Quando os dias que
antecedem o Natal enchem as lojas, quando as filas para pagamento e recepção do
produto adquirido se tornam sempre mais longas, imaginamos que o mundo inteiro
age assim.
Pensamos que todas
as pessoas da cidade vão aos shoppings. Por isso estão superlotados. Difícil
encontrar vaga no estacionamento.
Os que nos
habituamos a tudo adquirir pela Internet, gastamos horas em pesquisas, buscando
o produto exato que desejamos e o preço mais acessível.
Também cogitamos
que todo mundo aja de igual forma.
Ou seja, vemos o
mundo pelas perspectivas da nossa forma de agir.
No entanto,
essencial que nossos olhos alonguem a visão, aprofundem o olhar.
Verificaremos,
então, que não longe de nós, as coisas são um tanto diferentes. Será que nos
indagamos como será o Natal na casa da servidora de nosso lar?
Sabemos quantos
filhos ela tem, se haverá uma ceia especial na noite santa, se haverá alguma
comemoração?
Verdade que o mais
importante no Natal não devem ser os presentes. Contudo, se o marketing
insistente convida a se presentear as crianças, como se sentirão aquelas para
as quais nada chegará?
Nem o brinquedo
visto e revisto pela televisão, nos outdoors da cidade, nos anúncios pelo
rádio. Nem um calçado novo, uma roupa nova. Nada.
De um modo geral,
pensamos que todos em todos os lugares ganham alguma coisa porque afinal,
existem tantas campanhas nos Centros Municipais de Educação Infantil, em
instituições beneficentes, lares temporários etc.
Será mesmo que
todos são alcançados?
Notícias postadas
em redes sociais ou televisionadas nos afirmam que nem todos o são. Como aquele
menino, que vivia com a avó, em minúscula casa.
Ela, em tratamento
quimioterápico, gastava seu reduzido salário com medicamentos e pouco sobrava.
O garoto
frequentava a escola e, entre lágrimas, contou à reportagem que, ao retornar ao
lar, por vezes não tinha o que comer.
O que ele
desejaria para o Natal? Um video-game? Um celular? Um tênis de marca?
Não, o que
desejava era um sanduíche de pão, queijo e presunto.
Seu pedido comoveu
corações e ele recebeu muitas doações.
Dois anos depois
do seu pedido, na reprise do Natal, Bruno não mora mais com a avó, que morreu.
Reside com a tia e
agradece quem tornou a postar o vídeo com seu pedido, porque novas doações
chegaram na casa da tia, com quem reside agora.
Estudante
aplicado, tímido, ele disse que espera fazer pelos outros o que fazem por
ele.
Eu me sinto
abraçado por Deus. A fé é tudo. Quando eu
crescer, vou ajudar, assim como eu fui ajudado. Tenho certeza disso.
* * *
Tenhamos olhos de
ver as necessidades que se fazem ao nosso redor. Tenhamos ouvidos de ouvir as
lamentações de quem precisa saciar a fome de pão.
Também de carinho,
de cuidados.
Pensemos nisso:
alguém espera pela nossa carícia, pela nossa doação, pela nossa atenção.
E não somente no
natal de Jesus. Mas, hoje, neste dia, nesta hora.
Não deixemos para
amanhã ou mais tarde para atender os gritos da necessidade. Ação muito pensada
quase sempre chega atrasada.
Redação do Momento
Espírita, com base em fato da vida de Bruno Cintra, de Franca, SP.
Em 10.3.2020.
Em 10.3.2020.
Fonte: Momento Espírita
http://momento.com.br/
Luz, Amor e
Gratidão
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