Alguns homens, quando realizam grandes feitos,
costumam encher-se de orgulho.
Chegam a pensar que são infalíveis em sua atuação e
creem que tudo podem.
E isso nos recorda do grande mestre e criador da
Homeopatia, Samuel Cristian Hahnemann. Uma postura de verdadeiro sábio.
Em 1835, chegou a Paris e começou a clinicar,
embora o descrédito e o ataque de muitos dos seus colegas alopatas.
Foi então que a filha de Ernest Legouvé, membro da
Academia Francesa, famoso escritor da época, adoeceu gravemente.
Um artista de nome Duval foi chamado para fazer um
retrato da jovem agonizante. Era a derradeira lembrança que o pai amoroso
desejava ter da filha que se despedia da vida.
Concluída a tarefa, executada com as emoções que se
pode imaginar, Duval fez ao pai uma pergunta nevrálgica:
Se toda a esperança está perdida, por que o senhor
não tenta uma experiência com a nova medicina que tanto alvoroço tem feito?
Por que não consulta o doutor Hahnemann?
Nada havia a perder e o pai chamou o homeopata.
Quando o viu, pareceu-lhe estar defronte a um personagem fantástico de contos
infantis.
Hahnemann era de baixa estatura, robusto e firme no
andar, envolvido em uma capa e apoiado sobre uma bengala com castão de ouro.
Uma cabeça admirável, cabelos brancos e sedosos,
lançados para trás e cuidadosamente encaracolados em torno do pescoço.
Com seus olhos de um azul profundo, sua boca
imperiosa inquiriu minuciosamente sobre o estado da menina.
Na sequência, pediu que transferissem a enferma
para um quarto arejado, abrindo portas e janelas para que ar e luz entrassem
abundantes.
No dia seguinte, iniciou o tratamento. Foram dez
dias de expectativa e de tensão. Finalmente, a esperança se confirmou. A menina
estava salva.
O impacto dessa cura, quase milagrosa, foi enorme,
em toda Paris.
Em reconhecimento pela salvação de sua filha,
apesar de muitos ainda afirmarem que Hahnemann não passava de um charlatão,
Legouvé presenteou o médico com o próprio quadro pintado por Duval.
Era uma obra prima. O criador da Homeopatia a
contemplou demoradamente, tomou da pena e escreveu:
Deus a abençoou e salvou. Hahnemann.
Considerava, pois, a cura uma bênção de Deus, da
qual ele não fora mais do que um instrumento.
* * *
Assim são os verdadeiros sábios, os grandes gênios
da Humanidade.
Eles sabem que dominam grandes porções do
conhecimento. Mas não esquecem de que a inteligência lhes foi dada por Deus, de
onde todos emanamos.
Somos os filhos da Suprema Inteligência, que nos
permite crescer ao infinito.
Contudo, a Ele cabem todas as bênçãos,
permitindo-nos, na qualidade de irmãos uns dos outros, atuar, agir, no grande
concerto da Criação.
Pensemos nisso e façamos o bem, sempre nos
recordando que sem Deus nada podemos.
Redação do Momento Espírita, com base em dado
biográficos de Samuel Hahnemann. Disponível no CD Momento Espírita, v. 23, ed.
FEP. Em 13.5.2020.
Fonte: Momento Espírita
http://momento.com.br/
Luz, Amor e Gratidão
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