Instrumento de alto significado é o verbo que
faculta a comunicação e a convivência entre as criaturas.
Jesus, o excelso Mestre, abrindo a boca enunciou as
mais belas palavras jamais ouvidas na Terra.
Tomou de um grão de mostarda, insignificante, e
transformou-o num poema de singeleza, num hino de referência à fé.
Num entardecer inesquecível, num monte bordado de
Sol poente, compôs a mais harmoniosa ode à bem-aventurança, alterando a
estrutura do pensamento sócio-psicológico e comportamental da Humanidade.
Esse poema clássico modificou os sentimentos
humanos e rompeu a cortina de sombras dos preconceitos do passado, enquanto
exaltou os humilhados e perseguidos, os abandonados e esquecidos, os esfaimados
e infelizes em geral, oferecendo-lhes a herança da paz e a fortuna do reino dos
céus.
Não, porém, a todos, pois que existem aqueles
rebeldes e vingativos que se não dispõem à transformação moral para melhor, ao
aproveitarem a nobre provação.
Com o brilho de cada palavra compôs as novas de
alegrias que permanecem como o roteiro mais seguro para a vivência da
plenitude.
Utilizou-se das paisagens iridescentes e das coisas
comuns, corriqueiras, para construir a sinfonia do Evangelho que ainda comove a
sociedade terrestre.
Viveu a paz em todos os instantes e não aceitou as
infelizes discussões dos hábeis insensatos dominadores de vidas e de
consciências.
Cada vez que enunciava a palavra havia um objetivo
nobre antes não conhecido e, sem censurar, corrigia os equivocados e desculpava
a ignorância em predomínio.
Os Seus silêncios enriqueciam de paz e de reflexão
aqueles que O acompanhavam.
Até hoje o Seu verbo sublime vem merecendo cuidados
e análises para se transformar em terapia valiosa para os enfermos do mundo.
Arrebanhou multidões com palavras simples
aureoladas de amor e todos quantos as ouviram, se não lograram penetrar-se do
seu conteúdo vêm reencarnando sob a musicalidade Divina dos Seus conceitos, que
tornam a sociedade melhor.
Nunca Lhe puderam imputar a pronúncia de uma
palavra perversa ou venenosa, vulgar ou degradante.
Todas eram elaboradas com o suave perfume da
compaixão e do entendimento.
Toma-O como exemplo, silenciando quando não possas
ajudar ou enunciando-a somente para socorrer.
*
Oradores exaltados e escritores enfermos, dominados
pelo pessimismo, têm-se utilizado da palavra para malsinar, atormentar,
promover o ódio e a perseguição, fomentar as guerras vergonhosas.
Alguns são responsáveis por crimes hediondos, como
consequência da mensagem belicosa e agressiva. Outros dizimaram vítimas
incontáveis com as suas inflamadas dissertações. Diversos deixaram uma herança
maldita de preconceitos e horrores, exteriorizando os conflitos que os
martirizaram, feridos pela inveja da pureza, da ingenuidade, dos valores
éticos.
Celebrizaram-se no mundo, que detestavam, enquanto
se locupletavam com o lucro das suas assertivas venenosas e amargas...
Arrependidos, após o despertar no Além-Túmulo,
rogam em padecimentos quase insuportáveis, o mergulho nos tecidos da miséria
orgânica ou social, econômica, na mudez ou surdez, a fim de resgatarem os
crimes, impossibilitados de pensar, no presídio carnal em que se encontram.
A palavra é neutra na sua estrutura linguística. O
uso que dela se faz, dá-lhe sentido libertador e feliz ou torna-a ácido
destrutivo que arde no íntimo daquele que a expressa.
Tem cuidado com a palavra.
Reflexiona em torno dos conceitos que emitas,
evitando que as paixões inferiores ocupem o espaço verbal, denegrindo ou
levando suspeitas em relação aos outros ou a qualquer tema. Se não conheces o
assunto, silencia e ouve. Se tens um conceito a seu respeito, mantém-te sereno
e não o expresses, especialmente se é portador de conflitos e de acusações, de
propósitos infelizes que mais perturbam do que ajudam.
Aprende a usá-la para a edificação do Bem e da
Verdade.
Os comentários infelizes e difamadores que fazes,
complicam-te o futuro espiritual em razão do prejuízo que promove.
Altera a tua óptica verbal, usando as tuas
expressões com piedade e respeito pelo outro.
Se não puderes ajudar, não perturbes, nem cries
animosidade contra o teu próximo.
Com uma palavra levanta o ânimo de alguém
alquebrado, ilumina uma consciência obscurecida, facilita a movimentação de
outrem paralisado.
O que comentas com censura não é com certeza
conforme vês e reprochas com acrimônia.
De acordo com o teu estágio evolutivo depreendes o
que se passa a tua volta, o que não significa seja isso a realidade.
A maledicência é virose terrível que envilece as
vidas.
Seja tua a palavra de bondade, que intercede a
favor, que ampara e ergue o ser infeliz às culminâncias da sua jornada.
*
Jesus e Suas palavras!
Medita nos Seus ditos e feitos, imunizando-te
contra o mal que ainda se demora em ti, transformando-o em compaixão e
solidariedade.
Ninguém na Terra incorruptível.
Somente Ele o conseguiu.
Faze tuas as palavras dEle e torna-te
bem-aventurado também.
Joanna de Ângelis.
Psicografia de Divaldo Pereira Franco, na sessão
mediúnica da noite de 23 de dezembro de 2015,
no Centro Espírita Caminho da Redenção,
em Salvador, Bahia.
Em 13.4.2016.
Psicografia de Divaldo Pereira Franco, na sessão
mediúnica da noite de 23 de dezembro de 2015,
no Centro Espírita Caminho da Redenção,
em Salvador, Bahia.
Em 13.4.2016.
Fonte:
Divaldo Franco
www.divaldofranco.com.br
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