Conta-se que,
certo dia, o sol e o vento se encontraram, em um recanto encantado do Universo,
e começaram a conversar.
Conversa vai,
conversa vem, eles principiaram a discutir a respeito de quem seria o mais
forte.
De onde se
encontravam, podiam divisar a Terra e o vento viu um homem que andava por uma
estrada.
Você vê aquele
velho lá embaixo? - Disse ele ao sol. Aposto
como posso fazer com que ele tire o capote mais depressa do que você.
O sol se manteve
quieto. Escondeu-se atrás de uma nuvem e esperou. O vento começou a soprar. E
foi soprando cada vez mais forte, até se tornar quase um furacão.
Mas, quanto mais
ele soprava, mais o homem segurava o capote junto a si.
Depois de algum
tempo, o vento desistiu. Acalmou-se e decidiu conceder a vez ao sol.
Bom,
pensou, se eu com toda esta fúria não consegui fazer o homem tirar o
capote, o que você poderá fazer?
O sol saiu detrás
da nuvem. Sorriu, bondosamente, para o homem, que continuava a andar pelo
caminho cheio de folhas e pétalas de flores, arrancadas pelo vento.
Sorriu um pouco
mais, envolvendo-o em uma onda de calor. O homem esfregou o rosto e logo tirou
o capote.
Surpreso, o vento
escutou o sol lhe dizer: Amigo, mais forte que a fúria, mais vigorosa
do que a força bruta, é o poder da gentileza.
*
* *
Gentileza é
expressão de cordialidade e de afeto. Na esfera de
ação em que somos chamados a produzir, não esqueçamos o necessário culto à
gentileza.
Em nome do não ter
tempo para nada, não nos permitamos deslizes para com a gentileza, na roda dos
nossos amigos.
Embora afirmemos
que não há mais tempo para as pequeninas normas da etiqueta, merece considerar
que sempre haverá tempo para uma palavra de amizade, em meio às tempestades da
vida.
Ninguém pode
afirmar que não tenha condições de pronunciar, sorrindo, um verbete gentil,
como Obrigado.
Não há quem não
tenha a capacidade de uma expressão delicada, pela manhã. Algo simples, como bom
dia, enquanto sorri, verdadeiramente desejando que o outro tenha um bom
dia.
Quem de nós não
poderá ter um gesto de meiguice, acariciando uma criança que se mostra
intranquila ante determinada situação, desconhecida e atemorizante para ela?
E um sorriso de ternura,
um aceno cordial, consegue desarmar mesmo aqueles que parecem impermeáveis às
boas maneiras.
O gesto gentil é
um passo para modificar, muitas vezes, uma inimizade nascente, uma suspeita
infundada, uma informação infeliz, uma inspiração negativa.
Enfim, gentileza é
também caridade em nome de Deus para o grande mal de que padece a Humanidade e
que se chama egoísmo.
*
* *
A gentileza
transforma a paisagem fria das relações humanas.
Não aguardemos, no
entanto, que os outros sejam gentis conosco. Sejam os nossos hábitos, no culto
da gentileza, uma metodologia de equilíbrio que nos imponhamos como disciplina
do comportamento.
E comecemos agora,
enquanto o dia surge, ou enquanto as horas avançam ou a noite se adianta.
Um coração gentil
é um coração em paz.
Redação
do Momento Espírita, com base no texto O sol e o
vento, de autoria ignorada e no cap. 53, do livro Celeiro de
bênçãos, pelo Espírito Joanna de Ângelis, psicografia de
Divaldo Pereira Franco, ed. LEAL.
Em 22.8.2014.
vento, de autoria ignorada e no cap. 53, do livro Celeiro de
bênçãos, pelo Espírito Joanna de Ângelis, psicografia de
Divaldo Pereira Franco, ed. LEAL.
Em 22.8.2014.
Fonte: Momento Espírita
www.momento.com.br
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