Se algum egoísta procurar tirar vantagem da sua pessoa, apague-o da sua
lista, mas não tente desforrar-se, pois, quando a gente tenta desforrar-se,
fere mais a si próprio do que a outro indivíduo.
Estas
palavras soam como se tivessem sido proferidas por algum idealista lírico,
algum guru ou sábio desta Terra.
Mas
não foram. Esses dizeres apareceram num boletim publicado pelo Departamento de
Polícia de Milwaukee, Estados Unidos.
Como é
que ao procurar desforrar-se, você poderá ser ferido? Por diversas maneiras.
Segundo a revista Life, isso poderá arruinar até mesmo a sua
saúde.
Um
relatório publicado em matéria desse periódico afirma:
A principal característica da personalidade dos hipertensos é o ressentimento.
Quando o ressentimento é crônico – acrescenta – seguem-se a hipertensão crônica e as doenças
cardíacas.
Esta
ligação feita pelas ciências da saúde, nos dias de hoje, entre o estado da alma
e a saúde do corpo, não é nova.
As tradições orientais já haviam feito este link com
segurança, há muito tempo.
Jesus, igualmente, quando proclamou o ame aos seus inimigos ou perdoe
setenta vezes sete vezes, não estava apenas ensinando um princípio elevado
de moral.
Estava
recomendando, a todos nós, a maneira de evitarmos as doenças do coração, a
hipertensão, as úlceras do estômago e muitas outras enfermidades.
Pensemos:
será que os nossos inimigos não esfregariam as mãos de contentamento, se
soubessem que o nosso ódio por eles está nos esgotando as forças pouco a pouco?
Será
que não se deliciariam sabendo que este sentimento está nos tornando cansados e
nervosos, arruinando o nosso aspecto físico até, trazendo-nos distúrbios
cardíacos e, provavelmente, encurtando a nossa vida?
Assim,
não concedamos a eles este prazer. Preservemos a nós mesmos em primeiro lugar,
evitando a vingança e o ressentimento.
Trabalhemos
a raiva. Racionalizemos a raiva. Expurguemo-la de nossa intimidade através das
tantas maneiras existentes – que não agridem nem ao outro, nem a nós mesmos.
Mesmo
que ainda não possamos amar nossos inimigos por completo, amemos, pelo menos, a
nós mesmos.
Amemo-nos
tanto que não permitamos que os nossos inimigos controlem a nossa felicidade, a
nossa saúde, a nossa aparência.
Ou
ainda, recordando as palavras de Shakespeare:
Não esquentes uma fornalha tão quente para o teu inimigo a ponto de tu
mesmo saíres chamuscado.
A
desforra, a vingança apresenta-nos elevado custo, custo esse que não vale a
pena ser assumido.
A vendeta e a mágoa crônica são os venenos que tomamos
esperando que o outro morra.
Assim,
amemo-nos um pouco mais, preservando nossa intimidade desses verdadeiros
inimigos de nossa evolução – os vícios morais.
Redação do Momento Espírita, com base no cap. 13 do
Livro Como evitar preocupações e começar a viver,
de Dale Carnegie, ed. Companhia Editora Nacional.
Em 15.7.2016.
Livro Como evitar preocupações e começar a viver,
de Dale Carnegie, ed. Companhia Editora Nacional.
Em 15.7.2016.
Fonte:
Momento Espírita
www.momentoespirita.com.br
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