A primavera é a
estação das flores, do renascimento, da renovação. Tudo volta a desabrochar
após o frio inverno.
Certamente já
ouvimos alguma dessas expressões.
Também ouvimos que
o outono é a estação das folhas que caem, deixando as árvores quase desnudas,
preparando-se para a temporada invernal que logo chegará.
As verdes folhas
como que desaparecem. Em muitos casos mudam de cor antes de pousarem no chão.
O frio dá os
primeiros sinais, como que nos preparando para uma experiência difícil que virá
adiante.
Outono é sinônimo
de nostalgia, de recolhimento, de vento que despedaça ou desfolha.
No entanto, talvez
essas sejam impressões apressadas, dos que olhamos apenas a superfície ou
aceitamos facilmente os rótulos limitadores.
Olhemos com
atenção para o outono e veremos que a estação é repleta de cores, de júbilos.
Também de flores.
Sim, há flores no
outono, flores que persistem ou mesmo que nascem apenas nessa época.
O tempo seco, os
dias de sol resplandecente, permitem que encontremos na natureza diversas cores
pintando a tela fria dos dias.
Dizer que no
outono, ou mesmo no inverno, não há flores, é julgamento precipitado, de quem
não tem olhos de ver.
Percebamos as
flores das estações frias.
Notemos, mesmo nos
dias penosos, o desabrochar de tantas oportunidades, de tantas florescências
que insistem em resistir aos ventos gelados das estações.
Deus nunca nos
deixa sem jardins, nunca nos deixa sem cores.
Se algumas árvores
se despedaçam, se desfolham à nossa frente, logo ali adiante, outras se pintam
de mil tons para nos encantar.
*
* *
Próximo a uma
situação dolorosa podemos encontrar oportunidades de crescimento.
Por vezes, no
mesmo jardim das flores despetaladas pelas rajadas frias da vida, encontramos
outras que insistem, que estão preparadas para as ventanias, e que sabem florir
mesmo assim.
Não aceitemos a
dor como castigo, desprendamo-nos desse conceito arcaico que tanto tem nos
assustado e imobilizado diante das provas da existência.
A dor é lição, é
aprendizado, é remédio para esta ou aquela área da alma que ainda precisa de
atenção, precisa ser curada.
Notemos, no
entanto, que junto do remédio amargo, sempre há um afago, um consolo, um gesto
de carinho do médico que nos cuidou. É assim que funciona no reino de amor de
nosso Criador.
Um Pai cuidadoso,
que através de Sua Providência não nos deixa sós, não nos deixa sem flores nas
estações congelantes.
Confiemos,
porfiemos, e não deixemos de notar as florescências tão belas que a natureza
tem a oferecer todos os dias.
Se tivermos olhos
de ver, perceberemos que, ao lado de uma árvore que perde as folhas, há uma
outra sorrindo em flores para nós.
*
* *
As flores do
outono nasceram para resistir ao vento que as castigam.
As flores do
outono suportam a estiagem e a falta de atenção.
As flores do
outono nos ensinam a viver, a suportar, e apesar de tudo, florescer.
Redação do Momento
Espírita
Em 12.8.2020.
Fonte: Momento Espírita
www.momento.com.br
Luz, Amor e Gratidão
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