Vieram
profetas e trovadores, através dos tempos, nas várias nações, para
conclamar-nos à fraternidade e à paz.
O
Governador Planetário, Jesus, enviou precursores para que anunciassem a
necessidade do ser humano ser mais irmão de seu irmão.
Alguns
falaram aos ventos. Outros tiveram suas vozes caladas pela nossa impiedade, que
não desejava ouvir coisa alguma.
Não
queríamos alterar a nossa maneira de submeter o semelhante, de utilizar os bens
da Terra de maneira egoísta.
Ambição,
orgulho. Poder concentrado em poucas mãos. Ouro demasiado aqui. Carência acolá.
Uns nos
vestindo de seda e púrpura e outros com roupa rústica, grosseira.
Então, o
próprio Senhor da Terra veio estar conosco. Fez-Se anunciar de forma inusitada,
por um coro angélico.
Alguns
poucos pastores no campo ouviram.
Na
adolescência, demonstrou toda Sua sabedoria, entre os chamados doutores do
templo judaico. Em vão.
Pareceu-nos
um cometa, estabelecendo Sua trajetória nos céus e desaparecendo na pequena
cidade de Nazaré.
Ele andou
pelas estradas, falou a todos, convidando-nos para o Seu reino, que não tinha
aparências exteriores. Um reino especial na intimidade de cada um.
Mas não O
ouvimos. Sua poesia ecoou pelas montanhas, pelos vales, à beira do mar da
Galileia, pelas estradas poeirentas da Judeia.
Prometeu
que mandaria outro enviado Seu. E o fez. No século dezenove, ressoou por toda a
Terra a renovação do convite.
Vinde a
mim, vós todos que estais cansados e aflitos e eu vos aliviarei.
Desconsideramos
os mensageiros e o chamado.
Prosseguimos
a viver como pessoas inconsequentes, abusando de tudo que a Terra nos oferecia
em abundância.
Erguemos
muros para nos distanciarmos de outros seres, esquecidos de que pertencemos a
uma mesma e única espécie, a humana.
Formulamos
tratados separatistas, criamos guerras e guerrilhas, em nome de ideias
diferentes, de posse de territórios, de pedras preciosas e honrarias.
Poluímos
a água transparente dos rios e lagos com os produtos da nossa imprevidência,
tornando-a escura e lamacenta.
Também as
pintamos de vermelho com o sangue de tantos irmãos que eliminamos, em nossos
tolos combates.
Convites.
Chamados. São chegados os tempos anunciavam os mensageiros dos
céus, através de muitas bocas e de variadas formas.
Continuamos
indiferentes como se fôssemos donos de tudo e pudéssemos comandar as próprias
forças da natureza.
Então, um
vírus terrível nos alcançou. Alastrou-se rapidamente pela Terra inteira.
E tivemos
que parar. Parar as guerras, parar as disputas, parar nossa sede de angariar
moedas e mais moedas.
Agora, o
tesouro mais precioso é a vida. E ela nos exige medidas drásticas para sua
conservação. Confinamento, higiene, reformulação de atitudes.
A Terra
está voltando a respirar e nós, os habitantes, estamos sendo convidados a
repensar nossa maneira de ser, de agir, com risco de não continuarmos sobre
ela.
Tempo de
pensar. Tempo de reavaliar nossa própria vida. Tempo de pensar no bem de todos,
na conservação do ar, da água, do clima, de tudo que nos é oferecido há tanto
tempo e que desconsideramos.
Tempo de
refletir. Hoje, enquanto a oportunidade se faz.
Redação
do Momento Espírita.
Em 12.6.2020.
Fonte: Momento Espírita
http://momento.com.br/
Luz, Amor e Gratidão
҉
Nenhum comentário:
Postar um comentário