quarta-feira, 27 de janeiro de 2021

Momento Espírita: JERUSALÉM E JERICÓ.

A parábola do bom samaritano começa assim: Um homem descia de Jerusalém a Jericó, e caiu nas mãos de ladrões que o despojaram, cobriram de feridas, e se foram, deixando-o meio morto.

A imagem utilizada por Jesus é significativa. Sem descermos aos detalhes do bom samaritano que auxiliou aquele homem, é de nos perguntarmos por que ele sofreu a agressão?

Alguns o têm considerado um mercador, um negociante, que padeceu a sanha dos ladrões. No entanto, Jesus não tece nenhuma consideração a respeito.

Simplesmente diz que um homem descia de Jerusalém. Jerusalém era a cidade religiosa. Era lá que estava o templo, local onde oravam os judeus.

Era, portanto, o símbolo da ligação com Deus.

Jericó, por sua vez, era a cidade do ócio e da riqueza material. Lugar de conforto e área de prazer.

Local de abundância. Seu terreno generoso era tido como o mais abençoado oásis da palestina.

É considerada, tradicionalmente, como a cidade mais antiga da Terra. Acredita-se que o homem ali se instalou entre os milênios 10 e 7 a.c.

O homem descia, diz a parábola. Figurativamente, equivale a dizer que, na sua intimidade, abandonou a condição de ligação íntima com Deus na busca de interesses puramente materiais.

Jerusalém representa, na parábola, tudo aquilo que diz respeito ao Espírito e seu crescimento: a moral, a ética, o amor.

Jericó fala aos sentidos mais banais. Então, o homem deixa sua condição de moralidade para buscar os prazeres do mundo.

Nessa etapa de invigilância sofre o assalto, a agressão.

Assim pode ocorrer conosco. Sempre que buscamos as futilidades, esquecendo-nos das primordiais questões do Espírito, sintonizamos com faixas inferiores.

Nessas oportunidades, poderemos ser vítimas dos maus e do mal, pois nos colocamos no seu meio.

A exortação de Jesus para a vigilância que devemos exercer sobre nossos pensamentos e ações não deve ser desconsiderada.

O homem agredido encontrou o bom samaritano que o socorreu. Entretanto, se não tivesse sido invigilante, poderia não ter sofrido o assalto.

Em nosso caminho evolutivo todos passamos pela fieira da ignorância, mas não há necessidade de experimentarmos o mal.

Existem questões em nossas vidas das quais não poderemos nos furtar. Estão no cômputo das nossas necessidades sofrê-las, seja por questões de resgate ou por serem um convite ao progresso.

Isso porque sempre que as dificuldades nos alcançam, nosso instinto de conservação nos impele a buscarmos soluções.

Nessa busca, criamos condições novas para nós mesmos e para a Humanidade. É o que chamamos progresso.

As pandemias, ao longo dos séculos, nos conduziram a pensarmos em melhores condições ambientais, de higiene pessoal, de cuidados para evitarmos a contaminação.

Também a desenvolvermos medicação apropriada e a elaboração de vacinas.

Contudo, existem muitos problemas que não precisaríamos ter. Bastaria maior vigilância pessoal, melhor controle das nossas emoções e dos nossos sentimentos.

Dessa forma, entendamos que optar por Jerusalém ou por Jericó é questão pessoal.

Importante que saibamos realizar a melhor escolha.

Redação do Momento Espírita, com base no cap. 18, do livro Pelos caminhos de Jesus, pelo Espírito Amélia Rodrigues, psicografia de Divaldo Pereira Franco, ed. LEAL.
Em 27.1.2021.

Fonte: Momento Espírita
www.momento.com.br

Luz, Amor e Gratidão
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