Nos primeiros tempos apostólicos, conta-se que,
dentre os discípulos, Tadeu era dos comentaristas mais inflamados, no culto da
Boa Nova.
Certa feita, na casa de Pedro, ele se entusiasmou
na reunião.
Relacionou os imperativos da felicidade e clamou
contra os dominadores de Roma e contra os rabinos do Sinédrio.
Tocado de indisfarçável revolta, dissertou
longamente sobre a discórdia e o sofrimento reinantes no povo.
Situou a causa de tudo isso nas deficiências
políticas da época.
Depois que o discípulo muito falou, Jesus lhe
indagou:
Tadeu, como você interpreta a felicidade?
A resposta foi:
Senhor, a felicidade é a paz de todos.
O Cristo então lhe perguntou como ele se sentiria
realmente feliz.
O Apóstolo inicialmente se sentiu acanhado, mas
logo começou a falar.
Disse que atingiria a tranquilidade se pudesse
alcançar a compreensão dos outros.
Para isso, desejava que o próximo não lhe
desprezasse as intenções nobres e puras.
Admitia que, por vezes, errava.
Entretanto, ficaria contente se os que conviviam
com ele lhe reconhecessem o sincero propósito de acertar.
Respiraria abençoado júbilo se pudesse confiar nos
semelhantes.
Se deles recebesse a justa consideração de que se
sentia credor, em face da elevação de seu ideal.
Afirmou suspirar pelo respeito de todos, a fim de
poder trabalhar sem impedimentos.
Ficaria regozijado se a maledicência o esquecesse.
Vivia na expectativa da cordialidade alheia.
Pensava que o mundo seria um paraíso se as pessoas
se tratassem de acordo com o seu anseio honesto de ser acatado pelos demais.
A indiferença e a calúnia lhe doíam no coração.
Sob sua ótica, a suspeita e o sarcasmo foram
organizados pelo Espírito das trevas, para tormento geral.
A impiedade que lhe dirigiam era um genuíno fel.
A maldade se assemelhava a um fantasma de dor que
lhe ia ao encontro.
Em razão de tudo isso, seria venturoso se os
parentes, afeiçoados e conterrâneos o tratassem melhor.
Se não o buscassem pelo que aparentava ser, nas
imperfeições do corpo, mas considerassem o conteúdo de boa vontade que
conservava na alma.
Disse que ficaria satisfeito se lhe concedessem o
direito de ser feliz, conforme os ditames de sua consciência.
Resumindo, afirmou querer ser compreendido,
respeitado e estimado por todos porque, embora ainda não fosse um modelo de
perfeição, lutava para melhorar.
O Apóstolo se calou e houve um movimento geral de
curiosidade quanto à opinião do Cristo.
O Mestre fixou os olhos muito límpidos no discípulo
e falou, com franqueza e doçura:
Tadeu, você procura a alegria e a felicidade do
mundo inteiro.
Então, proceda para com os outros como deseja que
os outros procedam para com você.
Caminhando cada homem nessa mesma norma, muito em
breve estenderemos na terra as glórias do paraíso.
Pensemos nisso.
Redação do Momento Espírita, com base no
cap.19 do livro Jesus no lar, pelo Espírito Neio Lúcio,
psicografia de Francisco Cândido Xavier, ed. Feb.
Em 17.11.2012.
cap.19 do livro Jesus no lar, pelo Espírito Neio Lúcio,
psicografia de Francisco Cândido Xavier, ed. Feb.
Em 17.11.2012.
Fonte: Momento
Espírita
www.momentoespirita.com.br
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