Quando chegam as
festas de final de ano, multiplicam-se os planos para comemorações.
São dias
acelerados, atropelados pelas tantas ações a serem empreendidas.
É comum, se observar,
nesse período, um acréscimo do abandono de animais domésticos. São os
considerados de estimação, mas que parecem ser de nenhuma estima.
Dezembro e janeiro
se constituem em período de muitas viagens. Por isso, reacende a preocupação de
autoridades e de defensores dos animais para essa estratégia utilizada por
alguns.
O abandono se
enquadra no crime de maus-tratos, segundo a Delegacia Especializada em Crimes
Contra o Meio Ambiente.
Para identificar
os promotores de tal maldade, câmeras de seguranças de casas e estabelecimentos
comerciais têm sido utilizadas.
No entanto, o que
precisamos é nos indagar como podemos ter um animal em nossa casa, oferecer-lhe
comida, abrigo, carinho durante dez meses e simplesmente descartá-lo.
É o cão que nos
aguarda no portão nos oferecendo afagos e latidos.
É o mesmo animal
que dorme, muitas vezes, na nossa cama ou dos nossos filhos.
Que mensagem
estamos ensinando aos nossos pequenos? De que afeição é descartável? De que
afeto não tem importância alguma? É simplesmente algo passageiro, para dias em
que não temos algo mais importante a fazer?
Pensamos, acaso, o
que acontecerá com o animal? Acostumado ao lar, a tudo receber em horas certas,
de forma adequada, onde arranjará comida? Abrigo?
Alguns nem sabem
andar em meio ao trânsito e acabam sendo atropelados.
Em nosso país, foi
criado o Dezembro Verde, uma campanha que objetiva coibir esse mau
procedimento.
E se descartamos
animais domésticos, algo mais surpreendente ainda ocorre em alguns lares. O
descarte temporário dos idosos.
Não é alarmante
que queiramos alijar do lar, das nossas comemorações, o idoso que vive conosco?
Não imaginamos que
ele apreciaria gozar das luzes do Natal, das alegrias da ceia em família, da
troca dos presentes?
Por que retirá-lo
das nossas presenças exatamente em momentos tão significativos?
Se sua fragilidade
física ou comprometimento de saúde o exigem, perfeitamente aceitável.
Contudo,
importante ponderarmos as razões que nos movem. Lembramos que a História
registra as grandes atrocidades que foram realizadas quando a palavra descarte
foi utilizada na Humanidade.
Os genocídios nos
demonstram que quando a vida humana passa a ser desconsiderada, tudo pode
ocorrer.
Começa-se por
acreditar na inutilidade de uma pessoa, na sua incapacidade de se autogerir, em
sua deficiência física ou mental.
Qualquer item é
suficiente para se estabelecer o descarte.
Com certeza não
desejamos reprises dessas situações trágicas que, em pleno Século XX, tiveram
lugar na Europa e na Ásia.
A vida nos merece
respeito. E se iniciamos por sermos cruéis com os animais, não valorizando o
que nos oferecem, logo mais estaremos mirando as pessoas.
Pensemos a respeito.
Exercitemos o amor.
Amor aos animais.
Amor aos seres humanos. Amor à vida.
Redação do Momento
Espírita.
Em 2.3.2020.
Em 2.3.2020.
Fonte: Momento Espírita
http://momento.com.br/
Luz, Amor e
Gratidão
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