No
processo da educação, é comum ouvir-se pais a se indagarem onde erraram, para
que seus filhos tenham tomado caminhos equivocados, distantes daqueles por eles
idealizados.
Com o intuito de
permitir mais ponderadas reflexões a respeito, alinhavamos alguns pontos de
destaque no trato com os filhos, e que nem sempre são levados em conta.
Primeiro - considerar a
importância do exemplo na escola do lar. A criança segue modelos e os mais
próximos e mais constantes são os que, todo dia, falam, atuam e convivem com
ela – os pais.
Segundo - as crianças
não são bibelôs para serem admirados e exibidos. São seres que necessitam,
desde cedo, de disciplina e afeto para a formação do caráter.
Terceiro - ninguém
substitui os pais nas suas responsabilidades junto aos filhos. Por mais dignos
se apresentem os profissionais e por mais bem remunerados sejam, jamais poderão
prestar a assistência que o amor materno e a segurança paterna lhes conferem.
Quarto - os filhos não
são satélites que permanecerão ao redor dos pais, indefinidamente. Criados para
o progresso, eles caminham em trajetória própria, com atitudes e pensamentos
pessoais. São Espíritos imortais, que transitam pelo mundo, na ânsia de um
objetivo maior.
Quinto - as crianças
podem merecer mesadas e facilidades, contudo, sempre com espírito de justiça.
E, mesmo que sejam abundantes as condições no lar, não se pode esquecer da
necessidade de incentivá-las ao trabalho e à cooperação, na medida das suas
possibilidades.
Sexto - com a desculpa
de serem inteligentes, jamais incentivá-las a superestimação do próprio valor,
lembrando as lições da correta conduta pelos ramos da humildade, desde que
ninguém é detentor de todo o saber.
Sétimo - cultivar
preferências, bem como acolher intrigas, repreendendo a um, insistentemente, e
deixando de corrigir a outro, é caminho que pode provocar desvios de conduta
entre os filhos, gerando ciúmes e desavenças.
Oitavo - jamais impor
determinada carreira profissional aos filhos, sem lhes observar as tendências,
que devem ser respeitadas.
Nono - ter sempre em
mente que as explicações honestas em torno do mundo e da vida são o melhor
caminho, evitando entregar as mentes infantis às superstições e excessos de
fantasias.
Décimo - não forçar os
pequenos a abrigar preconceitos, ensinando-lhes, ao contrário, a respeitar a
harmonia das diferenças que o mundo apresenta.
Décimo primeiro - não
obrigar os filhos a casar ou deixar de casar, ou lhes frustrar a liberdade de
escolha da companheira ou do companheiro.
Finalmente, não nos
esqueçamos, enquanto pais amorosos e interessados no bem-estar dos nossos
filhos, que eles são nossos associados de experiência e de destino, que é a
perfeição.
Podem ser Espíritos
amigos, afetos de passadas vidas ou adversários do pretérito, próximo ou
distante. Podem ser credores que chegam para os acertos devidos ou devedores
que nos batem à porta do carinho, solicitando perdão e auxílio.
Mas, sejam quais sejam
as circunstâncias em que nos encontremos outra vez reunidos, tenhamos em mente
que nos reencontraremos na Vida Maior, na condição de irmãos uns dos outros,
ante a paternidade única de Deus.
Redação
do Momento Espírita, com base no cap.
38, do livro Estude e viva, pelos Espíritos Emmanuel e
André Luiz, psicografia de Francisco Cândido Xavier e
Waldo Vieira, ed. FEB.
Em 9.4.2014.
38, do livro Estude e viva, pelos Espíritos Emmanuel e
André Luiz, psicografia de Francisco Cândido Xavier e
Waldo Vieira, ed. FEB.
Em 9.4.2014.
Reblogado do website Momento Espírita
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