Meu vizinho pintou
a casa. O telhado passou por uma rigorosa limpeza e posterior cobertura
protetora. Ficou lindo, brilhando.
O muro mereceu
tratamento específico e realçou as cores da própria casa.
A rua ganhou nova
vida. Interessante! Bastou a ação de um homem para enriquecer toda a quadra.
E não houve quem
não parasse para admirar e elogiar o conjunto final.
Enquanto se ouvem
relatos de bombas que consomem vidas e destroem patrimônios públicos, meu
vizinho trata de embelezar o local onde reside.
É um homem de fé,
embora, talvez, nem se dê conta. Ele tem fé no futuro. E o prepara. Prepara a
casa para si, para os filhos, para os netos.
Normalmente,
pensamos que homens de fé são somente os religiosos ou aqueles que, de alguma
forma, comparecem de forma assídua aos templos.
No entanto, toda
vez que nos devotamos a contribuir com a beleza, estamos colaborando para
tornar este mundo melhor.
Isso tem ares de
religiosidade, esse sentimento do sagrado, que se reflete na cultura do belo,
do bom, do útil.
Sagrada é a vida.
Sagrados são os valores altruístas. Por extensão, sagrado tudo que é produto do
trabalho do homem, no intuito de oferecer seu melhor.
Afinal, quem não
se alegra em passar pela rua e encontrar casas bem pintadas, jardins
encantadores, nos quais as flores disputam beleza entre os canteiros, exalando
seu perfume?
Isso é a
construção do mundo novo. Mundo em que todos nos empenhamos em produzir o bem
para o próximo.
Bem que pode se
traduzir na semeadura de um jardim que cause admiração e encantamento a quem o
veja. E que se inebrie com seus perfumes.
Um mundo em que
somente se terá em mente destruir se for para substituir por algo melhor, mais
harmonioso.
Que se pense e se
criem espaços para convivência das pessoas. Espaços em que as crianças possam
ser deixadas a brincar sem medo.
Em que os idosos
possam tomar sol, passear pelas alamedas, encontrar amigos, sorrir, viver.
Um mundo em que
possamos parar para pensar em cores novas para as cortinas, em aparar a grama,
em programar a chegada de um bebê, em decidir em família por um passeio
prolongado no feriado que se aproxima.
Tempo para viver.
Tempo para amar.
*
* *
Entre tantos
compromissos que nos tomam as horas, importante parar um pouco e nos
indagarmos: Como estamos colaborando para o mundo novo?
Colaboramos com
coloridos renovados, contribuímos com o meio ambiente, nos relacionamos bem com
a família, os colegas, os amigos?
Sou um promotor da
paz ou da intranquilidade? Sou o portador de notícias sempre ruins,
ameaçadoras?
Sou aquele que
fala da queda da bolsa, da corrupção que anda à solta, do acidente que ceifou
vidas?
Ou sou o repórter
das notas que falam de jovens vencedores em concursos de ciências; de mulheres
que se fizeram mães da carne alheia; de devotados cientistas em pesquisa para a
cura de doenças que atormentam a espécie humana?
Se nos
descobrirmos como arautos do mal, tornemo-nos pesquisadores das boas notícias,
de tudo que engrandece o ser humano, de tudo que tantos estão realizando para
acelerar a chegada do mundo da Nova Era.
Pensemos nisso e
ajudemos a construí-lo.
Redação
do Momento Espírita.
Em 11.8.2017.
Em 11.8.2017.
Fonte: Momento Espírita
www.momento.com.br
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