Antes que seja
tarde demais...
Não tenham medo de
ser firmes comigo. Eu prefiro assim, pois sua firmeza me traz segurança.
Não me tratem com
excesso de mimos. Nem tudo que peço e desejo... me convém.
Não me corrijam na
frente de outras pessoas. Prestarei muito mais atenção se vocês falarem comigo
baixinho e a sós.
Não permitam que
eu forme maus hábitos. Dependo de vocês para descobrir o que é certo, ou
errado, na minha idade.
Não façam
promessas apressadas. Lembrem-se de que me sinto mal, quando as promessas não
são cumpridas.
Não me protejam
das consequências dos meus atos. Às vezes, preciso aprender através da dor.
Não sejam falsos
ou mentirosos. A falsidade me deixa confusa, desnorteada. E acabo perdendo a
confiança em vocês.
Não me incomodem
com ninharias. Se assim agirem, terei de proteger-me, aparentando surdez.
Nunca deem a
impressão de ser perfeitos ou infalíveis. O choque será grande demais quando eu
descobrir que vocês estão longe disso.
Não digam que meus
temores são tolices. Eles são terrivelmente reais. Se vocês usarem de
compreensão para comigo, ficarei mais serena e tranquila.
Não deixem sem
resposta as minhas perguntas. Do contrário deixarei de fazê-las, buscando informações
em algum outro lugar.
Não julguem
humilhante um pedido de desculpas. Um perdão sincero torna-me
surpreendentemente mais calorosa para com vocês.
Não subestimem a
minha capacidade de imitação. Eu estarei sempre seguindo os seus passos com a
certeza de que me conduzem pelo caminho certo.
Habituem-se a
ouvir meus apelos silenciosos. Nem sempre consigo expressar meus sentimentos
com palavras.
Respeitem as
minhas limitações e fragilidades. Nem sempre consigo fazer tudo o que os deixa
orgulhosos.
Ensinem-me a amar
a Deus, pois não quero ser um adulto sem fé nem esperança.
E não se esqueçam
jamais que, para desabrochar e florescer, preciso de muita compreensão e
carinho e, acima de tudo, de muito amor...
*
* *
Nosso filho é
o discípulo amado que Deus pôs ao alcance do nosso coração
enternecido, no entanto, a nossa tarefa não pode ir além
daquele amor que o pai propicia a todos, ensinando, corrigindo e educando
através da disciplina para a felicidade.
Mostremos-lhe a
vida, mas deixemo-lo viver.
Falemos-lhe das
trevas, mas demos-lhe a luz do conhecimento.
Mandemo-lo à
escola, mas façamo-nos mestres dele no lar.
Apresentemos-lhe o
mundo, mas deixemo-lo construir o próprio mundo.
Tomemos-lhe as
mãos e as coloquemos no trabalho, ensinando com o nosso exemplo, mas não lhe
desenvolvamos a inutilidade, realizando as tarefas que lhe competem.
Cumpramos o
nosso dever amando-o, mas exercitemos o nosso amor ensinando-o
a amar e fazendo que, no serviço superior, ele se faça um homem para que o
possamos bendizer, mais tarde.
Nosso filho
é semente divina; não lhe neguemos, por falso carinho, a cova
escura da fertilidade, pretextando devotamento, porque a semente que não morrer
jamais será fonte de vida.
Nosso filho
é a esperança do mundo; não o asfixiemos no egoísmo dos nossos
anseios, esquecendo-nos de que viemos à Terra sem ele e retornaremos
igualmente a sós, entregando-o a Deus conforme as leis sábias e justas
da Criação.
Redação do Momento
Espírita com base no artigo A criança, do
Jornal Perfil policial, de outubro de 1999 e no cap. 37, do
Espírito Amélia Rodrigues, do livro Crestomatia da Imortalidade,
por Espíritos Diversos, psicografia de Divaldo Pereira Franco, ed. LEAL.
Em 29.4.2020.
Em 29.4.2020.
Fonte: Momento Espírita
http://momento.com.br/
Luz, Amor e Gratidão
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