Reclamas o peso do
fardo moral sobre os teus ombros frágeis, olvidando-te de que Deus não
sobrecarrega a ninguém em demasia. Sempre confere os sofrimentos necessários de
acordo com as resistências de que cada qual dispõe.
Identificas
dificuldades onde se manifestam oportunidades de crescimento interior, porque
te encontras fatigado pelos testemunhos constantes, esquecendo-te de que a
árvore cresce silenciosamente embora tombe com grande ruído.
Acreditas-te
vítima de ocorrências desgastantes e contínuas, quando, em realidade,
representam condições para o teu avanço espiritual, desde que te candidataste
ao empreendimento iluminativo.
Certamente,
permanecer fiel ao dever, quando outros o abandonam, ou manter-se confiante nos
momentos em que as circunstâncias apresentam-se menos favoráveis, constituem um
esforço muito significativo. Entretanto, mede-se o caráter de uma pessoa pelos
valores dignificantes que o exornam.
O indivíduo comum,
que prefere avançar perdido na massa, na futilidade, desempenhando o papel do
imediatista e aproveitador, não enfrenta esse tipo de desafios, nada obstante,
experimenta outros conflitos perturbadores, porque ninguém se encontra na Terra
em caráter de exceção, como quem realiza uma agradável jornada ao país da
fantasia.
Aquele que se
ilude com a existência terrena igualmente desperta, cedo ou tarde, sendo
convocado aos enfrentamentos do processo da evolução.
Desse modo,
acumula experiências libertadoras através dos aparentes insucessos e dos
contínuos tributos de luta e de compreensão à existência corporal.
Para onde olhes
defrontarás intérminas batalhas pela sobrevivência, pela afirmação dos valores
mais nobres, mesmo que nas rudes refregas do instinto em crescimento para a
razão.
Nos reinos vegetal
e animal, o predador está sempre seguindo sua vítima, que adquire mecanismos de
salvação, adaptando-se ao meio ambiente, mudando de forma, ocultando-se.
Embora a vitória
da herança atávica para a preservação da vida, sucumbem ante o ser humano, cuja
inteligência é aplicada à conquista de instrumentos que lhes superam as
habilidades, vencendo-os de contínuo.
Apesar disso,
aqueles que sobrevivem mantêm prodigiosamente o milagre da vidaem
operosidade.
O vendaval ameaça
a árvore altaneira, que se dobra para deixá-lo passar, ou sofre-lhe o açoite
destruidor, reerguendo-se depois e prosseguindo vitoriosa no mister que lhe foi
estabelecido.
O barro submete-se
ao oleiro, aceita o aquecimento exagerado e mantém a forma que lhe foi
conferida.
O solo é sulcado e
sacudido de todos os lados, a fim de proporcionar a germinação das sementes.
Os metais
derretem-se, de modo a receberem novas expressões que darão beleza ao mundo.
Tudo é renovação
contínua, que decorre dos impositivos da evolução.
*
* *
Se perguntares o
que sofre a semente no seio abafado da terra, a fim de que possa libertar a
vida que nela jaz adormecida, e se ela pudesse, responderia que o medo, a
angústia e a opressão fazem parte de todas as suas horas até o momento em que
as vergônteas recebem a luz do Sol e atingem o objetivo a que se destinam.
Se indagares ao
triunfador como lhe foi possível alcançar o pódio da vitória, ele te narrará
inúmeros sofrimentos que nunca experimentaste, mas que foram superados com
alegria, considerando a meta para onde dirige os passos.
Se inquirisses o
Sol como pode manter a corte de astros à sua volta, e ele dispusesse de meios
de explicar-te, contestaria que transforma a sua massa em energia constante,
gastando a média de quatrocentos e vinte milhões de toneladas por segundo.
Em toda parte o
esforço enfrenta a luta, que se impõe como necessidade de transformações e de
progresso.
Quem se nega ao
esforço permanece na paralisia, e aquele que foge à batalha de crescimento,
asfixia-se na inutilidade.
Não te aflijas,
portanto, pelos enfrentamentos necessários, jamais superestimando as
ocorrências que te parecem afligentes.
Sempre existirá
alguém mais sobrecarregado do que tu. Porque não se queixa e não lhe conheces o
fadário, tens a impressão de que as tuas são dores únicas e mais volumosas do
que as de todos.
Há muitos corações
crucificados que desfilam pelos teus caminhos e ignoras completamente o que
lhes acontece.
Este, no qual te
encontras, é um mundo de provas e expiações, portanto, hospital de almas,
oficina de reparos, escola de aperfeiçoamento.
É natural que isso
ocorra, porquanto será graças a esses fenômenos, nem sempre agradáveis, que
alcançarás as estrelas.
Quem poderia
imaginar que o Rei Solar tivesse de sofrer tanto, a fim de afirmar o Seu amor
por nós?
Se Ele, que é todo
amor e misericórdia, pureza e perdão, aceitou de boamente os testemunhos
pavorosos para nos demonstrar a Sua grandeza, qual será a quota reservada a
cada Espírito que transita na retaguarda a fim de conseguir o seu triunfo
durante o seu processo de enriquecimento?
Não reclames,
pois, nem te consideres abandonado pela sorte.
Colhes hoje o que
semeaste há muito tempo.
Faculta-te agora
uma semeadura diferente em relação ao futuro, de maneira que te libertes das
dores excruciantes deste momento, auferindo alegrias e bênçãos jamais
imaginadas.
Aquieta, desse
modo, as objurgações infelizes, o coração intranqüilo, superando o pessimismo e
a amargura, e poderás enxergar melhor os acontecimentos que te envolvem, graças
aos quais alcançarás a plenitude.
Assim, não te
permitas autocomiseração, nem conflito perverso de qualquer natureza,
entregando-te a Jesus e nEle confiando de forma irrestrita e terminante, pois
que Ele cuidará de ti.
*
* *
A tua atual
existência está programada para o êxito. Não mais tombarás nas sombras de onde
procedes, se insistires por banhar-te com a clara luminosidade do amor de Deus.
Reflexiona melhor
e com mais maturidade, de maneira que constatarás alegrias e bem-estar pelo teu
caminho, nada obstante algumas dificuldades naturais que todos devem enfrentar.
Alegra-te por
seres incompreendido, por estares no campo de elevação entre dissabores, porque
a compensação divina é sempre o resultado do grau de esforço desenvolvido pelo
ser humano durante a trajetória de elevação.
Joanna
de Ângelis
Página
psicografada pelo médium Divaldo P. Franco,
na noite de 18 de maio de 2004, em Berlim, Alemanha.
Em 04.02.2008.
na noite de 18 de maio de 2004, em Berlim, Alemanha.
Em 04.02.2008.
Fonte: Divaldo Franco
www,divaldofranco.com.br
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