É bastante conhecida a passagem evangélica na
qual Jesus afirma: Pedi e recebereis.
Não é possível ver em tal afirmativa a negação
da lei do trabalho.
Pedir não significa a mera formulação de
cômodas e insensatas rogativas.
Quem pede precisa fazer a sua parte, a fim de
merecer o auxílio Divino.
Não é viável acreditar que a fé e o pedir
eximam o homem de seus deveres materiais.
Afinal, quem deseja seguir o Cristo necessita
carregar a própria cruz.
As dificuldades inerentes ao viver burilam e
fortalecem o caráter.
O estudo desenvolve a inteligência.
O trabalho bem desempenhado permite o amealhar
de variadas virtudes, como disciplina e paciência.
Desde o princípio, os cristãos são chamados a
dar o testemunho de sua fé.
Durante algum tempo, o ato de testemunhar
implicou abrir mão da vida física.
O cristianismo desviou o foco das expectativas
religiosas, que deixaram de se cingir à vida terrena.
Não se tratava mais de cumprir preceitos para
viver longo tempo ou triunfar em questões materiais.
Mediante as palavras do Cristo, começou a se
disseminar a ideia de vida futura, após a morte física.
Em tempos de ignorância e crueldade, os
cristãos demonstravam o vigor de sua fé no martírio.
Enfrentavam a morte no circo das feras entoando
cânticos de louvor.
Atestavam sua fé na vida futura com a
disposição de abdicar da existência física por um ideal.
Esse corajoso proceder não deixou de produzir
frutos.
Era impossível deixar de se impressionar com
tais espetáculos de coragem.
Pouco a pouco, o cristianismo ganhou o mundo e
o testemunho mudou de forma.
Hoje não é mais necessário morrer pela fé.
O desafio atual é viver o ideal cristão.
Não se trata de dar a vida em um instante, em
um espetáculo sangrento.
Cuida-se de viver com dignidade longos anos,
sem se corromper, sem odiar, sem se agastar com a maldade alheia.
Ninguém cogita de menosprezar a coragem dos
primeiros cristãos.
Mas a tarefa atual não é menos importante e
difícil.
A todo instante, os convites do mundo surgem
sedutores.
Os exemplos de desonestidade campeiam.
Levar vantagem parece quase normal.
A vulgaridade no vestir e no falar tornam-se um
padrão.
A sexualidade desvairada e inconsequente
contamina e banaliza as relações.
Sob a justificativa de carência, as pessoas se
permitem indignidades sem nome.
É preciso coragem e perseverança para ser
diferente.
Para permanecer puro em meio à podridão.
Para ser honesto e não buscar vantagens
indevidas.
Para não odiar quem semeia desgraças e
violências.
Para cumprir o próprio dever sem titubear,
independentemente do que fazem os outros.
É preciso muita fibra moral para seguir os
exemplos do Cristo.
Em meio às dificuldades inerentes ao viver
cristão, surgem consoladoras as palavras do Messias Divino: Pedi e recebereis.
A quem se esforçar com sinceridade para vencer
as tentações mundanas, não faltará auxílio.
Ciente disso, faça a sua parte.
Esforce-se sinceramente em ser puro,
trabalhador, honrado e generoso.
E conte com o auxílio Divino para vencer todas
as tentações.
Redação do Momento Espírita.
Em 8.9.2017.
Website: Momento Espírita
www.momento.com.br
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