domingo, 26 de setembro de 2010

ARMADILHA DE LOBOS

Mensagem psicofonada, em Reunião de Desobsessão, no ICE-CE, no dia 21/08/2010

Cerca de três quartos de todos os males que afligem a humanidade terrena, desde os conflitos existenciais até os transtornos mentais, dos desencontros e desavenças familiares às crises sociais, dos crimes e agressões às leis humanas às derrocadas morais, das indisposições cotidianas e fuga aos compromissos assumidos às enfermidades que agridem o corpo, têm como elementos determinantes ou coadjuvantes a ação dos Espíritos vingativos, perturbadores ou levianos.
De fato, a presença das inteligências desencarnadas interagindo com os homens domiciliados no mundo físico é de tal forma constante e de tal magnitude que não deve causar nenhuma perplexidade a constatação dessa dolorosa realidade aos seus investigadores.
O Espiritismo favorece-nos maior elucidação dos fenômenos pandêmicos da doença obsessiva, nos seus mais diversos aspectos e nuanças, não apenas pelo fundamento dos seus ensinos teóricos, como também pela aferição prática e objetiva dos fatos.
A influência obsessiva é encontrada no dia a dia de todas as crenças e descrenças, de modo que a imensa maioria dos distúrbios de conduta, das mudanças de comportamento e dos processos mórbidos em geral tem como elemento de destaque essa ação negativa.
No meio espírita, observa-se uma tendência ambígua na abordagem diagnóstica causal dessas situações morbosas, que consiste em atribuir responsabilidade integral à sanha obsessiva ou à sua negação veemente. Também contraditório é o costume de enxergar vinculações obsessivas nos pares, ao mesmo tempo em que se negligencia a possibilidade de envolvimento para si mesmo.
A análise espírita, no entanto, deve conduzir o observador à compreensão de que a elevada prevalência desses distúrbios entre nós resulta do estado de imperfeição dos que aqui, nesse nosso planeta, transitam incautos pelas estradas da educação anímica. Tudo isso agravado pelo descaso e pelo descompromisso com a vida, pela fixação infeliz e pelo estacionamento indébito nos arraiais cúpidos do prazer egoísta, das sensações ilimitadas, da sofreguidão pelos gozos da vida a qualquer custo.

Mensagem extraída do sitio do Instituto de Cultura Espírita do Ceará - http://www.ice-ceara.org.br/#
Av. Benjamin Barroso, 795 Monte Castelo - Fortaleza-CE - Tel: (85) 3283.6232 - E-mail: ice.ceara@gmail.com

DIAS TURBULENTOS

Do blogluzevida

Amigos,
Dias turbulentos se aproximam.
Com a chegada da eleições presidenciais, as poderosas forças negativas daqueles nossos irmãos que ainda não tiveram a oportunidade de ver a luz, estão em todo lugar, nos jornais, na televisão, parecendo uma luta de ódio e desamor, que cria um clima de insegurança e medo. Este é o objetivo deles.
Sabemos que nosso planeta passa agora por transformações e que uma grande renovação virá. Mas virá com muita luta e muita dor, para que nossos espíritos sejam purificados pela oportunidade de transformação e pelo controle emocional de nossos sentimentos, sempre no bem.
Deus tem um plano para o Brasil.
O Poder de Deus é soberano e nenhuma força do mal pode resistir a Ele. Mas Deus sempre vence através de nossos atos, que precisam ser equilibrados e sábios. Vamos confiar na vontade de Deus, entregando os nossos destinos em suas mãos, e, confiantes no futuro que iremos construir, manter nossas mentes afastadas de tudo que o representa o ódio e a discórdia. Nem que para isso precisemos nos privar momentaneamente de certas comodidades como a televisão, os jornais e as revistas, trocando a situação de espectadores estáticos, por uma nova posição de protagonistas de nossas vidas. Não significa se isolar, nem mesmo deixar de assistir televisão ou ler revistas, mas sim, não dar valor a qualquer informação que seja negativa, que agrida alguém, que difame alguém. Trocar a televisão por uma boa conversa familiar, ou com os amigos. Trocar a televisão por um passeio com a família.
Quando ouvimos ou vemos coisas negativas, nosso espírito acaba sendo contaminado instantaneamente com pensamentos de medo e raiva. É exatamente isto que as forças voltadas ao mal querem. O mal pretende que através de uma rede mundial de pessoas mantidas com pensamentos de medo, raiva e ódio, seja mantida uma rede psíquica e energética, que contamina a tudo e a todos, incluindo a nós e aqueles que nos cercam em nossa casa e em nosso trabalho.
O medo e o ódio criam a desesperança. O que é o certo e o que é o errado? Não sabemos. A partir do momento em que temos consciência de que estamos em época de renovação, podemos entender que tudo faz parte do nosso processo evolutivo, seja pessoal, familiar, de nossa cidade, nosso país, de nosso mundo. 
Vamos confiar em Deus! Ficando no bem e confiando que Deus irá nos intuir do melhor a ser feito.
Combatamos a desesperança que querem criar ao nosso redor, com a esperança em um mundo melhor em Deus, um mundo de amor, de paz, de prosperidade.
Já viram como nosso planeta é bonito. Como a imensidão azul do céu embeleza o nosso dia. Já notaram como aquele céu carregado de nuvens renova a vida, limpando com as aguas das chuvas as ruas e tornando mais verde nossos jardins. Já notaram a beleza das plantas nos jardins de nossas casas e de nossos vizinhos. Quanta beleza ao nosso redor.
Portanto não vamos nos deixar influenciar pelo mal. Vamos criar uma nova fonte de energias positivas que partindo de dentro de nós, contaminará a vida dos nossos filhos, parentes e amigos.
Renovar a vida no bem é uma questão de decisão.
Cabe a cada um de nós ajudar a renovar o nosso mundo, ajudando o Brasil a se renovar nos caminhos do Bem.
Jesus disse quando perguntado pelos discípulos por que eles não haviam conseguido tirar aquele espírito do corpo de uma mulher, Jesus lhes respondeu: “é preciso muito jejum e muita oração”.
Exemplo de que apenas com o nosso esforço nos mantendo no bem, através da oração e da vigilância de nossas mentes em tudo que é do bem, é que teremos força suficiente para ajudar a criar um novo Mundo, um novo Brasil.
Abençoado seja o nosso Planeta Terra.
Confiem.
Fiquem na Paz de Deus!

sábado, 25 de setembro de 2010

A INTELIGÊNCIA E OS SENTIMENTOS

Léon Denis

Tempos virão em que a inteligência há de predominar cada vez mais, desembaraçando-se da crisálida carnal, estendendo, afirmando o seu domínio sobre a matéria, criando com os seus esforços meios novos e mais amplos de percepção e manifestação. Apurando-se, por sua vez, os sentidos, verão eles ampliar-se-lhes o círculo de ação. O cérebro humano tornar-se-á um como templo misterioso, de vastas e profundas naves, cheias de harmonias, vozes e perfumes, instrumento admirável ao serviço de um espírito que se tornou mais sutil e poderoso. Ao mesmo tempo que a personalidade humana, alma e organismo, a pátria terrestre se transformará. Para que se opere a evolução do meio é preciso que primeiramente se efetue a evolução do indivíduo. É o homem que faz a Humanidade, e a Humanidade, por sua ação constante, transforma a sua morada. Há equilíbrio absoluto e relação íntima entre o moral e o físico. O pensamento e a vontade são a ferramenta por excelência, com a qual tudo podemos transformar em nós e à roda de nós. Tenhamos somente pensamentos elevados e puros; aspiremos a tudo o que é grande, nobre e belo. Pouco a pouco sentiremos regenerar-se o nosso próprio ser, e com ele, do mesmo modo, todas as camados sociais, o globo e a Humanidade!
E, em nossa ascensão, chegaremos a compreender e praticar melhor a comunhão universal que une todos os seres. Inconsciente nos estados inferiores da existência, essa comunhão torna-se cada vez mais consciente, à medida que o ser se eleva e percorre os graus inumeráveis da evolução, para chegar, um dia, ao estado de espiritualidade em que cada alma, irradiando o brilho das potências adquiridas nos impulsos do seu amor, viva a vida de todos e a todos se sente unida na Obra Eterna Infinita.

O Problema do Ser, do Destino e da Dor, Parte 1, Cap. 6 – León Denis

O BRASIL E SUA MISSÃO HISTÓRICA DE "CORAÇÃO DO MUNDO E PÁTRIA DO EVANGELHO"

Bezerra de Menezes

Meus filhos:
Prossegue o Brasil na sua missão histórica de “Pátria do Evangelho” colocada no “Coração do Mundo”.
Nem a tempestade de pessimismo que avassala, nem a vaga de dúvida que açoita os corações da nacionalidade brasileira impedirão que se consume o vaticínio da Espiritualidade quanto ao seu destino espiritual. Apesar dos graves problemas que nos comprometem em relação ao porvir – não obstante o cepticismo que desgoverna as mentes em relação aos dias do amanhã – o Brasil será pulsante coração espiritual da Humanidade, encravado na palavra libertadora de Jesus, que fulge no Evangelho restaurado pelos Benfeitores da Humanidade.
Não se confunda missão histórica do País com a competição lamentável, em relação às megalópoles do mundo, que triunfam sobre as lágrimas das nações vencidas e escravizadas pela política financeira e econômica internacional.
Não se pretenda colocar o Brasil no comando intelectual do Orbe terrestre, através de celebrações privilegiadas que se encarreguem de deflagrar as guerras de aniquilamento da vida física.
Não se tenham em mente a construção de um povo, que se celebrize pelos triunfos do mundo exterior, caracterizando-se como primeiro no concerto das nações.
Consideremos a advertência de Jesus, quando se reporta que “os primeiros serão os últimos e estes serão os primeiros”.
Sem dúvida, o cinturão da miséria sócio-econômica que envolve as grandes cidades brasileiras alarma a consciência nacional. A disputa pela venda de armas, que vem colocando o País na cabeceira da fila dos exportadores da morte, inquieta-nos. Inegável a nossa preocupação ante a onda crescente de violência e de agressividade urbana...
Sem dúvida, os fatores do desrespeito à consciência nacional e a maneira incorreta com que atuam alguns homens nas posições relevantes e representativas do País fazem que o vejamos, momentaneamente, em uma situação de derrocada irreversível.
Tenha-se, porém, em mente que vivemos uma hora de enfermidades graves em toda a Terra, na qual, o vírus da descrença gera as doenças do sofrimento individual e coletivo, chamando o homem a novas reflexões.
A História se repete!... As grandes nações do passado, que escravizaram o mundo mediterrâneo, não se eximiram à derrocada das suas edificações, ao fracasso dos seus propósitos e programas; assírios e babilônios ficaram reduzidos a pó; egípcios e persas guardam, nos monumentos açoitados pelos ventos ardentes do deserto, as marcas da falência pomposa, das glórias de um dia; a Hélade, de circunferência em torno das suas ilhas, legou, à posteridade, o momento de ilusório poder, porém, milênios de fracassos bélicos e desgraças políticas.
As maravilhas da Humanidade reduziram-se a escombros: o Colosso de Rodes foi derrubado por um terremoto; o Túmulo de Mausolo arrebentou-se, passados os dias de Artemísia; o Santuário de Zeus, em Olímpia, e a estátua colossal foram reduzidos a poeira; os jardins suspensos de Semíramis arrebentaram-se e ficaram cobertos da sedimentação dos evos e das camadas de areia sucessivas da história. Assim, aconteceu com outros tantos monumentos que assinalaram uma época, porém foram fogos-fátuos de um dia ou névoa que a ardência da sucessão dos séculos se encarregou de demitizar e de transformar. Mas, o Herói Silencioso da Cruz, de braços abertos, transformou o instrumento de flagício em asas para a libertação de todas as criaturas, e a luz fulgurou no topo da cruz converteu-se em perene madrugada para a Humanidade de todos os tempos.
O Brasil recebeu das Suas mãos, através de Ismael, a missão de implantar no seu solo virgem de carmas coletivos, com pequenas exceções, a cruz da libertação das consciências de onde o amor alçará o vôo para abraçar as nações cansadas de guerras, os povos trucidados pela violência desencadeada contra os seus irmãos, os corações vencidos nas pelejas e lutas da dominação argentaria, as mentes cansadas de perquirir e de negar, apontando o rumo novo do amor para re restaurem no coração a esperança e a coragem para a luta de redenção.
Permaneçam confiantes, os espíritas do Brasil, na missão espiritual da “Pátria do Cruzeiro”, silenciando a vaga do pessimismo que grassa e não colocando o combustível da descrença, nem das informações malsãs, nas labaredas crepitantes deste fim de século prenunciador de uma madrugada de bênçãos que teremos ensejo de perlustrar.
Jesus, meus filhos, confia em nós e espera que cumpramos com o nosso dever de divulgá-lO, custe-nos o contributo do sofrimento silencioso e das noites indormidas em relação à dificuldade para preservar a pureza dos nossos ideais, ante as licenças morais perturbadoras que nos chegam, sutis e agressivas, conspirando contra nossos propósitos superiores.
Divulgá-lO, vivo e atuante, no espírito da Codificação Espírita, é compromisso impostergável, que cada um de nós deve realizar com perfeita consciência de dever, sem nos deixarmos perturbar pelos hábeis sofistas da negação e pelas arengas pseudo-intelectuais dos aranzéis apresentados pela ociosidade dourada e pela inutilidade aplaudida.
Em Jesus temos “o ser mais perfeito que Deus nos ofereceu para servir-nos de modelo e guia”; o meio para alcançar o Pai, Amorável e Bom; o exemplo de quem, renunciando-se a si mesmo, preferiu o madeiro de humilhação à convivência agradável com a insensatez; de quem, vindo para viver o amor, fê-lo de tal forma que toda a ingratidão de quase vinte séculos não lhe pôde modificar a pulcridade dos sentimentos e a excelsitude da mensagem. Ser espírita é ser cristão, viver religiosamente o Cristo de Deus em toda a intensidade do compromisso, caindo e levantando, desconjuntando os joelhos e retificando os passos, remendando as carnes dilaceradas e prosseguindo fiel em favor de si mesmo e da Era do Espírito Imortal.
Chamados para essa luta que começa no país da consciência e se exterioriza na indimensionalidade geográfica, além das fronteiras do lar, do grupo social, da Pátria, em direção do mundo, lutais para serdes escolhidos. Perseverai para receberdes a eleição de servidores fiéis que perderam tudo, menos a honra de servir; que padeceram, imolados na cruz invisível da renúncia, que vos erguerá aos páramos da plenitude.
Jesus, meus filhos – que prossegue crucificado pela ingratidão de muitos homens – é livre em nossos corações, caminha pelos nossos pés, afaga com nossas mãos, fala em nossas palavras gentis e só vê beleza pelos nossos olhos fulgurantes como estrelas luminíferas no silêncio da noite.
Levai esta bandeira luminosa: “Deus, Cristo e Caridade” insculpida em vossos sentimentos e trabalhai pela Era Melhor, que já se avizinha, divulgando o Espiritismo Libertador onde quer que vos encontreis, sem o fanatismo dissolvente, mas, sem a covardia conivente, que teme desvelar a verdade para não ficar mal colocada no grupo social da ilusão.
Agora, quando se abrem as portas para apresentar a mensagem do Cristo e de Kardec ao mundo, e logo mais, preparai-vos para que ela seja vista em vossa conduta, para que seja sentida em vossas realizações e para que seja experimentada nas Casas que momentaneamente administrais, mas que são dirigidas pelo Senhor de nossas vidas, através de vós, de todos nós.
O Brasil prossegue, meus filhos, com a sua missão histórica de “Coração do Mundo e Pátria do Evangelho”, mesmo que a descrença habitual, o cinismo rotulado de ironia, o sorriso em gargalhada estrídula e zombeteira tentem diminuir, em nome de ideologias materialistas travestidas de espiritualismo e destrutivas em nome da solidariedade.
Que nos abençoe Jesus, o Amigo de ontem – que já era antes de nós -, o Benfeitor de hoje – que permanece conosco -, e o Guia para amanhã – que nos convida a tomar do Seu fardo e receber o Seu jugo, únicos a nos darem a plenitude e a paz.
Muita paz, meus filhos!
São os votos do servidor humílimo e paternal de sempre.

Revista Reformador - Nº 2053

domingo, 19 de setembro de 2010

DEUS, ACIMA DE TUDO

Equipe de Redação do Momento Espírita

A terra já recebeu em seu seio almas generosas, espíritos superiores, que trazem valiosas contribuições para o seu progresso.
Alguns desses espíritos vêm com o objetivo de alavancar o progresso e fazer evoluir a humanidade.
Suas vidas deixam marcas luminosas, que desafiam os tempos.
Ludwig Van Beethoven foi uma dessas criaturas. Nasceu em Bonn, na Alemanha, no ano de 1770 e morreu em Viena, na Áustria, em 1827.
Seu viver foi uma vertente constante da música que sublima e enleva os sentimentos.
Foi o autêntico médium da arte refinada de compor. Para ele, a música "era uma revelação divina, uma revelação mais sublime que toda a ciência e toda a filosofia."
Seu viver foi um calvário pontilhado por muitos sofrimentos físicos, destacando-se a surdez que o isolou do mundo.
Ele nos deixou nove sinfonias, 12 sonatas, concertos, quartetos e uma única ópera, Fidelio. Tudo de imensa beleza.
Seu psiquismo refinado lhe permitia constante permuta com os espíritos superiores.
Diante dos muitos padecimentos que o acometiam, afirmava, sereno e confiante: "Deus nunca me abandonou."
Perguntado, certa vez, se desejava receber determinado título honorífico, apontou para o alto e respondeu: "meu reino não é deste mundo. Meu império está no ar."
A seguir, concluiu: "não conheço outro título de superioridade, senão o da bondade."
Bondade da qual ele deu mostras, mais de uma vez. Em certa oportunidade, um amigo estava em grandes dificuldades.
Beethoven o presenteou com uma das suas criações, para que fosse vendida e o dinheiro usado na solução do problema que o afligia.
Era nos bosques que ele mantinha contato com as nobres entidades ligadas à música e à harmonia.
Ali ele fazia suas orações e refazia suas energias.
Quando voltava desses encontros, com a fisionomia alterada, respondia a quem lhe perguntava: "o meu anjo bom me visitou."
Em um desses momentos, transformou uma de suas orações, em uma peça musical de grande elevação e apurada sensibilidade: "hino à alegria."
É, ao mesmo tempo, uma exaltação à fé em Deus. Seus versos podem ser traduzidos da seguinte maneira:
"Escuta irmão a canção da alegria o canto alegre do que espera um novo dia.
Vem, canta, sonha cantando / vive sonhando um novo sol
Em que os homens voltarão a ser irmãos.
Se em teu caminho só existe a tristeza o pranto amargo da solidão completa
Se é que não encontras alegria nesta terra
Busca-a, irmão, mais-além das estrelas."
Sempre enaltecia a paternidade divina, afirmando: "Deus, acima de tudo."
O lema que norteou seus passos, entre nós foi: "fazer o bem que possa. Amar, sobretudo, a liberdade. E, mesmo que seja por um trono, jamais renegar a verdade."  
Você sabia?
Que Beethoven encontrava conforto espiritual em um livro intitulado Imitação de Cristo? A obra é de autoria do filósofo e místico alemão, Thomas Von Kempis, que viveu entre os séculos XIV e XV.
Segundo o escritor francês Romain Rolland, durante toda a sua existência, Beethoven teve tal obra como seu livro de cabeceira. Isso fala da sua religiosidade e da fé em Deus.

Equipe de Redação do Momento Espírita com base em texto de Giovani Scognamillo, intitulado Beethoven: "Deus, acima de tudo", publicado no jornal Tribuna Espírita de Janfev. 2005 e versos do hino à alegria, de Beethoven, gentilmente traduzidos pelo professor de música Enrique Baldovino.

sexta-feira, 10 de setembro de 2010

ATUA EM PAZ




Joanna de Ângelis

Não suponhas que a mudança das velhas estruturas ocorra de um para outro momento.
A violência, por mais intente fazê-lo, não consegue os resultados desejados. Ao contrário, complica a situação.
A sedimentação de hábitos morais e comodismos sociais não se desfaz a golpes de precipitada determinação. Exige recursos e tempo que propicie o seu desgaste.
As circunstâncias e os sofrimentos gerais que constringem os homens têm logrado expressivas alterações no comportamento geral, não, porém, o suficiente para mudar a face egoísta da sociedade.
O trabalho atual é de preparação psicológica e despertamento dos que dormem na indiferença acerca dos valores do espírito.
Se já consegues despertar o interesse de alguns poucos, em torno da mensagem espírita,rejubila-te, porquanto Jesus começou com reduzido número de companheiros para a grande tarefa de renovação da Humanidade, que infelizmente ainda não se deu.
Se logras fazer-te ouvir e te apresentam as suas inquietações, entusiasma-te, porque o Mestre, não raro, depois dos seus incomparáveis ensinos, era sempre defrontado pelo sarcasmo farisaico ou pela provocação de adversários gratuitos.
Se alcanças mentes que se propõem, em pequeno grupo, estudar ou conhecer a Doutrina, agradece, pois que o Senhor, por identificar a alma humana em toda a sua realidade, já afirmava que a “Seara é grande, mas os seareiros são poucos”.
Se já podes desviar alguém da delinqüência ou da ociosidade, induzindo a uma mudança de atitude perante a vida, alegra-te, tendo em vista que o Rabi, após haver liberado tantas almas das suas duras aflições e torpes compromissos, não contou com ninguém à hora do testemunho.
O importante, por enquanto, é apresentar a mensagem da vida eterna, embora muitos a desprezem e te desconsiderem.
Não descoroçoes no labor para o qual foste chamado e estás a atender.
Evita preocupar-te com o sucesso do ministério que, aliás, não pode ser considerado do ponto de vista multidinário.
O ocidente diz-se cristão e o oriente parece ressumar antiga Espiritualidade; todavia, os fatos e os problemas humanos superlativos demonstram o contrário.
Certamente que há exceções, o que corrobora a generalidade.
Atua, em paz e confiança, sem pressa nem imposição.
A vida se manifesta em ciclos que se traduzem em resultados eficazes.
Há um período para a sementeira e outro para a germinação; hoje é o dia do crescimento, amanhã, o da flor e, mais tarde, o do fruto...
O embrião espera o tempo para alcançar a plenitude da forma.
Nas realizações morais do espírito, o tempo é, igualmente, fator de sua importância.
Procede com equilíbrio e jamais te desanimes. Um dia os resultados se darão e esses, sim, são os que mais importa.

Psicografia de Divaldo P. Franco - Roteiro de Libertação