Envolvo-a
em ternura e gratidão, mãezinha querida. Revejo-a, cansada e estoica, no
anonimato da sua abnegação, vigilante no culto dos deveres assumidos com
alegria, verdadeiro anjo do lar, onde tivemos a oportunidade de renascer.
A
sua renúncia facultou-nos o retorno à carne, auxiliando-nos no crescimento para
Deus.
Você
deu-nos à luz do exemplo, em contínuas demonstrações de fé e de trabalho,
através das quais forjamos o caráter e desenvolvemos os sentimentos de amor e
de beleza.
Quanto
mais você se apagou, a fim de que brilhassem os seus filhos, mais estelar foi a
sua luminosidade, que permanece vencendo a noite do tempo como roteiro feliz
para nós outros, frutos do seu devotamento.
Modelo
maternal, você hauriu forças no exemplo da Mãe de Jesus, que prossegue como
lição viva e inexaurível para todas as mulheres, convidando-nos à santificação
pelo amor.
No
momento em que os camartelos do progresso tecnológico, acionados pelo
utilitarismo, destroem muitos valores, exibindo as suas conquistas e glórias de
enganoso prazer, a maternidade sofre ultrajes dantes jamais imaginados.
A
liberdade para a mulher e os seus justos direitos são arrojados nas valas da
libertinagem e das licenças perniciosas, em nome de perniciosos ideais de
felicidade.
O
aborto campeia desenfreado, procurando cidadania legal, e os descalabros do
sexo dão gêneses a loucuras de largo porte, que demonstram a falência da ética
moderna.
Nesse
desconcerto, no entanto, sob as mais graves injunções, a figura de mãe assoma
soberana, descortinando um futuro melhor para a Humanidade.
Muitos
não lhe dão valor, enquanto a têm, vindo a lamentar depois.
Diversos
lhe envinagram as horas, para arrepender-se, mais tarde.
Vários
a desprezam hoje, a fim de sofrerem remorsos acerbos posteriormente...
No
corpo ou fora dele, a devoção maternal, no entanto, vela e ora, na esperança de
que os seus filhos logrem ventura e paz, de que talvez ela não participe,
felicitando-se, a distância, com o júbilo deles.
...Enquanto
haja mães na Terra, Deus estará abençoando o homem com a oportunidade de
atingir a meta da perfeição que lhe cabe.
Por
esta razão, pelo que você é, mamãe, eu lhe louvo a maternidade que me trouxer
de volta ao mundo para o milagre da evolução.
Amélia Rodrigues
Psicografia de Divaldo Pereira Franco.
Em 11.8.2015.
Psicografia de Divaldo Pereira Franco.
Em 11.8.2015.
Fonte: Divaldo
Franco
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