Joanna de Ângelis,
PSICOGRAFADO PELO MÉDIUM Divaldo Pereira Franco, da obra “Momentos
Enriquecedores”
Não aguardemos que o aplauso do mundo coroe
as nossas expectativas.
Não esperemos que as alegrias nos adornem
de louros ou que uma coroa de luz desça sobre a nossa cabeça, vestindo-nos de
festa.
Quem elegeu Jesus, não pode ignorar a cruz
da renúncia.
Quem O busca, não pode desdenhar a estrada
áspera do Gólgota.
Quem com Ele se afina, não pode esquecer
que, Sol de primeira grandeza como é, desceu à sombra da noite, para ser o
porto de segurança luminosa, no qual atracaremos a barca de nosso destino.
Jesus é o nosso máximo ideal humano, Modelo
e Guia seguro.
Aquele que travou contato com a Sua palavra
nunca mais O esquece.
Quem com Ele se identifica, perdeu o
direito à opção, porque a sua, passa a tornar-se a opção dEle, sem o que, a
vida não tem sentido.
*
Não é esta a primeira vez que nos
identificamos com o Seu verbo libertador. Abandoná-lo é infidelidade, que O
troca pelos ouropéis e utopias do mundo, de breve duração.
Não é esta a nossa experiência única no
santuário da fé, que abraçamos desde a treva medieval, erguendo monumentos ao
prazer, distantes da convivência com a dor.
Voltamos à mesma grei, para podermos, com o
Pensamento Divino vibrando em nós, lograr uma perfeita identificação.
Lucigênitos, procedemos do Divino Foco,
para o qual marchamos.
Seja, pois, a nossa caminhada assinalada
pelas pegadas de claridade na Terra, a fim de que, aquele que venha após os
nossos passos, encontre as setas apontando o caminho.
Jesus não nos prometeu os júbilos vazios
dos tóxicos da ilusão. Não nos brindou com promessas vãs, que nos destacassem
no cenário transitório da Terra. Antes, asseverou, que verteríamos o pranto que
precede à plenitude, e teríamos a tristeza e a solidão que antecedem à glória
solar.
Não seja, pois, de surpreender que, muitas
vezes, a dificuldade e o opróbrio, o problema e a solidão caracterizem a nossa
marcha. Não seja de surpreender, portanto, que nos vejamos em solidão com Ele,
já que as Suas, serão as mãos que nos enxugarão o pranto, enquanto nos dirá,
suavemente: Aqui estou!
Perseveremos juntos, cantando o hino da
alegria plena na ação que liberta consciências, na atividade que nos irmana e
no amor que nos felicita.
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