Todos os dias, antes das seis da manhã, Francisco
Toda se encontra na lida diária.
De rastelo na mão, adotou um terreno baldio,
próximo à sua casa, que ele próprio transformou em jardim, em uma metrópole
brasileira.
O incansável idoso, de oitenta e dois anos, dedica
em torno de três horas diárias de seu tempo, a fim de deixar o local cada dia
mais florido. Zeloso, também mantém limpas as calçadas próximas.
Eu tenho um lema: viver, amar, ser amado, ser
reconhecido e ser útil, afirma o gentil descendente
de japoneses, de boa conversa e sempre bem-disposto.
No jardim, ele plantou rosas, hortências e dálias,
além de uma exuberante costela-de-adão. Há também uma horta com couve-manteiga,
cheiro-verde e hortelã.
Dedicado, o jardineiro construiu uma pequena mesa e
quatro cadeiras de madeira, além de um balanço para as crianças.
Quero também fazer um escorregador,
afirma ele, que tem o costume de deixar suas ferramentas no próprio jardim.
Já comprei o terceiro rastelo. Os dois primeiros,
levaram. Gosto de pensar que quem os levou está fazendo limpeza em outro lugar,
revela, risonho.
*
* *
Das mãos do Divino Jardineiro, as sementes da vida
são dispersas, sempre e sem cessar.
Ao nos criar, lançando-nos na terra fecunda de Sua
obra, quis Ele nos oportunizar sermos jardineiros também.
A cada um de nós concedeu um terreno especial, na
própria intimidade. Atentos, contemplemos o horto que há em nossa paisagem
interior.
Estamos cuidando bem dele? O que estamos semeando?
As exuberantes flores e os saborosos frutos que
nascem em nossos jardins e que hoje colhemos resultam das boas sementes que, no
passado, optamos por plantar.
De igual forma, as ervas daninhas que neles
despontam são consequência do nosso descuido, das nossas más escolhas.
Um jardineiro atento continuamente observa a terra
que cultiva. Colhe os bons frutos, inebria-se com o doce perfume das flores.
Não esquece, porém, de arrancar as ervas daninhas,
os frutos amargos, lançando fora as sementes impróprias.
Temos todas as sementes ao nosso dispor, de todas
as qualidades e tipos.
Sementes de amor, de perdão, de gratidão, de fé, de
gentileza.
Também sementes de ira, de ódio, de vaidade, de
egoísmo, de orgulho.
A terra de nossos corações é fértil e receptiva às
sementes que nela plantamos. Plantando amor, teremos um jardim colorido, vivo,
de uma paz sublime e duradoura.
Plantando ódio, orgulho, vaidade, nosso jardim
interior será paisagem cinzenta, fria, desarmoniosa.
* * *
O Divino Jardineiro é infinitamente justo e bom.
Por Sua justiça, outorga-nos a responsabilidade de
colhermos os frutos que livremente decidimos semear.
Por Sua bondade, concede-nos diariamente a
oportunidade de lançarmos fora os frutos ruins, repensarmos as nossas escolhas
e renovarmos nosso jardim.
Quais sementes desejamos lançar à terra? Quais
frutos desejamos colher?
Pensemos nisso e escolhamos sempre as melhores
opções.
Redação do Momento Espírita,
com
base em biografia de Francisco Toda.
Em 6.3.2018.
base em biografia de Francisco Toda.
Em 6.3.2018.
Fonte: Momento
Espírita
www.momento.com.br
Com
Luz, Amor e gratidão
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