Somam mais de oitenta filmes, em sua longa carreira
como ator, diretor, produtor ou compositor de algumas das trilhas sonoras.
Aos oitenta e três anos, foi entrevistado por um
veículo de comunicação sobre como conseguia estar tão ativo, mesmo tendo
passado a barreira dos oitenta anos.
A resposta foi simples e direta: Meu
segredo é o mesmo desde 1959: fico ocupado, não deixo o que é velho entrar em
casa.
É fundamental que tenhamos a vida preenchida de
ocupações, de tarefas úteis.
Todos temos talentos, recursos importantes que
podem ser postos à disposição da sociedade, da comunidade em que vivemos, a fim
de se multiplicarem.
Ninguém pode afirmar, categoricamente, que não sabe
fazer nada ou que não serve para nada.
Sempre existe a possibilidade de encontrarmos algo
útil, algo que some e produza o bom, o bem, o belo para alguém.
Se boa parte de nossos anos e das horas de nossos
dias são dedicados ao trabalho profissional, produzamos com vontade.
Dediquemo-nos, seja qual for nossa função, com
empenho e esforço, oferecendo o melhor para todos os que irão usufruir ou
dependam de nossas ações. Isso é ser útil.
Assumamos de maneira ampla as responsabilidades
familiares, no papel que nos couber na dinâmica do lar. Sintamo-nos
comprometidos.
Nas relações sociais, nas horas que nos sobram,
busquemos um trabalho voluntário, dedicando-nos de maneira abnegada,
preenchendo nosso tempo de forma proveitosa.
Com o passar dos anos, natural que tenhamos que
ajustar a dinâmica da vida.
Os filhos deixam o lar para construir o seu; a
aposentadoria chega e, se as responsabilidades antigas não têm mais espaço em
nossas vidas, pensemos em outras possibilidades para continuarmos sendo úteis.
Se já não precisamos dedicar longas horas do dia
para o exercício profissional, podemos servir, um tanto mais, no voluntariado.
Sempre poderemos ser úteis.
Nossas habilidades manuais, capacidades que
desenvolvemos poderemos encaminhar para uma instituição específica, para
atendimentos individuais.
Pensemos que o envelhecimento do corpo é um
processo natural e inevitável enquanto permanecermos encarnados, o que não deve
nos retirar o prazer de viver, a jovialidade, a alegria de sermos úteis.
Em qualquer tempo, em qualquer localidade que nos
encontremos, se quisermos, perceberemos os convites para transformar nossas
horas vazias em horas produtivas, benéficas ao próximo.
Não permitamos que nossa mente e nosso tempo livre
sejam ocupados com coisas velhas, já superadas; lembranças amargas, dissabores,
embates que vencemos, no passar dos anos.
Permitamo-nos a jovialidade com a certeza de quem
sabe que, não importa nossa idade ou nossos recursos, nossos saberes ou nossas
limitações, sempre haverá a chance de sermos úteis.
Pensemos nisso.
Redação do Momento Espírita.
Em 26.5.2020.
Fonte: Momento Espírita
http://momento.com.br/
Luz, Amor e Gratidão
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