Joanna de Ângelis, da
obra “Momentos Enriquecedores”
psicografia de Divaldo Pereira Franco
Qualquer compromisso que se
assume impõe deveres que devem ser atendidos, a fim de conseguir-se a
desincumbência feliz.
Se te comprometes com a área da
cultura sob qualquer aspecto, enfrentas programas e horários, disciplina e
atenção, para alcançares a meta pretendida.
Se buscas trabalho e
desenvolvimento econômico, arrostas obrigações sucessivas, obediência, ação
constante, e através dessa conduta chegarás aos objetivos que anelas.
Se te comprometes com a
edificação da família, muitos imperativos se te fazem indispensáveis atender,
de forma que o lar se transforme em realidade feliz.
Se aceitas o compromisso social,
tens que te submeter a inúmeras condições inadiáveis, para atingires os efeitos
ditosos.
Compromisso é vínculo de
responsabilidade entre o indivíduo e o objetivo buscado.
Ninguém se pode evadir, sem
tombar na irresponsabilidade.
Medem-se a maturidade e a responsabilidade
moral do ser através da maneira como ele se desincumbe dos compromissos que
assume.
O profissional liberal que
enfrenta dificuldades, para o desempenho dos compromissos, luta e afadiga-se
para bem os atender, mantendo-se consciente e tranquilo.
O operário que aceita o
compromisso do trabalho, sejam quais forem as circunstâncias e os desafios,
permanece na atividade abraçada até sua conclusão.
Compromisso é luta; é desempenho
de dever.
O prazer sempre decorre da
honorabilidade com que cada qual se desincumbe da ação.
*
Em relação à fé religiosa, a
questão é semelhante.
Quem se apresenta no campo
espiritual buscando a iluminação, não tem condição de impor requisitos, mas,
aceitá-los conforme são e devem ser seguidos.
Não se trata de um mercado de
valores comezinhos, que devem ser leiloados e postos para a disputa dos
interesses subalternos.
O compromisso com a fé religiosa
é de alta relevância, pois se trata de ensejar a libertação do indivíduo, dos
vícios e delitos a que se condicionou, e que o atormentam.
São graves os quesitos da jé
religiosa.
Mesmo em se tratando de preservar
a liberdade do candidato à fé, ela não modifica os programas que devem ser
considerados e aplicados na transformação moral íntima.
Estabelecida a dieta moral, o
necessitado de diretriz esforça-se para aplicar, incorporar as lições hauridas
no seu cotidiano. Nenhuma modernidade altera as leis da vida, que são
imutáveis.
Desse modo, o compromisso com a
fé não permite ao indivíduo adaptar a linha direcional da doutrina que busca
aos seus hábitos perniciosos e às suas debilidades morais.
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O Espiritismo apóia-se moralmente
nas lições de Jesus, sendo a sua, a mesma moral vivida e ensinada pelo Mestre.
Adaptar essa moral às licenças
atuais, aos escapismos éticos em moda, às concessões sentimentais de cada um,
constitui grave desconsideração ao excelente conteúdo que viceja no pensamento
espírita.
Indispensável que o compromisso
com a fé espírita mantenha-se inalterado, sem a incorporação dos modismos
perniciosos e perturbadores do momento, assim ensejando a transformação moral
para melhor de todos quantos o aceitem em caráter de elevação.
Somente assim, todo aquele que
abrace a fé, que luz na Doutrina Espírita, terá condições para vencer estes difíceis
dias em paz de consciência, mesmo que sob chuvas de incompreensões e desafios
constantes do mal, dos vícios e dos perturbadores.
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