Conta uma fábula que, em um país distante e
montanhoso, um lago e um riacho viviam lado a lado.
O lago ficava no pé da montanha e o riacho descia
de um ponto mais alto.
O lago muito orgulhoso dizia ao pequeno rio: Veja
como sou grande e bonito.
Sim, respondia o
riacho, você deve ter muitos amigos, pois pode dar de suas águas para
quem queira beber. Eu ainda sou tão pequeno!
O lago respondeu que se desse de suas águas para
todos que dela necessitassem, se tornaria menor.
Um dia, um cabrito se aproximou para beber água, e
o lago o expulsou.
O riacho, penalizado, chamou-o e, mesmo tendo pouca
água, ofereceu-a para lhe matar a sede.
Mais tarde, um bando de andorinhas pediu água ao
lago, que tornou a negá-la.
O riacho, vendo-as cansadas, ofereceu-lhes das suas
águas, e elas beberam felizes.
Em um dia muito quente, um rato pediu ao lago que
espalhasse suas águas para que chegassem até onde se encontrava um coelho com a
pata quebrada, e que padecia muita sede.
Nada tenho com isso, disse
o lago, recusando-se.
O riacho desejava ajudar mas suas águas não
alcançavam o local onde se encontrava o animal ferido.
Teve então a ideia de pedir à montanha que deixasse
a neve do seu topo derreter, permitindo que as águas viessem até ele para que
pudesse auxiliar o coelho.
A montanha atendeu o pedido e o riacho pôde ajudar
a quem desejava.
Com o calor que se fez durante muitos dias, o lago
foi secando. Diminuiu tanto até se transformar em um pântano.
Por sua vez, com a neve que derretia e agora o
alimentava, o riacho se tornou um grande rio, oferecendo-se a todos que se
aproximassem de suas margens.
Os animais da floresta, agradecidos, lhe diziam que
fora o seu desejo de ajudar aos outros que o tornara tão grande.
* * *
Recebemos alertas constantes para o fato de que
temos que plantar para colher, temos que doar para receber.
Um cântico nos ensina que é amando que somos
amados, e é dando que recebemos.
Jesus já nos advertira de que a cada um
seria dado conforme suas obras.
E a Doutrina Espírita, demonstrando a lei de causa
e efeito, nos convida a refletirmos sobre o Amor Divino e Sua Justiça.
Essa lei nos ensina a agir em concordância com o
amor.
Como no Universo tudo se encontra intimamente
interligado, todas as ações desencadeiam reações de igual intensidade.
Deus, que é Pai de Amor e Justiça, determinou que
nada nos ocorreria fora de Suas sábias leis.
Por isso, somos os únicos responsáveis pelos
acontecimentos que ocorrem em nossas vidas.
Sejam eles bons ou maus, fomos nós quem os criamos
com nossas ações anteriores.
Se analisarmos o que nos acontece hoje, poderemos
ter ideia aproximada da nossa semeadura do ontem.
Mesmo que não recordemos, de forma consciente, por
ter sido efetuado em outras vidas, a colheita se faz na exata medida do nosso
plantio.
É através dessa lei, que determina que cada um
colhe do que semeia, que podemos compreender a razão dos nossos sofrimentos.
Deus nos concede a liberdade de escolha na hora de
agir. Se a utilizarmos de forma responsável, teremos colheitas positivas a nos
enriquecer a vida.
E, por ser Deus Pai de Amor e Justiça, conforme nos
ensinou Jesus, cada um de nós recebe de acordo com as suas ações, com a sua
semeadura.
Redação do Momento Espírita,
com base
na fábula O lago e o riacho, de Esopo.
Em 30.9.2017.
na fábula O lago e o riacho, de Esopo.
Em 30.9.2017.
Fonte: Momento Espírita
www.momento.com.br
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