de ir e
vir. Muitos não pudemos nos despedir de nossos amores, que partiram de forma
repentina.
São, realmente,
duras provações.
No entanto, tais
experiências, quando enfrentadas com consciência, nos fortalecem muito. Fazem o
trabalho de anos e anos de dias comuns.
Que possamos
entender que este é o mundo que habitamos, mundo das provas, das batalhas
diárias, dos sacrifícios constantes.
Ninguém nos
prometeu o paraíso na Terra. Ninguém nos disse que seria fácil, porém, nos
garantiram sim, que teríamos condições de superar, de vencer.
A primavera
interior é uma analogia perfeita. A vida nos ensinou que as estações devem ser
cultivadas na alma e não do lado de fora.
Voltamos os
pensamentos para nós mesmos. Fomos convidados a refletir sobre questões graves,
muito mais importantes do que as distrações que consumiam todas as nossas
energias.
Não nos assustemos
diante do flagelo que nos alcança. Não estamos desamparados. Nunca estivemos.
E, quando tudo
tiver passado, olharemos para trás e nos haveremos de surpreender com tudo o
que enfrentamos, com tudo que superamos.
Confiemos, as
flores voltarão.
Redação do Momento Espírita, com base em trecho de
conferência proferida por Divaldo Franco, no encerramento do Roteiro Europa 2020,
em 7.6.2020 e citação de frase da crônica O Moço e o Capitão, de
Alessandro Frezza.
Em 18.8.2020.
Fonte: Momento Espírita
www.momento.com.br
Luz, Amor e Gratidão
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