Como era difícil conviver com aquele homem.
Sua vida poderia ser tão
diferente, mas ele não se dispunha a nenhuma mudança.
Egocêntrico ao extremo,
chegava a dizer que era o único homem trabalhador, correto e justo, que havia
no mundo.
Seu mau humor espalhava
mal-estar por onde passava.
Em casa, era um pesadelo
para os familiares, sempre humilhados e desafiados pelos seus conceitos.
Era materialista convicto.
Havia se firmado nesse conceito e nada mais importava.
Desgosto cruel tomava conta
de sua vida, pelo fato de nenhum dos filhos seguir sua maneira de ser, pensar e
agir.
Era muito rico, graças ao
trabalho exaustivo e à usura, que se impusera e agora, idoso, via-se à frente
de grande impasse.
Ninguém o ajudara a ganhar,
pensava, e ficariam com tudo.
Sob seu ponto de vista, não
mereciam um centavo da fortuna que ele conquistara com tanto sacrifício.
Sua família, direcionada
pela mãe, acostumada a um regime de simplicidade, não via a vida material com
os olhos dele, e isso ele não perdoava.
E tudo isso o fazia sofrer,
atormentando-se.
*
* *
Como é importante nos
voltarmos para o entendimento de nossa vida verdadeira.
Na Terra, vivemos num corpo
material, para evoluirmos e aprendermos a valorizar a nossa realidade maior.
Tudo o que utilizamos para
aqui viver nos é emprestado pela Divindade.
Portanto, nada nos
pertence, nem mesmo o corpo, pois teremos que deixá-lo, quando a morte física
se apresentar.
Jesus nos alertou para essa
realidade quando nos convidou à conquista do reino dos céus.
Das suas prédicas e
parábolas, registrou Mateus em seu Evangelho: Não queirais entesourar para
vós tesouros na Terra, onde a ferrugem e a traça os consomem, e onde os ladrões
os desenterram e roubam.
Mas entesourai para vós
tesouros no céu, onde não os consomem a ferrugem nem a traça, e onde os ladrões
não os desenterram nem roubam.
Porque onde está o tesouro,
aí também está o coração.
Se Deus concentra a riqueza
em alguns lugares, é para que ela se expanda, favorecendo a todos, segundo as
necessidades.
É uma prova da Sua
sabedoria e da Sua bondade.
A fortuna é um meio de
provar o homem moralmente; mas ao mesmo tempo, é um poderoso meio de ação para
o progresso.
A pobreza é prova de
paciência e de resignação. A riqueza é prova de caridade e de abnegação.
É lamentável o triste uso
que algumas pessoas fazem da sua fortuna.
A fonte do mal está no
egoísmo e no orgulho.
Os abusos de toda espécie
cessarão por si mesmos, quando os homens se orientarem pela lei do amor.
Importante que nos
conscientizemos de que o dinheiro, na Terra, tem por função acelerar o
progresso, gerar trabalho, educação, cultura, benefícios, suprir necessidades
em todas as áreas.
Possuir fortuna significa a
responsabilidade maior que abraçamos, antes de vir para cá.
Entendamos essa realidade,
para não sofrermos em vão, e, para bem agirmos frente à vida.
Redação
do Momento Espírita,
com transcrição do cap. 6,
versículos 19 a 21 do
versículos 19 a 21 do
Evangelho de Mateus, e
no
cap. XVI, do livro O Evangelho
segundo o Espiritismo,
de Allan Kardec,
ed. FEB.
Em 11.2.2017.
ed. FEB.
Em 11.2.2017.
Fonte:
Momento Espírita
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