O egoísmo é a
fonte da maioria absoluta dos males que assolam a Humanidade.
A exagerada
preocupação com os próprios interesses faz com que qualquer coisa que os
contrarie tome desmedida importância.
Essa forma
equivocada e rasteira de perceber a vida a todos prejudica.
Primeiro, tira a
paz do próprio egoísta, que se angustia em suas tentativas de submeter o mundo
aos seus interesses.
Segundo, causa
danos à sociedade, que não pode ser harmônica enquanto seus integrantes se
digladiam.
Já a solidariedade
e a preocupação com o bem-estar coletivo disseminam a felicidade.
Tome-se como
exemplo a questão da segurança.
Os habitantes das
grandes cidades vivem em estado de alerta, com medo de serem molestados.
Quem pode contrata
serviço de vigilância para sua residência.
Há preocupação
constante com os filhos e os parentes em geral.
Teme-se um
assalto, um sequestro relâmpago, um golpe de qualquer ordem.
Tal situação é
típica de uma sociedade egoísta.
Se a preocupação
com os próprios interesses fosse menor, poderiam ser encontradas formas de
resolver o problema.
Mas para isso o
objetivo das criaturas não poderia ser fazer crescer a qualquer custo o próprio
patrimônio.
É bom e natural
que os homens se preocupem em conquistar bens que lhes garantam uma vida digna,
e fomentem o progresso.
Mas quando a busca
das coisas materiais é exacerbada, ela causa grandes problemas.
Numa sociedade em
que a grande maioria está despreocupada com o bem-estar coletivo, as
disparidades crescem.
É impossível que
todos conquistem exatamente o mesmo nível de conforto.
Os homens são
diferentes em talentos e habilidades.
Mas é necessário
assegurar condições para que todos conquistem o mínimo indispensável a um viver
digno.
Quando o homem
consegue ver o próximo como um semelhante, torna-se solidário.
A dor do outro dói
tanto quanto a sua.
A miséria e o
desemprego na casa do vizinho são tão trágicos como se fossem na sua
residência.
Imagine como seria
bom viver em uma sociedade segura.
Sair tranquilo na
rua, mesmo à noite.
Mandar seus filhos
para a escola, certo de que ninguém os molestaria.
Está nas mãos de
todos adotar as providências iniciais para uma reforma social.
Essa reforma
principia pela modificação do próprio comportamento.
A reforma íntima é
uma dura batalha.
É mais fácil
vencer os outros do que a si mesmo.
Mas não há
equívocos no Universo, que é regido pela Sabedoria Divina.
Cada qual vive no
meio que lhe é mais adequado.
Se você deseja
viver em paz, comece a burilar o seu interior.
Preste atenção em
todas as suas atitudes que revelam egoísmo.
Esse egoísmo pode
ser pessoal, familiar ou de classe.
Analise o que você
deseja para você, para sua família ou para sua classe profissional.
Há como estender
tais vantagens para os outros?
O custo de suas
regalias não é excessivamente alto para os semelhantes?
Certamente vale a
pena moderar um pouco os próprios anseios, em prol de uma vida harmoniosa.
De nada adianta
enriquecer causando o empobrecimento alheio.
Não é possível
viver em paz em meio à miséria e à dor dos semelhantes.
A genuína
felicidade surge quando se aprende a compartilhar.
Quem experimenta a
ventura da solidariedade jamais volta atrás.
Redação do Momento Espírita
Em 27.7.2021.
Fonte: Momento Espírita
www.momento.com.br
Luz, Amor e Gratidão
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