Ah! Se
arrependimento matasse...
O que está
implícito nesse lamento costumeiro de nossas vidas é: se o fato de estar me
arrependendo, acabasse com minha vida agora, eu estaria morto.
Como ainda
consideramos, erroneamente, a morte como o que de pior pode nos acontecer,
associamos algo de muito ruim a ela. Nesse caso, o arrependimento.
Não gostamos de
ter feito algo e depois nos arrependermos, essa é a verdade.
Se pudéssemos
voltar atrás, voltaríamos. Se pudéssemos fazer diferente, faríamos.
Por isso nos
penitenciamos, nos autoculpamos e alguns até nos autoflagelamos – lembrando dos
que agridem a si mesmos, nessas circunstâncias.
Precisamos, porém,
modificar nossa maneira de pensar.
Arrependimento é
bom. Muito bom. Arrepender-se é abrir-se para o bem.
Só quando
descobrimos que erramos é que podemos iniciar a ação reparadora.
Só quando
descobrimos onde falhamos é que podemos estudar como conseguiremos melhorar na
próxima oportunidade.
Aquele que nunca
se arrepende está ainda cego, iludido, vagando por uma realidade por vezes
muito frágil.
Aquele que não se
arrepende permanece na letargia do
primarismo com a consciência adormecida, vivendo o período do pensamento
instintivo.
Nele predomina a
herança da fase inicial de que ainda não se libertou, ou que prefere
não superar.
Notemos que, por
vezes, quando estamos numa dessas situações do se arrependimento
matasse, estamos encarando um acontecimento inevitável que, num primeiro
momento, não parece bom. No entanto, ainda faz parte da escola desse mundo.
Criamos
expectativas falsas de esperar resultados maravilhosos de onde eles nunca
viriam de qualquer jeito.
Arrependimento, de
todas as formas, é aprendizado, é autoconhecimento, pois identificar algo que,
numa outra situação, faríamos diferente, é muito importante.
Deveríamos ter
conosco, nesses momentos, um instrumento de gravação ou de anotação, para
registrar, com todas as letras e sons, as impressões e sentimentos, e não mais
seguirmos por aquele caminho.
É o primeiro passo
rumo à possibilidade da reparação, que é o ajuste, o conserto. Colocar no lugar
o que nós mesmos tiramos.
Se tratamos mal
alguém e nos arrependemos, imaginando que poderíamos ter escolhido melhor as
palavras, que poderíamos ter utilizado um tom um pouco mais ameno, a reparação
deve se dar na forma de um pedido sincero de desculpas, um reconhecimento do
excesso cometido.
Também podemos
oferecer algum gesto a mais de generosidade para essa pessoa. Devemos sempre
pensar em substituir um mal que fizemos por um bem.
Esse é apenas um
exemplo. Cada um de nós encontrará a sua maneira, como o coração sentir e
indicar.
*
* *
Conhecendo a
realidade, cultivemos a coragem de identificar o erro,
de nos arrependermos dele e, ato contínuo, façamos a
reparação.
Com a mente
elevada às fontes sublimes da vida, desfrutemos emoções
e pensamentos ideais, que nos auxiliarão a não errar. Mas, se
tal acontecer, eles ajudarão a nos arrependermos e recompormos,
reparando qualquer mal que tenhamosfeito, liberando-nos assim
da culpa.
Redação do Momento
Espírita,
com base no cap.
9, do livro
Desperte e seja feliz,
Desperte e seja feliz,
pelo Espírito
Joanna de Ângelis,
psicografia de Divaldo Pereira Franco,
psicografia de Divaldo Pereira Franco,
ed. LEAL.
Em 28.8.2017.
Em 28.8.2017.
Fonte: Momento Espírita
www.momento.com.br
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