Dia claro, sol a pino, lamaçal e uma flor
solitária.
Gargalhando, zombeteira, a flor disse para a lama aos seus pés:
Desprezo-te e rogo ao sol que te abrase,
retirando essa água imunda que te faz pútrida.
A lama silenciou.
No dia imediato, o solo estava ressequido e
retalhado pelo beijo ardente do astro rei.
Na haste da planta, a antes tenra flor, morrera por
falta d’água.
* * *
Soberba é a manifestação desse nosso falso sentimento
de superioridade sobre as pessoas e também sobre as coisas.
Pode ser conhecida também como orgulho, altivez,
presunção.
Exibicionista, a soberba carrega em si a
necessidade de falar de todos os assuntos, de opinar sobre todas as questões e
de se achar entendedora de tudo.
Muitas vezes, por mais contraditório que possa
parecer, ela esconde uma alma insegura e que precisa de constante
autoafirmação.
A soberba nos faz sabedores únicos do que é melhor
para nós e também para o próximo, não admitindo ouvir segundas e terceiras
opiniões.
Só há um ponto de vista: o seu. Só há uma verdade:
a sua.
Ela nos faz utilizar com frequência as
expressões Eu acho. Eu sei. Eu fiz... numa tentativa desesperada de
mostrar o ego orgulhoso.
Com ela vem também a arrogância, essa forma
agressiva de se posicionar, de utilizar as palavras e até de olhar para o
outro.
A arrogância afasta e cria antipatia. Difícil
encontrar alguém que se sinta bem ao lado de uma pessoa arrogante.
Quem tem muito e está seguro disso, não precisa
ficar mostrando suas posses a todo momento.
Quem tem grandes conquistas na área do saber, não
necessita exibi-las em toda oportunidade, fazendo questão de mostrar que o
outro sabe menos.
Aquele que está mais adiante, quando humilde, busca
guiar os semelhantes pela estrada que já percorreu, e nunca medir os
quilômetros que ainda os separam.
Os humildes entendem com mais facilidade a lama que
os cerca, as dores, as dificuldades, enxergando ali a água que dá vida,
molhando a terra e dando-lhes oportunidade de crescimento.
Sabem silenciar quando necessário. Sabem expor sem
impor. Sabem discutir sem criar divisão.
Aprendem a ouvir e a aprender com quem quer que
seja, e por isso são grandes, embora se mostrem como iguais.
Não enxergam adversários ou plateias, mas sim
amigos e irmãos.
Os humildes não são fracos, são discretos. São
elegantes nas palavras e na postura corporal. Olham nos olhos, curvam-se e
servem, não como escravos, mas como doadores.
* * *
Nunca disputemos projeção e destaque, recordando
o ensinamento de Jesus, quando informou que os primeiros serão os últimos e
esses serão os primeiros.
Afeiçoemo-nos ao anonimato, não deixando
sinais do bem que façamos, a fim de que não sejamos
enaltecidos, qual ocorre com muitos fúteis e irresponsáveis, que são
louvados e bajulados sem mérito real.
Mas não pensemos que humildade é menosprezo,
desconsideração por nós mesmos, subalternidade, escondendo
conflitos de inferioridade.
A verdadeira humildade permite o autoconhecimento
em torno dos valores que são legítimos no ser, sem os exaltar nem engrandecer,
compreendendo o quanto ainda necessitamos para atingir o ideal, tendo o
prazer de nos sacrificarmos pelo conseguir.
Redação do Momento Espírita,
com base no cap. Fevereiro,
item 13, do livro Poemas de paz,
pelo Espirito Simbá, psicografia de
Divaldo Pereira Franco,
ed. LEAL e na mensagem
ed. LEAL e na mensagem
Reflexões sobre a humildade,
pelo Espírito Joanna de Ângelis,
psicografia de Divaldo Pereira Franco,
na reunião mediúnica de 10.8.2015,
no Centro Espírita Caminho da Redenção,
em Salvador, Bahia.
Em 19.6.2017.
em Salvador, Bahia.
Em 19.6.2017.
Fonte:
Momento Espírita
www.momento.com.br
Nenhum comentário:
Postar um comentário