Uma artista mineira trouxe uma proposta impactante
e sensível ao resgatar fotos antigas de prisioneiros de Auschwitz.
Talvez já tenhamos
tido a oportunidade de ver algumas dessas fotos em preto e branco, nos
documentários ou mesmo pessoalmente.
No entanto, os
retratos trazidos por Marina Amaral têm uma diferença bastante significativa:
eles não estão em preto e branco, estão em cores.
O belo trabalho de
reconstituição, de restauração, impressiona e emociona.
Marina teve acesso
a cerca de quarenta mil fotos cedidas pelo memorial e museu de
Auschwitz-Birkenau, na Polônia.
Previsto para ser lançado como um
documentário, Faces of Auschwitz, mostrará os rostos, os nomes, as
histórias individuais desses homens, mulheres e crianças, que viveram esse
triste capítulo da Humanidade.
A autora, que se
dedicou com afinco na pesquisa, no estudo, para poder encontrar as cores
corretas, os tons, a luz, afirma:
A foto, quando é colorida, acaba tocando mais as
pessoas. Esse trabalho é mostrar como esse período foi forte e terrível. Como
essas pessoas sofreram.
Marina fala de humanização de cada
um daqueles seres, que para muitos ainda são números, histórias distantes.
Falamos de quantos morreram lá, falamos dos requintes de crueldade, mas pouco
adentramos na intimidade de cada uma daquelas vidas.
As fotos em cores
de cada um, em ângulos diferentes, como retratos, seguida da descrição de quem
eram, o que faziam, causa um impacto duro, difícil, que sensibiliza de uma
forma inigualável.
A vida daquelas
pessoas era uma vida em cores, assim como a de cada um de nós. Não morreram
alguns milhões de judeus na rede de campos de Auschwitz. Morreram Cezlawa,
Deliana, August e segue a lista interminável.
Isso nos traz
reflexões importantes pois, por vezes, nossa indiferença, nossa
insensibilidade, ainda está vendo apenas números ou vidas em preto e branco.
Tantos morreram
assassinados no Brasil no ano que passou. Outros tantos em acidentes de
trânsito. Mais outra quantidade dessa doença ou através de contágio por tal
vírus.
Passamos a
colecionar números dentro da dureza de nosso coração. Esse processo piora
quando citam estatísticas, dizendo que apenas dois, três por cento de uma
determinada população ou grupo de risco, irá perder a vida.
Não somos
porcentagem, não somos bando. Somos José, João, Marina, Marcelo, Pedro.
Cada um desses tem
família, amores, coleciona lutas e desafios. São Espíritos em evolução como
cada um de nós.
Por isso vale
pensar: Ainda enxergamos o sofrimento do outro em preto e branco? Ainda não nos
envolvemos? Nem através de um bom pensamento, de uma prece?
Ainda não nos incomodamos a ponto de fazer algo a
respeito, de agir, de dar a nossa colaboração, de fazer a nossa parte?
Reflitamos sobre
como temos recebido as notícias. Qual o nosso envolvimento?
Cada vida importa.
Cada vida é vida em cores como a nossa.
Pensemos nisso.
Redação do Momento
Espírita, com base em reportagem do site www.g1.globo.com e nas imagens
postadas nas redes sociais creditadas a Marina Amaral - @marinaamaralarts.
Em 22.6.2020.
Fonte: Momento Espírita
http://momento.com.br/
Luz, Amor e Gratidão
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