Desde
pequena admirava a mãe pelos seus muitos talentos.
Ela
era carinhosa, atenciosa com tudo e com todos.
Preparava
pratos deliciosos, pães, bolos e doces especiais.
Costurava,
bordava e tricotava com esmero, tanto para os seus como para doação às crianças
necessitadas.
Trazia
nos lábios palavras de simpatia e amor.
Mas
havia uma pessoa que parecia não perceber toda essa dedicação.
Era
seu pai. Nunca estava satisfeito com o que ela fazia.
A
menina via que a participação do pai em casa se resumia na manutenção material,
dizendo que o resto não era sua obrigação.
Adolescente
e mais consciente da realidade da vida, perguntou à mãe porque se casara com
seu pai, e como conseguia aguentá-lo.
A
mãe a abraçou e, em tom de brincadeira, disse sorrindo que: O amor é cego.
Depois completou: Minha filha, Deus tem suas formas de unir aqueles que
precisam se ajudar, para juntos evoluírem.
Acentuou
que o pai tinha suas qualidades. Precisava, somente, adentrar um pouco pelo
campo do sentimento.
Como
tivera uma educação rígida, natural que se portasse daquela forma.
Enfatizou
que ele deveria ser reconhecido pelo sustento do lar, graças ao qual a ela
sobravam horas para acompanhar de perto os filhos.
Confessou
que gostaria de ver seu marido mais participativo em casa. Contava que, agora,
os filhos crescidos a pudessem auxiliar nisso.
Quem
sabe, falou, se todos procurássemos envolvê-lo nos nossos diálogos, na busca de
soluções para as nossas dificuldades, conseguiríamos despertá-lo para um
envolvimento maior, alcançando o objetivo que desejamos.
Acalmou
a filha, destacando o cuidado que devemos ter com certas cobranças, porque cada
um só pode dar o que tem.
* * *
As
qualidades pessoais estão relacionadas ao grau de crescimento espiritual.
Quando
ainda preso aos chamados materiais, o ser não registra devidamente o âmbito
ético e sentimental.
As
ideias estão muito restritas à vida física, às sensações e aos sentimentos
rudimentares.
Nessa
fase é comum acreditar que o importante na vida é trabalhar para satisfazer os
instintos primários, comer, beber, procriar.
* * *
Sendo
Deus Pai de amor e justiça oferece chances de aperfeiçoamento para todos os
filhos Seus.
A
maior oportunidade se faz quando renascemos e vivemos em família, na qual os
que sabem ensinam os que ainda não aprenderam.
Por
isso, Deus estabelece que nas famílias haja almas dedicadas que auxiliam a
caminhada dos demais.
São
familiares que convivem, oferecendo exemplos altruístas, positivos.
São
os que já conseguem vislumbrar a realidade espiritual da vida e se esforçam por
viver sob essa perspectiva de crescimento.
Renunciam
aos prazeres da Terra, se resignam com as dores, mas não abandonam amores que
deles necessitam.
Assim
como os bons Espíritos inspiram boas ideias, essas criaturas nos ensinam como
viver melhor.
Sentem-se
felizes com a nossa felicidade.
Realizam-se
com a nossa realização.
Seus
exemplos de paciência e de amor devem sempre ser valorizados, porque esses
oferecem o que têm.
Redação do Momento Espírita.
Em 9.12.2017.
Fonte: Momento Espírita
www.momento.com.br
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