Emmanuel, da obra "Vinha de Luz"
psicografia de Francisco
Cândido Xavier
"Aparte-se do
mal, e faça o bem; busque a paz, e
siga-a." Pedro. (I Pedro,
3:11.)
A indicação do grande
apóstolo, para que tenhamos dias felizes, parece extremamente simples pelo
reduzido número de palavras, mas revela um campo imenso de obrigações.
Não é fácil
apartar-se do mal, consubstanciado nos desvios inúmeros de nossa alma através
de consecutivas reencarnações, e é muito difícil praticar o bem, dentro das
nocivas paixões pessoais que nos empolgam a personalidade, cabendo-nos ainda
reconhecer que, se nos conservarmos envolvidos na túnica pesada de nossos
velhos caprichos, é impossível buscar a paz e segui-la.
Cegaram-nos males
numerosos, aos quais nos inclinamos nas sendas evolutivas, e acostumados ao
exclusivismo e ao atrito inútil, no desperdício de energias sagradas, ignoramos
como procurar a tranqüilidade consoladora. Esta é a situação real da maioria
dos encarnados e de grande parte dos desencarnados que se acomodam aos círculos
do homem, porque a morte física não soluciona problemas que condizem com o foro
íntimo de cada um.
A palavra de Pedro,
desse modo, vale por desafio generoso.
Nosso esforço deve
convergir para a grande realização.
Dilacere-se-nos o
ideal ou fira-se-nos a alma, apartemo-nos do mal e pratiquemos o bem possível,
identifiquemos a verdadeira paz e sigamo-la. E tão logo alcancemos as primeiras
expressões do sublime serviço, referente à própria edificação, lembremo-nos de que
não basta evitar o mal e sim nos afastarmos dele, semeando sempre o bem, e que
não vale tão-somente desejar a paz, mas buscá-la e segui-la com toda a
persistência de nossa fé.
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