O Rei Salomão no BRASIL, na TERRA DE OPHIR-Final.
Cândido Costa Prossegue sua explanação lembrando que Hiram
enviou ao Rei Salomão marinheiros fenícios experimentados: Como
se verá mais tarde, a frota de Ophir nunca voltaria ao Mar Vermelho. Passando
pelo Cabo africano, ela se reunira no oceano Atlântico com a frota de Hiram,
que saíra do Mediterrâneo.
Entre os trabalhos que tentam retirar o véu sobre a
verdadeira identidade das ricas localidades bíblicas de Ophir, Parvaim e Tarschisch destacamos este do senhor Cândido Costa, publicado em 1900…
… Ele baseou-se no estudo filológico das antigas línguas
européias e asiáticas, bem como a língua quichua ou dos Antis, do Peru , a qual ainda se falava, pelo menos em 1900, na Bacia superior do Rio Amazonas.
“Nos Paralípomenos, liv. 2, cap. 3, v.6, conta-se que
Salomão adornou sua casa com belas pedras preciosas, e que o ouro era de Parvaim (…) Parvaim é pronuncia
alterada de Paruim.
A terminação im nos dá o plural em hebraico (como em El=deus,
Elohim=deuses); vem acrescentado
a Paru porque
efetivamente existem, na bacia superior do rio Amazonas, no território Oriental
do Peru, dois rios auríferos, um com o nome de Paru,
outro com o de Apu-Paru, o rico Paru, e que unem suas águas para se confundirem
no Ucayali. Os dois rios Paru e Apu-Paru fazem, no plural Paru-im.
Outro nome hebraico é o de um antigo império de nome Inin
(crente ou de fé), também no Peru. O rio Amazonas, desde a embocadura
do Ucayali até a foz
do Rio Negro, em Manaus, se chama Solimões:
não é nem mais nem menos que o próprio nome do Rei Salomão (em hebraico Solima e em
árabe Suleiman), dado ao rio Amazonas pela frota
do grande rei. Os cronistas da conquista do rio das Amazonas contam que a
oeste da província do Pará existia uma grande tribo com o nome de Soliman, que
era o nome do rio; pois na América as correntes d’água tiram seus nomes das
tribos que as habitam.
Daí também os portugueses fizeram uso do nome Solimões por
hábito de lingüística. Essa
colônia fenícia-hebraica teve uma duração temporária assaz longa, pois as
viagens trienais dos navios de Salomão e de Hiram se renovaram várias vezes.
Provavelmente não foi abandonada à própria sorte senão no reinado de Josaphat,
rei de Judá , no tempo em que os cartagineses não permitiam a nação alguma sair
do mediterrâneo. Eis porque Josaphat quis mandar sair do Mar Vermelho para
essas mesmas regiões uma frota equipada, conjuntamente com Ochozias, rei de
Israel. Porém um temporal hediondo a destruiu completamente (p.116).
Passamos a Ophir, lugar tão celebrado por suas riquezas.
Devemos lembrar aqui que filólogos acreditaram poder fazer
que prevalecesse o nome de Abiria por ter sido a Ophir da Bíblia. Todavia,
levaremos em consideração os seguintes fatos: Primeiro, o nome da Abiria é a
tradução latina do vocábulo grego sabeiria, tomado da geografia de Ptolomeu,
livro 7, cap. 1. A licença do tradutor é tão grande quanto censurável.
Em segundo lugar, Sabeiria achava-se localizada na parte ocidental da
Índia, que chamavam Indo-Scitia. Porém é reconhecido que a Índia, mormente na parte
Ocidental, nunca produziu ouro para o comércio; pelo contrário, os egípcios e
os árabes ali o traziam, para o trocar por tecidos de lã e de algodão.
Assim
a hipótese de que sabeiria fosse o Ophir da Bíblia cai por terra. Estevão
Quatremere também não admite que Ophir tenha sido colocado no Golfo Arábico, na
Arábia feliz, nem em parte alguma da Índia, Ceilão, Sumatra, Borneo ou ponto
algum do extremo oriente, pela razão muito simples de que os navios de salomão
e de Hiram gastavam 3 anos e meio em cada viagem dessas.
Porém
Quatremere cai no próprio erro daqueles que combate, pois que coloca Ophir em
Soplah, na costa oriental da África. Para fortalecer sua hipótese, Quatremere
não hesita na escolha dos meios: assim é que, por não achar pavões na África,
quer que os pássaros chamados Tulens na Bíblia sejam periquitos ou picotas”.
(Cândido Costa, op. Cit. p. 117).
No cap I do livro I dos Reis , v.11, acha-se escrito Ophir em
língua hebraica de dois modos Apir e Aypir, e no cap. 9, v. 28 lê-se Aypira na
Bíblia. Em resumo, nada se opõe que o Aypira da Bíblia tenha vindo do nome
do rio Yapur: onde o Y significa água, ou seja, “água ou rio de Apir ou
Ophir”. Eis porque a região de Ophir é essa que atravessa o rio Yapurá, HOJE CONHECIDO COMO O RIO JAPURA, houve a troca do Y pelo J, que em hebraico são a mesma letra.
“O desaparecimento das frotas de Salomão e Hiram por 3 anos,
a cada viajem que faziam, se acha agora explicada, pois elas estacionavam no
rio que tinha o nome do Grande Rei. Se estas compridas estações, várias vezes
repetidas, houvesem sido feitas em qualquer ponto do antigo continente, a
tradição ou a história não teriam deixado de no-la transmitir.
(Livro I Reis 9,10,11,22, e Paralipomenos liv2, cap.9 v.21
v. 10,11)
- Segundo a Bíblia, “Salomão conhecia todas as sabedorias do Egito (que eram derivadas de Atlântida). Em 960 a.C., Salomão começa a construção do templo de Jerusalém;
- Patrocinados por Salomão, os fenícios se tornaram os primeiros dominantes do mar, abrindo agências comerciais por toda parte: Creta, Malta, Sicília, Cartago, Cádiz, Marselha, Inglaterra e Países Nórdicos;
- Salomão tornou-se o homem mais rico do mundo durante o seu reinado. Tinha 700 mulheres e 300 concubinas;
- Em 930 a.C. ocorreu a cisão do reino hebreu entre Judá e Israel. Foi um período de constantes lutas internas entre Judá e as tribos do Norte;
- A situação chegou a tal ponto que Jeroboam, Ben-Nebat, seu filho, tentou um Golpe de Estado.
- Em 928 a.C. morre o Rei Salomão e assume Rehoboam, seu filho, que, por falta de tato político, fracassa o acordo com as tribos de Israel. Jeroboan refugia-se no Egito (Delta do Nilo), onde o Faraó Seshonki o recebe na corte dando como esposa uma de suas filhas.
- O ambiente torna-se propício para o retorno de Jeroboam, apoiado pelo Faraó que retorna e é aclamado Rei de Israel. A Rehoboam fica as tribos de Judá e Benjamim, com as quais Rehoboam funda o Reino de Judá, tomando por capital, Jerusalém. E desde então as terras de Ophir e suas riquezas entram no esquecimento do povo de Israel.
AS INSCRIÇÕES FENÍCIAS NA PARAíBA:
Uma moeda fenícia
encontrada no litoral brasileiro.
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Aparentemente a pedra se perdeu, mas a inscrição permaneceu em cópia. Agora a controvérsia reacendeu-se. Apareceu um novo
protagonista sustentando a origem fenícia da inscrição. Ë o Dr. Cyrus H. Gordon
da Universidade Brandeis (de Waltham, Massachusetts). Dois fatores
surgiram para reascender a controvérsia:
Um provém de que novas descobertas na escrita fenícia
demonstram, segundo o Dr. Gordon, que o uso das palavras na inscrição da pedra
da Paraíba está correto, contrariamente aos juízos anteriores
bem menos informados.
O
outro fato foi a descoberta, pelo Dr. Jules Piccus , da Universidade de
Massachusetts, em Amberst, de uma caderneta de notas que pertencera a
Willbeforce Eames, um dos administradores (ou conservadores-chefe) da New York
Public Library, do século XIX. Nesta caderneta encontrava-se uma carta
de 31 de janeiro de 1874, destinada a Mr. Eames pelo professor Neto.
O Dr. Piccus mostrou esta carta ao Dr. Gordon. Este concluiu
daí que a transcrição dos caracteres na carta era mais plausível que a versão
“definitiva” precedente, publicada em 1899. A seguir um barco fenício Trirreme Carpássio, para viagens
oceânicas de longo curso, um modelo dos tantos barcos fenícios existentes no
século X a.C.
A controvérsia prosseguiu, portanto, até o momento, sem
prestar atenção visível a outras inscrições tidas por fenícias encontradas no
Brasil. Igualmente em 1872, um engenheiro chamado Francisco Pinto
dizia ter descoberto inscrições em mais de 20 cavernas na selva
brasileira; ao todo cerca de 250 inscrições. À convite do governo
brasileiro, o filólogo alemão, Ludwig Schoenhagen veio ao Brasil, estudou as inscrições
durante 15 anos e declarou-as fenícias. Nos anos de 1880, o francês
Ernest Renan afirma também ter descoberto outras inscrições fenícias.
No
início deste século, um industrial afastado de seus negócios, Bernardo da Silva
Ramos, pretendeu ter descoberto mais de 2.800 inscrições em pedras ao longo do
curso do Amazonas. Um rabino de Manaus declarou que, em sua opinião, estas
inscrições eram fenícias. As obras ou artigos de Bernardo Ramos a respeito
deste assunto parecem, em verdade, ter sido ignoradas.
Considera-se,
geralmente, que os fenícios também atingiram o Arquipélago dos Açores. Em
Corvo, a mais ocidental destas ilhas , afirma-se que se teriam descoberto
moedas cartaginesas ( em 1749); rumores persistentes, embora obscuros da
existência de ruínas fenícias; descoberta feita, quando os portugueses aí
chegaram, de “uma estátua eqüestre apontando para o Ocidente” a qual, sendo
verdadeira, foi destruída após muito tempo.
Consideremos
que conviria prestar atenção nestas possíveis confirmações da presença fenícia
no Novo Mundo. Extratos de “Autenticidade do texto fenício da Paraíba” , pelo
Dr. Cyrus H. Gordon da Universidade Brandeis , nos Orientalis de Roma , vol. 37
( 1968 ) pág. 75. As singularidades lingüísticas que lançaram dúvidas
sobre o texto vêm, pelo contrário, apoiar sua autenticidade. Nenhum falsário
conheceria suficientemente as línguas semíticas para compor tal documento, não
cometendo erros senão aparentes. Agora que um século se passou, é evidente que
texto é autêntico, porque inscrições fenícias, ugaríticas e em
outras línguas semíticas do noroeste, põe-nos frente aos mesmos “erros”.
Å
demonstração da autenticidade da inscrição da Paraíba
não significa que todos os problemas estejam resolvidos e que todas as palavras
e todas as construções de frases estejam definitiva e perfeitamente
interpretadas. Todavia, o texto não é mais difícil nem mais anormal que o
resto do texto fenício conhecidos. A importância desta inscrição provém de sua
significação histórica. Uma ilustre estudiosa de assuntos colombianos declarou
no começo deste século:
Mas
a crescente massa de provas que confirma esta tese, isolada no
ostracismo, não deixa nenhuma dúvida quanto à justeza de sua conclusão, como
acabamos de expor. Sua aceitação pelos americanistas e historiadores
deverá preceder-se pelo reconhecimento da autencidade da inscrição da Paraíba
pelos semitistas. E tudo o mais se ajustará. (O Dr. Gordon talvez
seja otimista demais quanto a coisas que se ajustam por si mesma,
especialmente se americanistas e historiadores imaginarem-se humilhados por um
simples lingüista… infelizmente os ciúmes entre disciplinas diferentes não é
desconhecido. Em todo caso, aguardemos que se ajustem as partes.)
O
boletim New World Antiquity ( Marham House Press Ltd, Brighton ,
Inglaterra ) assinala em seu número de setembro / outubro de 1971, a obra
” The Parayba Phoenican Inscription, publicado por seu autor, Mr. Joseph
Ayoob (Aliquippa, Pa LTSA, 1971) , que é a tradução em inglês de seu
livro intitulado Sakhrat Parayba , publicado em Beirute em 1961.
Encontra-se aí esta nova tradução da inscrição:
Tradução: ”Demos
sepultura (ao) filho de Canaã vindo SRNM ( Surinam), cidade em ruínas e um entreposto abandonado. Não
eu, YZD (Yazid), o gravador do meio-dia e os homens que procuram a melhor de
todas as coisas. E assim aos décimo nono anos de HRMl (Hiram), nosso rei
morreu. (Tínhamos ) deixado alegremente ASU
(Azion-Geber num
porto no Mar
Vermelho e levantamos vela com dez navios.
Aí todos desapareceram para mim. De súbito,
desapareceram: Hor e Chittim (nomes de navios) foram lançados sobre esta terra
maldita: calor: Mir, Baal e Lan (navios) que vogavam em comboio, talvez
tenham escapado às intempéries. Morreram vindas KSHN, 6 pessoas de um
MBAYH (6 kuchitas de MBEYE), R (Rab, o capitão) e mais 10 pessoas
pereceram. As perdas por mim e (mas) porque pelo (meu) camarada HNNA
(Hanno).“
Acrescentamos
que no número de abril de 1971, o New World Antiquity já havia publicado três
outras traduções diferentes da inscrição da Paraíba vêem-se as
numerosas armadilhas que espreitam mesmo os tradutores mais
experimentados e, também, porque é difícil ter uma completa certeza.
Parte 1
18/04/2014
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