Ela tinha apenas
onze anos quando sua mãe a mandou passar o verão na casa de sua tia, em
Luisiana. Ali ela teve seu profundo contato com a religião.
Ouvir falar de
Deus, de Jesus, ouvir jovens como ela cantarem e orarem com fervor, lhe
modificaram a vida.
Ela desejou se
devotar a fazer a grande diferença no mundo, queria mudar o mundo. E nisso se
empenhou.
Na escola, ela
perdeu amizades, ao se declarar cristã, ao deixar de frequentar algumas festas,
temerosa de sucumbir ao álcool.
Foi zombada por
vários de seus colegas. Em carta que enviou a um parente, Rachel escreveu:
Agora que comecei
a dar andamento a minha conversão, estão zombando de mim. Eu nem mesmo sei o
que fiz. Nem tenho que dizer nada, e estão me afastando. Não tenho mais amigos
pessoais na escola. Quer saber? Tudo vale a pena.
Aos dezessete
anos, Rachel frequentava três igrejas, e coreografava danças para o
serviço do domingo. Era membro ativo nos grupos de jovens.
No grupo Breakthrough,
demonstrou um grande interesse em evangelização e discipulado.
Em seus diários
escreveu que, por participar desse grupo, sua
consciência espiritual se desenvolveu muito.
Rachel Joy Scott,
com seus apenas dezessete anos, no dia 20 de abril de 1999, sentada no gramado
da escola, se tornou a primeira vítima dos colegas Eric David
Harris e Dylan Bennet Klebold.
Ela foi baleada
quatro vezes e morreu instantaneamente. Os dois rapazes continuaram a sua
insanidade, matando, naquele dia, treze pessoas e ferindo outras vinte e
quatro.
Na mochila de
Rachel, foram encontrados dois dos seus seis diários. Impressionante o que
constava na última página.
Era um desenho com
uma torrente de lágrimas jorrando de seus olhos e regando uma rosa.
Eram exatamente
treze lágrimas caindo de seus olhos antes de tocarem a rosa e se transformarem
em algo que parecia gotas de sangue
.
Treze foram as
vítimas assassinadas, naquele dia, na Columbine High School.
Ela confidenciara,
recentemente, que se sentia estranha, parecendo que algo iria acontecer, mas
não sabia exatamente o que seria.
A um amigo disse
que não conseguia se imaginar no futuro, formando-se na Universidade, casando,
tendo filhos.
Seria um pressentimento?
Teria sido um aviso do seu anjo de guarda?
Ou talvez aquela
jovem, que tinha sonhos de alcançar os não alcançados, que escrevia não
pelo bem da glória, não pelo bem da fama, não pelo bem do sucesso, mas pelo bem
da sua própria alma, soubesse que curta seria sua vida.
Que ela findaria
breve. Por isso, a sede de fazer tantas coisas, de alcançar tantas pessoas.
Em verdade, todos
temos uma certa programação de vida, na qual se inclui, necessariamente, nosso
tempo na Terra.
Para alguns,
quando se aproxima o momento da partida, ocorrem pressentimentos.
Esses tomam
medidas para proteger a família, providenciando testamento, convênio funeral,
escrevendo cartas para serem abertas após a sua morte.
Pressentimentos,
todos os temos. Talvez devêssemos prestar mais atenção a essa voz do instinto
que nos fala no íntimo da alma.
Redação do Momento
Espírita, com base em fatos da vida de Rachel Joy Scott.
Em 13.3.2020.
Em 13.3.2020.
Fonte: Momento Espírita
http://momento.com.br/
Luz, Amor e
Gratidão
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