Saturados pelas notícias
perturbadoras, de violência, suborno e crimes de toda espécie, anelamos por
encontrar exemplos dignificadores que nos possam servir de alento e sentido
existencial, a fim de podermos prosseguir acreditando nos valores ético-morais em
total desconsideração. A volúpia do prazer e do vale-tudo, a cada dia,
arrebanha maior número de fiéis seguidores atormentados pelos desejos de ter e
do brilhar, mesmo que sob o elevado preço da perda da dignidade e do respeito
por si mesmo, em consequência, pelas demais pessoas.
A ausência de líderes, portadores
de títulos de honradez e de trabalho digno, dá lugar ao brilho de
personalidades psicopatas, exóticas, que se celebrizam pela estranheza da
conduta e da agressividade, em descida a níveis de desequilíbrio jamais vistos
na História da Humanidade. Apesar de desconhecidos, existem mulheres e homens
extraordinários que acreditam no bem e o praticam, sem deixar-se perturbar pela
algazarra e loucura dos excêntricos e atormentados, que proclamam a necessidade
do gozo acima de todas as circunstâncias.
Passados os momentos da glória
enganosa e do gozo transitório, logo despertam os iludidos, tomados pelo vazio
existencial, enfrentando a consciência e deixando-se tombar em outras buscas
infelizes: alcoolismo, tabagismo, drogadição, sexo em desalinho, descendo, cada
vez mais, em direção ao poço sem fundo onde passarão a jazer sem vitalidade. É
indispensável que nos voltemos para o amor, conforme assevera a Dr.ª Elizabeth
Lukas, eminente discípula do psiquiatra Viktor Frankl, que informa ser a finalidade
da vida a sua conquista.
Sem dúvida, a palavra encontra-se
muito desgastada e confundida, no entanto, podemos identificá-la na ação do bem
indiscriminado, cuja magia é proporcionar a felicidade integral ao ser humano,
vinculando-o à consciência cósmica. Ninguém pode viver consciente da sua
realidade sem o amor, cuja falta enlouquece e que se torna realidade somente
pela prática do bem.
Divaldo Pereira Franco.
Artigo publicado no jornal A Tarde,
coluna Opinião, em 26.2.2015.
Em 28.7.2015
Artigo publicado no jornal A Tarde,
coluna Opinião, em 26.2.2015.
Em 28.7.2015
Fonte: Divaldo Franco
http://divaldofranco.com.br/
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