Joanna de Ângelis
psicografia de Divaldo P. Franco
Na Antiguidade ficava envolta em mistérios, somente acessíveis aos
iniciados, constituindo a doutrina secreta ministrada nos templos por
sacerdotes especializados.
Sempre quando se fazia revelar, de imediato era oculta à curiosidade
popular e, muitas vezes, mantida em segredo, de que se utilizavam muitos para a
exploração ignóbil, tornando-se seus intérpretes, porém, de acordo com os
próprios interesses.
Condenada por inúmeros governantes e temida por incontáveis deles, era
manipulada pela astúcia e habilidade de mistificadores que exploravam a
credulidade geral, ameaçando ou liberando de penas que eles próprios
elaboravam, a fim de inspirar temor e respeito.
Mesmo com o advento da mensagem de Jesus, os Seus adversários
denunciavam-na como interferência demoníaca, teimando em ignorar a sua
legitimidade, assim comprazendo-se na irresponsabilidade.
Depois de Jesus, passou a ser objeto de teólogos nem sempre honestos e
convictos da sua realidade, para envolvê-la em fantasias do sobrenatural
distante do elevado significado de que se reveste.
Durante longo período na noite medieval foi severamente perseguida, sem
que a perversidade dos insanos inimigos conseguisse diminuir-lhe o brilho e a
fascinante significação.
Ao Espiritismo coube o elevado mister de desvelá-la, tornando-a anelada
e oferecendo as diretrizes austeras e seguras para a conquista dos
benefícios dela advindos durante a existência planetária.
Evocando-a na ressurreição triunfante de Jesus após a dolorosa
crucificação, a imortalidade do Espírito é a mais grandiosa revelação do
conhecimento humano, que proporciona esperança e alegria de viver.
Por mais que os amigos desejassem acreditar que Ele voltaria do silêncio
do túmulo, após a morte infamante, ei-lO glorioso, irradiando mirífica luz, que
demonstraria ser Ele o Senhor dos Espíritos e o Guia da Humanidade.
Embora a ignorância e a má fé de incontáveis personalidades que se
iludem com a transitoriedade carnal, a imortalidade é a vida que se encontra
ínsita em todos, seja na frágil organização física ou na deslumbrante
libertação mediante o fenômeno inevitável da desencarnação.
A ruptura da conspiração do silêncio em torno da vida-além-da-vida
orgânica, oferece a certeza do sentido psicológico superior da existência
terrena, como escola de aprimoramento moral, objetivando a plenitude a que
todos aspiram.
Impossível, portanto, silenciar a verdade e impedir que os imortais
comuniquem-se com as criaturas humanas, a fim de adverti-las e orientá-las
quanto ao significado existencial.
* * *
Embora alguns subterfúgios, que ainda permanecem em torno dos vigorosos
fenômenos mediúnicos que atestam a sobrevivência do Espírito à desagregação
molecular, uma nova consciência surge na sociedade, para contribuir
significativamente para a conquista do bem-estar permanente, para a superação
do medo da morte.
Desmistificada, ao invés de significar a fatalidade aniquiladora,
torna-se o anjo libertador do fardo do sofrimento e faculta o voo pleno pelo
infinito.
O limite a que se está acostumado, durante a jornada berço a túmulo,
amplia-se, ante a visão majestosa do Universo, com os seus sextilhões de
astros, que são outras tantas moradas da Casa do Pai.
Incontestavelmente, uma existência corporal é insignificante ante a
magnificência do Cosmo, de modo que a aceitação desse pequeno périplo diminui a
majestade do Criador.
Lentamente, pois, e com segurança, a conspiração do silêncio em torno da
imortalidade cede lugar à convicção da vida após o túmulo, graças à
fenomenologia mediúnica presente em todos os segmentos da sociedade.
Ao mesmo tempo, o sofrimento que alcança todos os indivíduos, após as
jornadas pelos gabinetes da ciência encarregada de atenuar-lhes a dor e
diminuir-lhes o desespero, encontra nas nobres elucidações espíritas o
reconforto e o ânimo para os enfrentamentos que decorrem das condutas antes
vivenciadas, conforme elucida a reencarnação.
As psicoterapias transcendentais ora aplicadas encontram na imortalidade
do Espírito e nas suas várias reencarnações os recursos valiosos para os
transtornos de comportamento e os de natureza mental, por elucidar a
anterioridade da vida ao corpo atual, quando foram assumidos compromissos
ultrajantes que agora têm necessidade de ser reparados.
Nada acontece quando não existe uma causa anterior.
A lei, portanto, de causa e efeito, que responde pelos acontecimentos
felizes ou desditosos que têm lugar no mundo de hoje, como no de todas as
épocas, convida o ser humano à responsabilidade lúcida e consciente por
necessidade de despertar para a própria realidade.
Já não há tempo para o escamotear da verdade, quando a comunicação
virtual e o conhecimento de algumas leis universais deslumbram todos aqueles
que se permitem o esclarecimento e buscam a libertação das algemas da
intolerância de qualquer natureza, assim como da castração espiritual ainda
vigente em algumas doutrinas religiosas.
Este é o momento do auto encontro, da autoconsciência, da comunhão com
Deus.
* * *
A busca da verdade, por fim, conduz o indivíduo à plenitude, rompendo o
véu da ignorância e do medo em torno da transcendência e grandeza da vida, que
deve ser experienciada com inefável alegria.
As dores e as ocorrências afligentes são acidentes do programa evolutivo
que, de maneira nenhuma interrompem o fluxo do desenvolvimento da inteligência
e da moral.
Jesus havia anunciado a Era Nova de conhecimentos e de felicidade que a
Terra experimentaria.
Assim, pois, são estes os dias anunciados graças ao Consolador,
que Lhe veio repetir os ensinamentos e dizer coisas novas que no Seu
tempo não podiam ser reveladas, por falta do entendimento científico
em torno da existência, assim como o das leis universais.
Joanna
de Ângelis.
Psicografia do médium Divaldo Pereira Franco, na noite
de 16 de novembro de 2013, em Leiria, Portugal, no Congresso
Espírita Português.
Psicografia do médium Divaldo Pereira Franco, na noite
de 16 de novembro de 2013, em Leiria, Portugal, no Congresso
Espírita Português.
Reblogado do website: Divaldo
Franco
Link desta mensagem: http://www.divaldofranco.com.br/mensagens.php?not=340
Nenhum comentário:
Postar um comentário