Conta-se que um
velho guerreiro, admirado e respeitado por todos de sua tribo, era
frequentemente consultado pelos seus.
Certo dia, um
jovem de seu clã, ansioso por galgar o mesmo sucesso do velho, foi ter com ele,
desejando beber de sua sabedoria.
Venerável ancião,
disse o moço, busco compreender quais as melhores lições que a vida vos
ofereceu.
Guerreastes em
muitos campos de batalha, enfrentastes destemido os mais audaciosos adversários,
demonstrando coragem e bravura.
Fostes o maior
líder de nosso povo, e sob vossa égide conquistamos paz e soberania.
Assim, desejo
saber qual a maior lição que pudestes aprender em vosso caminhar.
Meu caro jovem,
redarguiu o velho líder, após tantas lutas, tantos enfrentamentos,
digo-lhe apenas uma coisa: O grande segredo da vida não é lutar pelas nossas
diferenças, mas sim unirmo-nos pelo que temos em comum.
Não importa se
somos dessa ou daquela etnia, se somos branco, índio ou negro.
Antes de tudo,
temos que nos entender porque somos gente, homens e mulheres, sem diferença
nenhuma quando vistos por dentro.
*
* *
A lição do
guerreiro é considerável. Em um meio onde as ideologias partidárias, as
diferenças, brigas e os antagonismos são a tônica dos relacionamentos em nossa
sociedade, ele nos orienta a que busquemos nos unir em torno do que temos em
comum.
Ideal seria que
dessa forma acontecesse conosco em sociedade.
É natural que
existam pessoas que tenham uma ideologia política diferente da nossa.
Nem todos temos a
mesma orientação sexual a nos conduzir a vida.
Educamos nossos
filhos de maneira diferente.
Votamos em
candidatos distintos e torcemos para times contrários.
Temos gostos
musicais dos mais variados. E escolhemos essa ou aquela religião para alimentar
nossa Espiritualidade.
Mas isso tudo é
secundário. Antes de tudo, somos irmãos.
Somos todos
Espíritos reencarnados, navegando em um corpo físico, buscando superar nossas
dificuldades, enfrentar a nós mesmos, dando conta das responsabilidades que nos
cabem no mundo.
Assim, se alguém
nos enfrenta com suas opiniões, compreendamos.
Se alguém precisa
convencer a outrem sobre suas próprias opiniões, é porque talvez ainda esteja
inseguro delas.
Se outrem nos
procura para conduzir-nos às suas crenças, tenhamos paciência.
Muitas vezes, a
estreiteza imposta a eles os impede de perceber que o caminho pouco importa,
quando se tem claro o destino.
Com os luminares
espirituais aprendemos que toda doutrina, mesmo parcialmente equivocada, é
digna de respeito, desde que conduza as pessoas ao bem.
Assim, no
agrupamento que estejamos, evitemos as polarizações, seja qual for o tema.
Tolerar é
compreender que, no limite daquilo que é legal e ético, temos direito de agir
conforme os ditames da consciência.
E o maior exemplo
de tolerância nos oferece Deus, quando nos permite que usemos nosso
livre-arbítrio.
Na Sua tolerância
Divina, Ele sabe que nossos erros e opções, nem sempre acertadas, são caminhos
de aprendizado e amadurecimento.
Redação do Momento
Espírita.
Em 29.8.2017.
Em 29.8.2017.
Fonte: Momento Espírita
www.momento.com.br
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