Houve um tempo em que as mulheres não eram bem vistas na sociedade. Em que as mulheres, para exercer o seu poder, tinham que estar atrás de um homem.
E esse foi um tempo de muitas lutas – de ego, de vaidade, de muita promiscuidade, de muitos acertos, e de muitos desacertos também. Muitos de vocês se lembrarão, porque fizeram parte, viveram nesses momentos.
Eu fui uma cortesã, e lá estive fazendo o meu trabalho. Porque também as mulheres eram incumbidas de um trabalho. Havia um trabalho espiritual, havia um trabalho social que não era observado.
Porque, enquanto os homens lutavam pelo poder e pela supremacia do seu ego, e da sua vaidade, as mulheres naturalmente na energia Yin – na energia do feminino –, elas conheciam mais do mundo do que os seus parceiros.
Elas sabiam o que é abaixar a cabeça. Elas conheciam os lares com crianças. As necessidades que aconteciam fora dos palácios, fora dos ambientes de luxo e de beleza. E essas mulheres, exerciam o seu poder no momento de intimidade, fazendo algumas manipulações – eu devo dizer. Mas, o sentimento sempre estava envolvido.
O amor, apesar de parecer que enfraquece as pessoas... Não, meus amados, o amor engrandece. Quando você ama alguém, você se torna fraco no ego, se torna vulnerável na paixão, mas descobre outros poderes dentro de você.
A evolução só se faz através do amor. Os relacionamentos só existem, e só crescem quando alguém se torna vulnerável no amor.
Quando você tem todas as certezas, quando você se sente em total equilíbrio numa história com alguém – deixa de existir o amor. O amor é o caminho que se fortalece nas incertezas.
E era assim que nós vivíamos na corte, nós estávamos sempre prontos a ter que encontrar uma traição. Não apenas a traição do seu amante que sairia com outra pessoa, mas, a traição dos seus sonhos, dos seus anseios, dos seus objetivos.
Havia, nesse jogo de relacionamentos, um jogo de poder, de autossuperação, de desenvolvimento da autoestima e de amor. E quanto mais frágil uma história se tornava, quanto mais aparentemente complicado se tornava um encontro... Mais fácil – nesse ambiente – estava o caminho da evolução.
E assim é até hoje. Os relacionamentos não são perfeitos, as pessoas não são perfeitas... Não ocupam o cargo perfeito, nem tem o trabalho perfeito. Nem vocês encontram uns aos outros em situações de perfeição:
Você pode se apaixonar por uma pessoa comprometida, você pode amar alguém que não te ama, você pode ser rico e o outro ser pobre, você pode estar disponível e o outro não... E ainda assim, pode existir o amor.
Se há algo que, ao longo da minha caminhada – por esses palácios, por essas salas, pelas cortes, e muitas vidas que vivi – e que afirmo a vocês, é que não existe certeza. E não existe uma pessoa perfeita, ou um relacionamento perfeito. E se aprende muito nas imperfeições.
As pessoas que não se expõe ao amor – aos sobressaltos, ao alto e baixo de um encontro – não evolui. Não há evolução sem toda essa tormenta.
Aceitem os sentimentos. Aceitem as pessoas como elas são. E aceitem vocês como vocês são. E busquem o melhor de cada um. E o melhor de cada um conduzirá vocês ao sentimento de amor.
E alguns podem estar se perguntando, o que teria a ver a minha presença aqui, no momento em que vocês reverenciam a grande Deusa Mãe...
E eu lhes digo:
Que da minha forma, eu sempre lutei. Da minha forma, sempre fui guerreira. Na minha forma, sempre fui atrás dos meus sonhos, dos meus desejos, e enfrentei o meu ego lindamente. Tive que, muitas vezes, ver o meu orgulho dissolvido, quebrado e transformado em pó. Para que viesse de dentro de mim, o sentimento mais puro de amor. Aquele que não se controla. Aquele que permite que você veja as pessoas além das aparências. Aquele que permite que você enxergue o coração.
Eu Sou Maria Padilha. E aqui estou em evolução na Luz do Amor. Estou com vocês, evoluindo com vocês, crescendo com vocês. E ajudando, nesse serviço de quebrar as máscaras.
Porque não há ego maior, do que uma pessoa que se acha perfeita – além dos problemas, acima dos outros, diferenciado dos demais.
Somos todos Um – no amor, na imperfeição, e na vida. E ali, através dessa consciência é que nós evoluímos.
Recebam o meu amor e a minha luz, como eu recebo o amor de vocês, e a luz de vocês. Somos todos Um a serviço da evolução da consciência, e da felicidade de cada um de nós.
Tenham luz e tenham paz. Porque eu repouso nesse silêncio.
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Fonte: mariasilviaorlovas.com.br
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