A cultura moderna imediatista e o comportamento
humano apressado são responsáveis pela falta de lealdade em nossa sociedade. As
redes sociais e outros veículos de notícias, com as exceções compreensíveis,
têm contribuído para o exibicionismo narcisista, as fugas psicológicas dos
conflitos para as apresentações fantasiosas, num insensato disputar pela fama,
mesmo que se utilizando de recursos inadequados, quando não agressivos e
vulgares.
Faz-se de tudo para tornar-se notícia, ser
comentado, invejado... Em consequência, os relacionamentos sociais são
ligeiros, sem profundidade nem significado, numa coisificação que se torna
tormentosa, especialmente no que diz respeito ao prazer: fumo, álcool, sexo em
desvario e drogas ilícitas. A correria desenfreada para as novidades não
permite os relacionamentos afetivos que tenham significado e contribuam para a
lídima união das criaturas, deixando-as sempre em suspeição, angústia e medo de
serem descartadas quando menos esperam. A lealdade desaparece sob o véu da mentira
e da malversação de valores éticos, produzindo insegurança e mal-estar.
Os sentimentos saudáveis, que constituem base de
sustentação dos afetos, apresentam-se conflitivos, e suspeitas, fundamentadas
ou não, passam a perturbar o equilíbrio mental, instalando desconfianças que
terminam em lamentáveis discussões, separações e crimes lamentáveis... O culto
ao ego e ao prazer substitui todas as outras formas de aquisição elevada, por
proporcionarem resposta imediata, enquanto os deveres em relação ao Espírito
que se é, são postergados para a quadra da velhice, ou para os dias severos das
enfermidades, quando se esperam milagres inexistentes.
Jesus proclamou o amor como solução para todos os
problemas, no entanto, eis que esse nobre desafio foi transformado em interesse
subalterno.
Aja sempre com dignidade mesmo quando aparentemente
enganado, descartado, tendo a honra de ser você aquele que é vítima, aquele que
ama.
Divaldo Pereira Franco.
Artigo publicado no jornal A Tarde,
coluna Opinião, em 16.6.2016.
Em 21.6.2016.
Artigo publicado no jornal A Tarde,
coluna Opinião, em 16.6.2016.
Em 21.6.2016.
Fonte: Divaldo Franco
www.divaldofranco.com.br
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