sexta-feira, 12 de junho de 2015

Benjamin Fulford: O G7 IMPOTENTE PERANTE UMA FALÊNCIA MATEMATICAMENTE INFALÍVEL


O G7 impotente perante uma falência matematicamente infalível
Junho 9, 2015

Os dirigentes do *Grupo das Sete Nações Industrializadas, designadas como G7, estão a realizar uma reunião de emergência na Alemanha, numa tentativa vã de evitar uma falência inevitável. Os líderes falam da Grécia, da Ucrânia, da China, do Médio Oriente e de outras questões, como se, até certo ponto, ainda estivessem no controlo. Eles precisam compreender que há algo que se chama realidade e, não importa quanto tempo tentem evitá-la, ela tem sempre uma maneira de os alcançar.

O fato é que, nos últimos 40 anos, à exceção do Canadá, do Japão e da Alemanha, os países do G7 e os seus aliados ocidentais têm estado em déficit com o resto do mundo. O assunto incomodo de que ninguém fala, é o fato do maior devedor ser a empresa corporativa designada como Estados Unidos da América.

O resto do mundo tomou a decisão coletiva de não financiar esses governos ocidentais, senão quando pararem de provocar guerras constantes  e de roubar a riqueza coletiva de outros países. Visto que o resto do mundo controla a maior parte do dinheiro (ou seja, o dinheiro ligado a bens materiais), também controla a realidade implícita. Vocês podem comer pão, mas não podem comer derivativos ou notas de dólar.

Podeis trocar coisas reais como carros ou petróleo, por arroz ou trigo, mas se perderem a credibilidade ninguém vai trocar as vossas promessas de pagamento por bens materiais. Os países do G7, especialmente a empresa Estados Unidos (em oposição à República dos Estados Unidos), conseguiram adiar o inevitável através da elaboração de dados económicos fraudulentos, cativos enviados para os offshore e derivativos a valerem teoricamente quantias astronómicas.

No entanto, nenhuma quantidade de zeros adicionada a números astronómicos dentro dos bancos ocidentais fará qualquer diferença, pois esses zeros não têm nenhuma ligação com o mundo real.

Os chineses têm insistido no pagamento através de algo sólido, como o ouro, que realmente existe. O governo corporativo americano, tal como fazem os ricos ao atravessar tempos difíceis, penhorou a herança da família, pediu emprestado aos amigos, roubou e mentiu para pagar a próxima tranche da dívida. Eles roubaram o petróleo iraquiano, o ouro de África, as economias japonesas e tudo o mais a que puderam deitar a mão.

No entanto, visto que o PIB real dos Estados Unidos regrediu 21,4% desde 2011, está a ser uma impossibilidade para o governo empresarial dos EUA, continuar a pagar as suas dívidas que aumentam como uma bola de neve. A resposta óbvia é declarar a falência.

O problema é que hoje, estão vivas muito poucas pessoas que se lembram da última vez que um país europeu faliu. Nenhum país anglo-saxão faliu, durante mil anos, assim, os americanos ainda estão menos familiarizados com o que a falência realmente implica.

Para os que testemunharam em primeira mão, fatos tais como o colapso da bolha japonesa e a falência da Argentina, o futuro é mais fácil de ver.

Vamos comparar estes dois casos, ao que está a acontecer com o G7, a fim de prever o futuro.

No caso do Japão, a **bolha estourou no período que vai de 1990 a 1992. O governo japonês já sabia em 1992, que a dívida total era de 200 triliões de ienes (cerca de 2 trilhões de dólares). No entanto, os anúncios públicos, declararam-na em 3 ou 4 biliões de ienes. A empresa A passou a sua dívida para a empresa B, que iria passá-la para a empresa C, cada uma com um prazo contabilístico diferente. Era como se um indivíduo usasse o seu cartão American Express para pagar a sua conta Visa e, em seguida, usasse o Visa para pagar por a sua conta MasterCard e depois, usasse o cartão MasterCard para pagar o cartão American Express. Esse golpe comprou tempo, isto é, permitiu arrastar o prazo do pagamento dessa dívida.

Porém, no final, algumas das empresas em maior dificuldade financeira, já não conseguiam esconder que estavam na falência. Lembro-me de ter entrevistado Kichinosuke Sasaki, presidente da Togensha, uma dessas empresas, no final dos anos 90’. Nessa ocasião, ele era o homem mais pobre do mundo, com um valor negativo de 9 triliões de yenes (aproximadamente 90 biliões de dólares). Usava roupas de seda que lhe deve ter custado milhares de dólares, quando as comprou, mas que estava puído e gasto, quando o entrevistei.

Disse-me que os banqueiros estavam a mantê-lo semivivo, com um subsídio miserável. Os banqueiros não iriam deixá-lo declarar falência porque iria provocar um efeito dominó que levaria inevitavelmente os maiores bancos japoneses à falência.

No caso da Europa, a Grécia está a desempenhar o papel da Togensha. Se a Grécia for autorizada a ir à falência, então os Bancos Centrais Europeus terão de declarar que a dívida grega está em falta e, assim, serem forçados a admitir que eles também estão em falta. Não admira que os Gestores de topo do Deutschebank se demitam. Ninguém quer ser o comandante de um navio a afundar-se.

No entanto, a experiência japonesa referente à bolha deixa muito claro que adiar o inevitável só aumenta a dor total. Os gregos já o sabem, porque estão a ser forçados a desempenhar o papel do Sr. Sasaki, e a ser espremidos de tudo o que têm para que os seus banqueiros possam fingir que tudo está bem. O rendimento médio grego caiu 40% nos últimos cinco anos, a fim de que os banqueiros pudessem fingir que tudo está bem. Só irá piorar até ao momento em que a Grécia declarar falência.

É muito melhor declarar a bancarrota do que ficar acorrentado ao fardo de uma dívida que não se pode pagar.

O estado de falência não precisa de ser algo doloroso. A primeira coisa que as pessoas precisam entender é que as finanças são uma criação do espírito, ou da mente. Se a Grécia falir, as pessoas, os edifícios, as fábricas, as herdades, as praias, etc, não vão desaparecer. A única coisa que vai mudar é a forma como as pessoas decidem o que vão fazer com esses ativos reais, no futuro.

No caso da Argentina, assim como no caso da Islândia, a declaração de falência foi um choque curto e forte, seguido de um rápido aumento dos padrões de vida. As pessoas também foram libertadas das garras dos banqueiros parasitas.

Claro que se a Grécia for à falência, eventualmente, o mesmo acontecerá ao resto dos países que utilizam o Euro.

Recentemente Angela Merkel foi pedir dinheiro à China e ao Japão, mas voltou de mãos vazias.

Desde que não haja nenhuma outra fonte de dinheiro suficientemente grande para apoiar o Euro alemão, também é provável que, mais cedo ou mais tarde, o sistema financeiro alemão se torne insolvente.

O resultado final será um retorno ao marco, ao dracma e a outras moedas ligadas a culturas históricas.

Então, temos algo a ponderar. O edifício do Parlamento da União Europeia, foi construído nitidamente para se assemelhar à Torre de Babel.  Podem comprovar neste link:


A história da Torre de Babel conta que, no fim se desmoronou e todos os povos seguiram caminhos separados. A nova Torre de Babel foi concluída em 1999. A questão é a seguinte: Haveria arquitetos que sabiam antecipadamente, que o projeto da União Europeia estava destinado a seguir o caminho da Torre de Babel?



Tradutora: Maria Luísa de Vasconcellos
Revisão: Maria Alpinda
Email: luisavasconcellos2012@gmail.com

Index webpage: http://peacelovelove.blogspot.pt/

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